Haddad e Carlos Jordy disutem durante audiência na Câmara; parlamentares batem boca

Política
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O deputado Carlos Jordy (PL-RJ) chamou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de "moleque" durante audiência pública conjunta das comissões de Finanças e Tributação e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.

Pouco antes, Haddad disse que Jordy e o colega Nikolas Ferreira (PL-MG) fizeram uma "molecagem" por terem feito uma série de questionamentos e se retirado da sala da comissão antes de ouvirem sua resposta. "Eu tenho tido o ânimo de debater, mas com os bolsonaristas eu não consigo debater. Eu não consigo debater. Desde 2018 o Bolsonaro fugiu de todos os debates. Agora aparecem aí dois deputados, fazem as perguntas e correm do debate", disse o ministro.

"Eu venho aqui com o espírito público, venho com o dado oficial, venho com PECs e leis complementares que vocês aprovaram, para debater. Agora esse tipo de atitude, de alguém que quer aparecer na rede falando sério e corre, sempre que o debate vai acontecer, estou perdendo aqui um minuto para esse desabafo, porque é um pouco de molecagem, sabe, e isso não é bom para a democracia", disse.

Haddad questionou onde estavam Nikolas e Jordy quando o parlamento votou medidas para sanear o Orçamento público, com a PEC da Transição, por causa de "calotes" que foram dados pelo governo de Jair Bolsonaro. O ministro disse que Bolsonaro deu o calote nos precatórios, vendeu a Eletrobras "na bacia das almas" e lembrou do episódio em que os governadores foram tungados no ICMS com a mudança da alíquota modal para combustíveis e energia elétrica.

"Dando calote em precatório e tomando dinheiro de governador, qualquer um faz superávit", disse o ministro, falando sobre o resultado primário de 2022. Jordy havia mencionado o superávit da gestão Bolsonaro. Haddad disse que o País ainda teria vergonha de ter o quadro de Bolsonaro na galeria de presidentes e ainda disse que o governo não venderá patrimônio público para pagar dívida.

Jordy disse que foi informado que havia o ministro havia sido "extremamente desrespeitoso" e, por isso, retornava à comissão. Ele falou que, como deputado, participa de vários colegiados e que Haddad estava chateado porque ele e Nikolas apontaram verdades sobre a condução da política fiscal.

"Quero te dizer, ministro, que o moleque é você, por ter aceitado o cargo dessa magnitude e só ter feito dois meses de economia. Moleque é você por ter feito com que o nosso País tivesse o maior déficit fiscal da história, de R$ 230 bilhões, logo após o governo Bolsonaro ter dado superávit. E o presidente Bolsonaro passou por uma pandemia. Você, o governo Lula, é pior que uma pandemia" (sic), disse,

Ele ainda acrescentou: "não vem aqui querer cantar de galo na Câmara dos Deputados, porque você é ministro, mas eu sou deputado. Respeite o Parlamento, moleque é você", disse.

Após a fala do deputado, houve um bate-boca generalizado entre os parlamentares, com pedidos para a retirada das menções à "molecagem" e "moleque" das notas taquigráficas, que são disponibilizadas após todas as sessões - seja de comissão ou plenário - no Congresso.

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A Bolívia e os Estados Unidos normalizarão suas relações diplomáticas e em breve trocarão embaixadores, anunciaram o novo presidente da Bolívia, Rodrigo Paz, e o subsecretário de Estado dos Estados Unidos, Christopher Landau.

Ambos reuniram-se após a cerimônia de posse de Paz, na Bolívia, e anunciaram o início de uma nova era nas relações diplomáticas entre os dois países. "É inusitado que não tenhamos tido embaixadores. É um passo importante e espero que possamos anunciá-los muito em breve", disse Landau, o diplomata americano de mais alto escalão que viajou ao país nos últimos anos.

O último embaixador norte-americano na Bolívia foi expulso em 2008 pelo então presidente boliviano Evo Morales, que acusou suposta espionagem interna e depois retirou do país a Administração de Repressão às Drogas (DEA, na sigla em inglês) e a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid, também na sigla em inglês).

Landau, que foi embaixador de seu país no México, anunciou ainda que Washington está disposto a cooperar em vários campos com o novo governo boliviano. "O presidente Paz expressou seu interesse em manter uma boa relação com os Estados Unidos. De forma recíproca também queremos boas relações e estou certo de que assim o faremos", afirmou.

Paz, por sua vez, abriu a possibilidade de um possível retorno à DEA. "Todas as instituições não só dos Estados Unidos, mas de países fronteiriços que queiram trabalhar com a Bolívia para fazer um país mais seguro contra ilícitos, estarão e nós estaremos vinculados a essas nações", disse em coletiva de imprensa conjunta.

Na semana passada, antes de assumir o cargo, Paz viajou aos Estados Unidos para se reunir com organizações financeiras internacionais e buscar apoio para tirar seu país da pior crise econômica em quatro décadas.

Durante o governo de Morales (2006-2019) e de Luis Arce (2020-2025), a Bolívia se desvinculou dos Estados Unidos para fazer parte da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA) junto a Cuba, Nicarágua e Venezuela, cujo bloco suspendeu este país andino após as aproximações de Paz com Washington.

Um terremoto com magnitude de 6,9 atingiu o norte do Japão neste domingo, 09, seguido por vários outros tremores, segundo a Agência Meteorológica do Japão. Um aviso de tsunami de até um metro ao longo da costa da região foi emitido.

O terremoto ocorreu na costa, na região de Iwate, a uma profundidade de 16 quilômetros abaixo da superfície do mar, às 17h03, horário do Japão. Não há relatos de feridos ou danos, nem quaisquer relatos de anomalias nas duas usinas nucleares da área, até o momento. De acordo com a agência japonesa, a área estava sob risco de fortes terremotos há cerca de uma semana, especialmente nos próximos dois ou três dias.

Um tsunami de cerca de 10 centímetros foi detectado, chegando a 20 centímetros na área costeira de Kuji. Ondas de tsunami que ocorrem após terremotos podem continuar por algumas horas depois, atingindo a costa repetidamente, e aumentar com o tempo. Trens-bala na área foram temporariamente atrasados, de acordo com a operadora ferroviária JR East. Cortes de energia também ocorreram.

Apesar do alerta, um funcionário da agência afirmou que nada indica que a ocorrência se assemelhe à ocorrida em Fukushima, em março de 2011, que matou quase 20 mil pessoas, e danificou severamente uma estação nuclear. O Japão, que está localizado no "anel de fogo" do Pacífico, é um dos países mais propensos a terremotos no mundo.

A sessão de fim de semana do Senado americano para acabar com o shutdown mostrou poucos sinais de progresso neste sábado, já que o desejo do líder da maioria no Senado, John Tune, por uma votação rápida não se concretizou.

O shutdown, que já dura 39 dias, está afetando cada vez mais o país, com trabalhadores federais sem receber salários, companhias aéreas cancelando voos e benefícios de vale-alimentação atrasados para milhões de americanos.

A sessão deste sábado começou de forma conturbada, visto que o presidente Donald Trump já havia deixado claro que é improvável que ele faça concessões com os democratas, que buscam prolongar em um ano os benefícios fiscais do Obamacare. Trump disse nas redes sociais que é "o pior sistema de saúde em qualquer lugar do mundo" e sugeriu que o Congresso envie dinheiro diretamente para as pessoas adquirirem seguros.

Thune disse que a proposta de Trump não faria parte de uma solução para acabar com o shutdown, mas acrescentou que "é uma discussão que o presidente e todos nós queremos ter".

*Com informações da Associated Press.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.