Damares cobra 'ação' de Macaé para ressarcimento de idosos vítimas da fraude no INSS

Política
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A senadora Damares Alves (Republicanos/DF) cobrou 'ação' da ministra Macaé Evaristo (Direitos Humanos e da Cidadania) sobre as fraudes do INSS que causaram rombo de R$ 6,3 bilhões e atingiram milhões de aposentados, inclusive idosos e pessoas com deficiência.

Por meio de sua Assessoria Especial de Comunicação, o Ministério informou que ainda não recebeu o requerimento de Damares e destacou que 'o órgão responsável por apurar e fornecer os devidos esclarecimentos é a Controladoria-Geral da União'. Leia abaixo a íntegra da nota.

Em requerimento enviado nesta quinta, 8, Damares pede o 'fim do silêncio' do Ministério de Macaé ante o escândalo revelado na Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, que levou à queda do ministro Carlos Lupi (Previdência) e do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.

"A pasta dos Direitos Humanos tem entre suas atribuições defender idosos e pessoas com deficiência, mas até agora sequer se manifestou."

A senadora questiona se a ministra 'adotou medidas emergenciais para cobrar o ressarcimento das vítimas' e se criou 'qualquer canal de orientação para evitar novos golpes contra segurados idosos'.

Ela destaca que estão vinculadas ao Ministério as secretarias nacionais dos Direitos da Pessoa Idosa e dos Direitos da Pessoa com Deficiência, 'públicos diretamente prejudicados com os descontos indevidos'.

"A gravidade da situação exige que o Ministério dos Direitos Humanos, em articulação com órgãos competentes, adote medidas urgentes para acolher e orientar os beneficiários lesados", diz a parlamentar.

A senadora sugere medidas preventivas, como a criação de mecanismos normativos que 'impeçam a ação de criminosos contra os direitos patrimoniais e financeiros de idosos e pessoas com deficiência'.

COM A PALAVRA, O MINISTÉRIO DOS DIREITOS HUMANOS E DA CIDADANIA

"O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) esclarece que, até o momento, não recebeu o requerimento. O documento ainda não foi analisado pela mesa diretora do Senado, portanto, não foi oficialmente encaminhado ao MDHC. O prazo para resposta, a partir do recebimento formal, é de 30 dias. No que diz respeito à fiscalização e controle das políticas públicas e dos gastos federais, destacamos que o órgão responsável por apurar e fornecer os devidos esclarecimentos é a Controladoria-Geral da União (CGU). Além disso, vale destacar que, por iniciativa do governo federal, estão em andamento investigações sobre irregularidades relacionadas à gestão do INSS desde 2019, período do governo anterior."

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A CEO de notícias da BBC, Deborah Turness, e o diretor-geral da emissora britânica, Tim Davie, renunciaram ao cargo neste domingo, 9. A saída acontece após o jornal The Telegraph mostrar que a BBC havia editado enganosamente um discurso do presidente dos EUA, Donald Trump, para dar a impressão de que ele havia incitado diretamente à violência nos atos de invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. A fala distorcida de Trump foi exibida no programa Panorama de 3 de novembro de 2024, a uma semana das eleições presidenciais nos Estados Unidos.

Em sua rede social, a Truth Social, Donald Trump celebrou a demissão de quem chamou de "jornalistas corruptos". "Essas são pessoas muito desonestas que tentaram manipular as eleições presidenciais. Para piorar, vêm de um país estrangeiro, um que muitos consideram nosso principal aliado. Que terrível para a democracia!", postou.

A ministra britânica da Cultura, Lisa Nandy, havia classificado horas antes como "extremamente grave" a acusação contra a BBC por apresentar declarações de Trump de maneira enganosa.

"É um dia triste para a BBC. Tim foi um excelente diretor-geral durante os últimos cinco anos", afirmou o presidente da Corporação Britânica de Radiodifusão, Samir Shah, em comunicado. Ele acrescentou que Davie enfrentava "pressão constante (...) que o levou a tomar a decisão" de renunciar.

Colagem de trechos separados levou a versão distorcida do discurso

O caso, revelado na terça-feira, 4, baseia-se em um documentário exibido uma semana antes das eleições presidenciais dos EUA de 2024. A BBC é acusada de ter montado trechos separados de um discurso de Trump de 6 de janeiro de 2021 de forma que parece indicar que ele teria dito a seus apoiadores que marchariam com ele até o Capitólio para "lutar como demônios".

Na versão completa, o então presidente republicano - já derrotado nas urnas pelo democrata Joe Biden - diz: "Vamos marchar até o Capitólio e vamos incentivar nossos valentes senadores e representantes no Congresso."

A expressão "lutar como demônios" corresponde, na verdade, a outro momento do discurso.

Em carta enviada ao conselho da BBC e publicada no site, a CEO de notícias disse que a polêmica em torno do programa Panorama sobre o presidente Trump chegou a um ponto em que está prejudicando a BBC - uma instituição que ela adora.

Já Tim Davie, diretor-geral, disse que abdicou ao cargo após intensas exigências pessoais e profissionais de gerir o posto ao longo de muitos anos nestes "tempos turbulentos".

Um dia antes do início oficial da COP30 em Belém, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou em sua rede social, a Truth Social, nesta domingo, 9, uma mensagem dizendo que a Amazônia foi destruída para a construção de uma estrada.

"Eles destruíram a floresta amazônica no Brasil para a construção de uma rodovia de quatro faixas para que ambientalistas pudessem viajar", escreveu Trump na mensagem, ressaltando que o caso "se tornou um grande escândalo".

Junto com a mensagem, Trump postou um vídeo de quatro minutos da Fox News, com uma reportagem do enviado da emissora a Belém para cobrir a COP30.

Na reportagem, o editor Marc Morano diz, com uma imagem de Belém ao fundo, que mais de 100 mil árvores foram cortadas na Amazônia para construir a estrada e mostrar como o "governo brasileiro está cuidando da floresta tropical".

Ainda na reportagem postada por Trump, o jornalista destaca que pela primeira vez não há uma delegação oficial dos Estados Unidos em uma conferência das Nações Unidas sobre o clima desde 1992. Mesmo países europeus estão deixando esses compromissos de lado, ressalta o jornalista.

A reportagem fala ainda da queda das vendas de carros elétricos e de demissões em fábricas nos Estados Unidos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse há pouco que a BBC alterou seu discurso de 6 de janeiro de 2021, dia da invasão ao Capitólio, e celebrou a demissão de "pessoas muito desonestas que tentaram influenciar uma eleição presidencial".

"As principais pessoas da BBC, incluindo TIM DAVIE, o CHEFE, estão todas se demitindo/DEMITIDAS, porque foram pegas 'alterando' meu excelente (PERFEITO!) discurso de 6 de janeiro. Além de tudo, eles são de um país estrangeiro, que muitos consideram nosso Aliado Número Um. Que coisa terrível para a Democracia!", escreveu o republicano na Truth Social.

A CEO de notícias da BBC, Deborah Turness, e o diretor-geral da emissora britânica, Tim Davie, renunciaram ao cargo nesta trade. A saída acontece após o jornal The Telegraph mostrar que a BBC havia editado enganosamente um discurso de Trump para dar a impressão de que ele havia incitado diretamente à violência nos atos de invasão ao Capitólio.