Candidatos a prefeito e vereador são investigados por falso sequestro em MG

Política
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Natan da Saúde (PSD) e Thiago Rubens (MCB), respectivamente candidatos a prefeito e vereador no município de Senador José Bento (MG) em 2024, estão sendo investigados por forjarem o próprio sequestro às vésperas da eleição. De acordo com a Polícia Federal, que deflagrou duas prisões de possíveis envolvidos na trama nesta segunda-feira, 9, a intenção era causar comoção e tentar obter votos.

Quando questionados sobre a investigação pelo Estadão, representantes de Thiago Rubens se limitaram a afirmar que o caso "ainda está em investigação com a Polícia Federal. Esperamos que a justiça seja feita e os culpados punidos". Rubens foi eleito vereador com 138 votos e segue no cargo atualmente.

O Estadão não obteve retorno nas tentativas de contatar Natan da Saúde. O candidato não foi eleito nas eleições de 2024 e obteve 1.012 votos, ficando em segundo lugar, atrás da candidata Andrea (União).

Sumidos por um dia e marcas de tiro

De acordo com a Polícia Federal, com a ajuda de outros participantes a dupla teria forjado seu sequestro e permanecido escondida por cerca de um dia.

Os então candidatos a prefeito e vereador desapareceram em 3 de outubro de 2024, deixando um carro com marcas de tiro na zona rural de Senador José Bento. Na noite do mesmo dia ambos foram localizados com ferimentos leves próximos a uma praça de pedágio entre os as cidades de Espírito Santo do Pinhal e Mogi Guaçu (SP), a 59 km de distância.

Natan da Saúde e Thiago Rubens afirmam que foram levados para um imóvel em zona rural e permaneceram cativos, sob ameaça de não serem liberados para votar nas eleições.

Ambos são investigados por suposto crime eleitoral, por forjarem tentativa de homicídio e sequestro. A Polícia Federal, por meio da Operação Marco Zero, que investiga o caso, realizou oito mandatos de busca e apreensão e duas prisões nesta segunda-feira, 9.

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A ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner será presa por corrupção após a Corte Suprema do país ter mantido uma condenação contra ela nesta terça-feira, 10.

"As condenações de tribunais inferiores têm base em amplas provas", diz a decisão da Suprema Corte. "Por isso, o recurso não foi acatado."

Cristina foi condenada por contratar obras públicas superfaturadas e fraudar licitações na província de Santa Cruz durante sua presidência.

A pena é de 6 anos de prisão. Cristina também teve os direitos políticos cassados. Não cabe mais recurso. Ela diz ser inocente e vítima de uma perseguição judicial.

Cristina ainda não tinha sido presa porque cabia recurso da condenação. Com essa etapa concluída, a prisão será imediata, segundo o diário Clarín, mas ainda não está claro qual regime a ex-presidente deverá cumprir.

Juristas argentinos acreditam que ela possa ser presa temporariamente até que a Justiça decida provavelmente por uma prisão domiciliar.

Falando a apoiadores do lado de fora da sede de seu partido logo após a decisão do tribunal, ela disse: "Essa Argentina na qual vivemos hoje nunca para de nos surpreender." Ela chamou os três membros da Suprema Corte de "marionetes" e os caracterizou como "um triunvirato de figuras vergonhosas" que respondiam a interesses econômicos poderosos, e disse que eles estavam agora "impondo um cerceamento ao voto popular."

Principal rival de Cristina, o presidente Javier Milei celebrou a decisão. "Justiça", escreveu em sua conta no X.

A ex-presidente de 72 anos anunciou na semana passada que concorreria a uma vaga como deputada na província de Buenos Aires, a mais populosa do país, nas eleições legislativas provinciais de 7 de setembro.

Com a condenação, no entanto, a oposição terá de repensar sua estratégia eleitoral antes das eleições parlamentares e regionais de meio de mandato em outubro.

Kirchner é a segunda presidente na democracia a ser condenada, depois de Carlos Saúl Menem (1989-1999), que foi sentenciado a sete anos de prisão por venda de armas. Menem, no entanto, nunca cumpriu pena. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, refutou alegações de que teria instado protestos em Los Angeles contra as autoridades federais de imigração.

"A secretária de Segurança Interior dos Estados Unidos, equivocadamente mencionou que incentivei protestos violentos em Los Angeles. A informação é absolutamente falsa", disse a presidente do México em registro no X nesta terça-feira.

"Condeno abertamente as manifestações violentas. Sempre fomos contra elas, e ainda mais agora, no alto cargo que ocupo", disse Sheinbaum.

Por outro lado, a dirigente mexicana disse que a sua posição é a de seguir em defesa dos mexicanos honestos, trabalhadores, que ajudam a economia dos Estados Unidos e suas famílias no México.

"Tenho certeza de que o diálogo e o respeito são a melhor via de entendimento entre nossos povos e nossas nações e que esse mal-entendido se esclarecerá", afirmou.

A secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, acusou Sheinbaum de encorajar os protestos antideportação em Los Angeles, em manifestação durante cerimônia na Casa Branca ao lado do presidente Donald Trump.

Promotores colombianos acusaram nesta terça-feira um menor de 15 anos pelo ataque ao candidato presidencial Miguel Uribe Turbay em um comício político no fim de semana, o qual deixou o senador em estado crítico no hospital.

O menor, que teria atirado na cabeça do político, rejeitou as acusações de tentativa de homicídio e posse ilegal de armas de fogo, de acordo com a promotoria. Ele foi preso momentos após o ataque, quando fugia.

Uribe Turbay continua em estado crítico após a cirurgia que foi submetido depois de levar vários tiros no corpo, inclusive na cabeça. "Ele está estável nesse nível de complexidade e as operações realizadas nas últimas horas mantiveram sua condição", disse hoje a Fundación Santa Fe de Bogotá, onde ele está hospitalizado desde sábado.