Senador Cleitinho se desculpa por interromper CPI para tirar foto com Virgínia

Política
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O senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) pediu desculpas nesta terça-feira, 20, por ter interrompido a Comissão Parlamentar de Inquérito das Apostas Esportivas, a CPI das Bets, para elogiar a influenciadora Virgínia Fonseca e pedir que ela gravasse um vídeo para sua esposa e para sua filha durante seu depoimento. O parlamentar afirmou ter agido "no calor da emoção".

O episódio ocorreu na semana anterior, enquanto Virgínia participava da CPI na condição de testemunha. Em sessão plenária, Cleitinho admitiu que "não era o local nem o momento" para fazer tal pedido.

"Como homem público, venho aqui humildemente reconhecer meu erro e pedir desculpas. Mas acredito que foi um erro perdoável", declarou o senador.

Segundo ele, pouco antes de chegar à CPI, sua esposa - que acompanha Virgínia nas redes sociais - havia pedido um vídeo da influenciadora. "Fui muito ausente na vida da minha filha. Então, toda vez que ela me pede alguma coisa, tento fazer na hora", justificou.

Apesar do pedido de desculpas, Cleitinho afirmou que "não tira uma vírgula" do que disse durante a sessão. Na ocasião, ele argumentou que a CPI deveria focar em temas mais relevantes para o país e não na influenciadora. O parlamentar também classificou Virgínia como uma "fonte de receitas e empregos", enquanto os parlamentares seriam uma "fonte de despesa".

Relembre o momento

Na terça-feira, 13, durante o depoimento de Virgínia Fonseca na CPI das Bets, Cleitinho elogiou os produtos de "pré-treino" promovidos por ela, que ele mesmo consome. Em seguida, levantou-se e gravou um vídeo com a influenciadora.

"Não estou aqui para apontar o dedo para você. Estou aqui para poder sensibilizar, tocar seu coração, para que você comece a fazer propaganda contra esse tipo de jogo. E continue fazendo mais o seu 'pré-treino'. Inclusive, vou terminar aqui... pode mandar um abraço para minha esposa e para minha filha?", perguntou.

O senador então se dirigiu até Virgínia e gravou com seu celular um vídeo no estilo "selfie". A cena arrancou risos no plenário da comissão, mas não teve reação por parte da relatora da CPI, Soraya Thronicke (Podemos-MS), nem do presidente, Hiran Gonçalves (PP-RR).

Soraya, no entanto, afirmou depois que se sentiu ofendida pelas colocações de Cleitinho e solicitou que ele participe das próximas reuniões da CPI, contribuindo com os trabalhos de investigação contra as "máfias" dos jogos ilegais.

"Não estou aqui para lacrar. Tem gente que pensa que entrou aqui para ser influencer. Não estuda, não se aprofunda. Tem que se preocupar com as causas que importam para o País", criticou a senadora.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira, em publicação na Truth Social, que uma eventual decisão desfavorável da Suprema Corte sobre as tarifas de importação poderia gerar um impacto superior a US$ 3 trilhões.

Segundo Trump, o valor inclui investimentos já realizados, previstos e devoluções de recursos. "A Suprema Corte recebeu números errados. O 'desmonte', em caso de decisão negativa sobre as tarifas, seria superior a US$ 3 trilhões."

O presidente acrescentou que o país não teria como compensar uma perda dessa magnitude, classificando o cenário como um "evento de segurança nacional intransponível" e "devastador para o futuro" dos Estados Unidos.

Passageiros aéreos nos Estados Unidos devem enfrentar mais cancelamentos e atrasos nesta semana, mesmo que a paralisação do governo termine, segundo a Administração Federal de Aviação (FAA). A agência está ampliando os cortes de voos em 40 dos principais aeroportos do país, em meio à escassez de controladores de tráfego aéreo não remunerados há mais de um mês.

O planejamento do órgão regulador é de aumentar a redução para 6% nesta terça; 11,% na quinta, 13; e, atingir os 10% na próxima sexta, 14. Na segunda-feira, 10, as companhias aéreas cancelaram mais de 2,3 mil voos, e outros mil previstos para hoje já estavam suspensos.

O presidente norte-americano Donald Trump usou as redes sociais para pressionar os controladores a "voltarem ao trabalho agora", prometendo um bônus de US$ 10 mil aos que permaneceram em serviço e sugerindo cortar o pagamento dos que faltaram. As declarações foram criticadas por parlamentares democratas, que afirmaram que os profissionais merecem apoio, e não ameaças. O sindicato da categoria acusou o governo de usar os controladores como "peões políticos" na disputa orçamentária.

Embora o Senado tenha aprovado uma proposta para reabrir o governo, a medida ainda precisa ser votada pela Câmara. O secretário de Transportes, Sean Duffy, afirmou que os cortes de voos continuarão até que os níveis de pessoal se estabilizem. (Com informações da Associated Press)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, admitiu não saber de onde virão os recursos para bancar os bônus de US$ 10 mil prometidos a controladores de voo que permaneceram trabalhando durante a paralisação do governo federal. A declaração foi feita nesta segunda-feira, 10.

No mesmo dia, o Senado dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei para encerrar a paralisação governamental mais longa da história do país, que chegou a 41 dias. "Não sei. Vou conseguir de algum lugar. Sempre consigo dinheiro de algum lugar. Não importa", afirmou Trump em entrevista à apresentadora Laura Ingraham, da Fox News.

Mais cedo, o presidente havia proposto o pagamento dos bônus como forma de reconhecer os profissionais que não faltaram ao trabalho, mesmo sem receber salários há mais de um mês. A paralisação levou a Administração Federal de Aviação (FAA) a reduzir o tráfego aéreo em 40 dos principais mercados do país.

Trump já havia redirecionado recursos de pesquisa e desenvolvimento do Pentágono para garantir o pagamento de salários de militares durante a paralisação. (Com informações da Associated Press)