Moraes nega pedido de Bolsonaro para exibir vídeos em interrogatório sobre a tentativa de golpe

Política
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para que ele pudesse exibir vídeos durante o seu depoimento sobre a tentativa de golpe de Estado denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Bolsonaro pretendia expor gravações de autoridades que fizeram críticas às urnas eletrônicas, como o ministro do STF Flávio Dino e o ex-ministro Carlos Lupi (PDT). O objetivo era contrastar o seu discurso, que utilizou notícias falsas para atacar o sistema eletrônico de votação, com as manifestações de políticos de esquerda.

O ex-presidente reuniu cerca de 12 vídeos para embasar a sua linha argumentativa de que não teria feito ataques para desacreditar o sistema eletrônico de votação. As imagens comprovariam, na avaliação de Bolsonaro, de que se tratava de mera discordância técnica amparada pela liberdade de expressão.

Ao negar o pedido, Moraes afirmou que o interrogatório "não é o momento adequado para apresentação de provas novas, ainda não juntadas aos autos e desconhecidas das partes". O ministro indicou que, caso entenda conveniente, a defesa do ex-presidente deve juntar os vídeos aos autos do processo.

"No interrogatório, o réu e sua Defesa podem utilizar, apontar e fazer referência a qualquer prova presente nos autos", afirmou Moraes.

Bolsonaro disse em conversa com jornalistas antes do início do interrogatório que vai falar por horas quando chegar a sua vez de responder as perguntas dos ministros da Primeira Turma, da Procuradoria-Geral da República (PGR) e dos advogados dos outros réus.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse há pouco que a BBC alterou seu discurso de 6 de janeiro de 2021, dia da invasão ao Capitólio, e celebrou a demissão de "pessoas muito desonestas que tentaram influenciar uma eleição presidencial".

"As principais pessoas da BBC, incluindo TIM DAVIE, o CHEFE, estão todas se demitindo/DEMITIDAS, porque foram pegas 'alterando' meu excelente (PERFEITO!) discurso de 6 de janeiro. Além de tudo, eles são de um país estrangeiro, que muitos consideram nosso Aliado Número Um. Que coisa terrível para a Democracia!", escreveu o republicano na Truth Social.

A CEO de notícias da BBC, Deborah Turness, e o diretor-geral da emissora britânica, Tim Davie, renunciaram ao cargo nesta trade. A saída acontece após o jornal The Telegraph mostrar que a BBC havia editado enganosamente um discurso de Trump para dar a impressão de que ele havia incitado diretamente à violência nos atos de invasão ao Capitólio.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já embarcou de volta ao Brasil. A previsão é que Lula desembarque em Belém (PA) por volta das 19h30.

O presidente viajou a Santa Marta, na Colômbia, para participar da cúpula Celac-União Europeia neste domingo. O compromisso foi rápido. Lula chegou em Santa Marta por volta das 11h30, participou da reunião e já embarcou de volta a Belém.

Na segunda-feira, 10, ele participa da abertura oficial da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30, em Belém.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, alertou que as consequências econômicas da prolongada paralisação do governo federal estão se intensificando, dizendo que a situação está ficando "cada vez pior", à medida que as interrupções se espalham por setores-chave e pressionam as finanças públicas.

"Vimos um impacto na economia desde o primeiro dia, mas está ficando cada vez pior. Tivemos uma economia fantástica sob o presidente Trump nos últimos dois trimestres, e agora há estimativas de que o crescimento econômico para este trimestre poderia ser reduzido pela metade se a paralisação continuar", disse ele em entrevista à ABC neste domingo.

De forma semelhante, o assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, pontuou hoje que o crescimento do quarto trimestre pode ser negativo se o shutdown se prolongar.

Hassett, falando ao programa "Face the Nation" da CBS, observou que a escassez de controladores de tráfego aéreo estava causando grandes atrasos nas viagens na preparação para o feriado de Ação de Graças. "Essa época é uma das mais movimentadas do ano para a economia... e se as pessoas não estiverem viajando nesse momento, então realmente poderíamos estar olhando para um trimestre negativo", acrescentou.