A ofensiva do governo Lula para combater o vídeo de Nikolas sobre fraude no INSS

Política
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Integrantes do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e aliados usaram as redes sociais para responder ao vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) sobre o escândalo dos desvios no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Publicada na terça-feira, 6, a gravação do deputado repete o mesmo modelo usado no vídeo viral de janeiro sobre as mudanças no Pix, e acumula mais de 134 milhões de visualizações até esta sexta-feira, 9.

Enquanto a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, e o chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Carvalho, rebatem as acusações do deputado bolsonarista sem citá-lo nominalmente, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) usa o próprio vídeo de Nikolas como fundo para contestar as afirmações do parlamentar.

Na gravação de pouco mais de seis minutos, Nikolas afirma que o esquema fraudulento é o "maior escândalo da história do Brasil", faz acusações sobre o governo Lula não ter tomado medidas para apurar os desvios bilionários, e defende o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) - cujo governo também foi atravessado por fraudes no INSS.

Gleisi respondeu ao deputado em seu perfil no X (antigo Twitter), no dia seguinte à publicação do vídeo, em tópicos numerados, para "desmascarar as mentiras que a oposição bolsonarista está espalhando pelas redes", sem citar especificamente Nikolas. A ministra argumenta que as fraudes começaram no governo de Bolsonaro, e que o ex-presidente foi quem sancionou a medida provisória que acabou com a necessidade de revalidação da autorização dos descontos, em 2022.

"O momento exige medidas sérias e mudanças profundas, como o governo está fazendo. Exige a busca da verdade, não as mentiras oportunistas de quem não investigou nada e nunca se preocupou em proteger os aposentados", disse.

Já o ministro da AGU se referiu ao bolsonarista como "deputado lacrador", e cobrou que ele e Bolsonaro expliquem as providências adotadas no governo anterior em relação às denúncias de fraude. "Vi que um deputado fez um vídeo ontem com o objetivo de lacrar e causar terror e pânico na população. É importante que ele questione ao presidente que ele apoiou", afirmou Messias.

Assim como Lindbergh, o ministro da CGU também fez um vídeo em tom explicativo, em que faz perguntas a si mesmo e as responde com o que as investigações já mostraram.

"Não é hora de espalhar medo ou mentira. É grave, muito grave, usar mentira ou truques de contexto para enganar o povo", disse Carvalho. O vídeo, publicado pelo ministro nesta quinta-feira, 8, tem 14,2 mil visualizações - quase 10 mil vezes menos alcance do que o vídeo de Nikolas.

O líder do PT na Câmara já começa citando o deputado, afirmando em sua gravação que "Nikolas mente", e intercala falas do vídeo original com sua própria versão dos fatos. O deputado petista retoma escândalos do governo Bolsonaro, e questiona o motivo de o ex-presidente não ter encaminhado uma investigação sobre as fraudes durante sua gestão.

Segundo a investigação, os descontos ilegais em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS começaram em 2016. O problema entrou no radar em 2018, mas disparou a partir de 2023, primeiro ano do governo Lula.

"Bolsonaro perdeu, mas os tentáculos do bolsonarismo continuaram infiltrados no Estado, fazendo estrago, destruindo as instituições e roubando os aposentados", diz Lindbergh, reiterando a fala de governistas e aliados ao presidente, de que foi por iniciativa da CGU no governo de Lula que a investigação começou.

O petista alcançou 147,6 mil visualizações até agora: dez vezes mais que o vídeo de Carvalho, mas ainda muito distante dos 134 milhões de Nikolas.

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A matéria publicada anteriormente continha erros de grafia na identificação de um dos personagens nos parágrafos 9, 10, 11 e 13. O nome correto é Michael Wolff, não Michael Wokff como havia sido grafado. Segue a versão corrigida:

Os democratas do Comitê de Fiscalização da Câmara dos Estados Unidos divulgaram nesta quarta-feira, 12, uma série de e-mails do empresário Jeffrey Epstein em que ele afirma que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, "sabia das meninas", muitas das quais eram menores de idade, e teria "passado horas" com uma das vítimas dos crimes cometidos por Epstein.

As mensagens foram trocadas após o acordo de confissão firmado por Epstein em 2008, na Flórida, quando o magnata admitiu comandar rede de tráfico sexual. Segundo o governo americano, o bilionário explorou sexualmente mais de 250 meninas.

Onze anos depois, o caso voltou à tona, o acordo foi considerado inválido e a prisão do bilionário por tráfico sexual foi determinada. Segundo as autoridades, ele se matou poucos dias depois de ser preso.

Os documentos, de acordo com os congressistas, foram selecionados de milhares de páginas e levantam novas dúvidas sobre o relacionamento entre Trump e Epstein, que mantiveram contato por anos antes do escândalo de exploração sexual vir à tona.

Após a divulgação, a Casa Branca acusou os democratas de conduzirem uma campanha de difamação. "O fato é que o presidente Trump expulsou Jeffrey Epstein de seu clube décadas atrás por assediar suas funcionárias, incluindo Giuffre", afirmou a secretária de imprensa Karoline Leavitt, em nota.

Veja os e-mails divulgados na íntegra:

Em um e-mail endereçado a Ghislaine Maxwell, sócia e namorada de Epstein, em abril de 2011, o empresário menciona o presidente americano.

"Quero que você perceba que aquele cachorro que não latiu é Trump." Ele acrescentou que uma vítima não identificada "passou horas na minha casa com ele, ele nunca foi mencionado uma única vez." "Tenho pensado nisso," escreveu Maxwell, em resposta.

Em outro e-mail que Epstein enviou a Michael Wolff, o empresário afirmou: "Trump disse que me pediu para renunciar, nunca fui membro, é claro que ele sabia sobre as meninas, pois pediu a Ghislaine para parar", escreveu.

Um terceiro e-mail divulgado mostra Epstein questionando Wolff sobre como abordar o relacionamento deles, já que o republicano estava se tornando uma figura de relevância nacional.

"Ouvi dizer que a CNN planeja perguntar ao Trump esta noite sobre sua relação com você, seja ao vivo ou em entrevista coletiva após o evento", escreveu Wolff.

"Se pudéssemos elaborar uma resposta para ele, qual você acha que deveria ser?", questionou Epstein.

"Acho que você deveria deixá-lo se enforcar. Se ele disser que não participou do plano nem foi à casa, isso lhe dará um valioso capital político e de relações públicas.", respondeu Wolff.

"Você pode enforcá-lo de uma forma que potencialmente gere um benefício positivo para você ou, se realmente parecer que ele pode ganhar, você pode salvá-lo, gerando uma dívida. É claro que é possível que, quando questionado, ele diga que Jeffrey é um ótimo sujeito, que foi injustiçado e é vítima do politicamente correto, que será proibido no regime de Trump", concluiu.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que o presidente americano, Donald Trump, só deve concordar com um novo encontro com o líder da Rússia, Vladimir Putin, se houver uma chance real de encerrar o conflito no Leste Europeu, em comentários para repórteres após a reunião dos ministros das Relações Exteriores do G7 no Canadá.

"Houve concordância de ambos os lados de que, na próxima vez em que os presidentes se encontrarem, precisa haver um resultado concreto - precisamos saber de antemão que temos uma chance real de obter algo positivo", mencionou.

Rubio também alegou que parte da estratégia de Moscou na guerra é "minar a moral e a vontade de lutar dentro" da Ucrânia e, por isso, os americanos têm discutido armas de defesa com Kiev.

À medida que os ataques renovados da Rússia à infraestrutura energética da Ucrânia causam apagões antes do inverno, um grande escândalo de desvio de verbas e subornos envolvendo a empresa estatal de energia nuclear colocou altos funcionários sob escrutínio. A situação está se tornando uma das crises governamentais mais significativas desde a invasão em grande escala de Moscou.

Em resposta à reação pública, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu a demissão dos ministros da Justiça, Herman Halushchenko, e da Energia, Svitlana Grynchuk, em meio à investigação, e a primeira-ministra do país, Yuliia Svyrydenkoles, afirmou que eles apresentaram suas renúncias.

"Entre outras coisas, trata-se de uma questão de confiança", disse Zelensky em um vídeo publicado em seu canal no Telegram.

*Fonte: Associated Press.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast, sistema de notícas em tempo real do Grupo Estado.