Bolsonaro se hospeda com Tarcísio às vésperas de depoimento no STF sobre golpe

Política
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está em São Paulo nesta sexta-feira, 6, para se reunir com seus advogados de defesa antes de prestar depoimento na próxima semana ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, na condição de réu no processo sobre a suposta tentativa de golpe de Estado após a eleição de 2022.

Ele desembarcou na capital paulista por volta das 14h25 após participar de um evento do PL Mulher em Brasília pela manhã.

Como é praxe quando vem à cidade, Bolsonaro ficará hospedado na ala residencial do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo e residência do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Um interlocutor de Tarcísio disse ao Estadão que os encontros de Bolsonaro com os advogados não acontecerão no Bandeirantes, uma mudança em relação a 2023, quando o ex-presidente teve reuniões no local para discutir a estratégia de defesa no caso das joias sauditas, revelado pelo Estadão em março daquele ano.

Segundo essa mesma fonte, Bolsonaro cumpre seus compromissos na capital paulista e só irá para o Bandeirantes mais tarde nesta sexta.

Moraes agendou para a iniciar a partir da próxima segunda-feira, 9, o interrogatório dos réus do "primeiro núcleo", grupo composto por oito pessoas acusadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por tentativa de golpe de Estado. Um deles é Bolsonaro. As audiências com os réus estão previstas para durar até o dia 13. O primeiro interrogado será o tenente-coronel Mauro Cid.

Em discurso no evento em Brasília, o ex-presidente convocou os apoiadores a assistirem o depoimento na semana que vem, que terá transmissão ao vivo.

"O que aconteceu em 2022, com toda a certeza, será falado por mim quando ao vivo estiver no Supremo, os cinco ministros na minha frente, e cobrando. Vale a pena assistir. Conto com a audiência de vocês. Não vou lá para lacrar, para desafiar quem quer que seja", discursou Bolsonaro.

"Eu parto agora para São Paulo. Um chamamento imprevisto, encontrar os advogados, até sábado. Para que nós possamos então melhor nos prepararmos para enfrentar desafios. Ninguém nos acuará. É hora da verdade. E ela se fará presente, no meu entender, para o bem desta nação", acrescentou Bolsonaro.

Tarcísio desmarcou uma reunião prevista para às 15h30 desta sexta-feira com o vice-governador, Felício Ramuth (PSD), e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), para tratar do projeto do novo Centro Administrativo do governo de São Paulo, que será construído na região central da capital.

O motivo do cancelamento, que partiu da gestão Tarcísio, não foi informado. As demais agendas do governador estão mantidas. Ele recebe às 18h a princesa Kako, do Japão, que será agraciada com a Ordem do Ipiranga, mais alta honraria concedida pelo Estado de São Paulo. No sábado, Tarcísio viaja a Indaiatuba e a Capivari para acompanhar as formaturas do primeiro ciclo do programa Caminho da Capacitação.

Tarcísio prestou depoimento na semanada passada na condição de testemunha de defesa de Bolsonaro e disse que o ex-presidente "jamais" falou em golpe. Bolsonaro é acusado de liderar uma trama para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que o derrotou nas eleições de 2022.

"Jamais, nunca", respondeu o chefe do Executivo paulista ao ser questionado no STF se tomou conhecimento da intenção de Bolsonaro dar um golpe de Estado durante cinco visitas que fez ao aliado entre novembro e dezembro de 2022.

"Assim como nunca tinha acontecido durante meu período como ministro, nas visitas que eu fiz, em várias conversas, ele jamais tocou nesse assunto e mencionou qualquer tentativa de ruptura", continuou Tarcísio.

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O governo de Donald Trump enfrenta novas ações judiciais após autorizar o envio de tropas da Guarda Nacional a Chicago e Portland, contrariando as autoridades locais. Illinois e a cidade de Chicago processaram o presidente dos EUA nesta segunda-feira, 6, afirmando que a medida é "ilegal e perigosa". O governador JB Pritzker acusou Trump de "usar nossos militares como peças políticas" em uma tentativa de "militarizar as cidades do país".

O caso segue movimentos semelhantes na Califórnia e em Oregon, onde uma juíza federal suspendeu no fim de semana o envio de tropas ordenado por Trump. A governadora Tina Kotek chamou a decisão de "violação da soberania estadual". A Casa Branca, por sua vez, justificou as mobilizações citando "distúrbios violentos e anarquia" que governos locais não teriam conseguido conter.

Em Chicago, cresce o temor de uso excessivo da força e de perfil racial em operações migratórias. Agentes federais atiraram no sábado contra uma mulher armada após serem cercados por veículos - episódio que reacendeu críticas à repressão em bairros latinos.

Desde o início do segundo mandato, Trump já enviou ou cogitou enviar tropas federais a dez cidades. Em 2023, o assessor Stephen Miller havia defendido empregar a Guarda Nacional em estados democratas que resistissem às políticas de deportação em massa. Fonte: Associated Press

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Representantes de Israel e do Hamas entram nesta terça-feira, 7, no Egito, no segundo dia de negociações para tentar pôr fim à guerra na Faixa de Gaza, que completa dois anos nesta terça-feira. O diálogo foi convocado após o grupo palestino manifestar disposição para discutir o plano de 20 pontos apresentado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na semana passada.

Na primeira fase da conversa, mediadores do Egito e do Catar vão tentar acertar as condições para a libertação dos reféns que ainda estão em poder do Hamas. Entre outros pontos, o plano prevê anistia para militantes do Hamas que desistirem da luta armada e um governo do território por um comitê formado por palestinos tecnocratas e especialistas internacionais, sob a supervisão de um chamado "Conselho da Paz", que seria presidido por Trump. O plano é vago sobre a criação do Estado da Palestina, mas indica um caminho que pode levar a esse reconhecimento no futuro.

Em entrevista à Rádio Eldorado, o professor de Relações Internacionais da ESPM Gunther Rudzit disse estar "um pouco mais otimista" com a atual negociação em razão da aproximação de Trump com governos árabes que anunciaram investimentos nos Estados Unidos e pressionam pelo fim da guerra. Sobre a criação de um estado palestino, ressaltou que "é um processo de médio a longo prazo" diante de resistências dos dois lados de se reconhecerem mutuamente.

O primeiro-ministro da China, Li Qiang, irá à Coreia do Norte na quinta-feira (9) em visita oficial de mais alto nível de um líder chinês desde 2019, disse o Ministério das Relações Exteriores chinês nesta terça-feira, 7.

A visita, que deve durar até sábado, 11, acontece para que os representantes chineses participem dos eventos que marcam o 80º aniversário da fundação do partido governante norte-coreano.

No comunicado, a China e a Coreia do Norte são chamados de "amigos e vizinhos tradicionais" e é citado que a visita é parte de "uma política estratégica inabalável" do governo chinês e do Partido Comunista governante "manter, consolidar e desenvolver" as relações com a Coreia do Norte.

A China tem sido há muito tempo o aliado mais importante e fonte de apoio do governo norte-coreano, embora o líder norte-coreano, Kim Jong Un, tenha buscado equilibrar isso nos últimos anos, construindo laços com a Rússia. Ele enviou tropas para ajudar Moscou na guerra contra a Ucrânia.

A última visita do presidente da China, Xi Jinping, à Coreia do Norte foi em 2019, antes da pandemia de covid-19. Fonte: Associated Press.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.