Quem é Carlos Jordy, deputado que bateu boca e chamou Haddad de moleque

Política
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Uma discussão entre o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), outros parlamentares da oposição ao governo Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, levou ao encerramento da audiência pública conjunta das comissões de Finanças e Tributação e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 11.

Em determinado momento da audiência, Haddad disse que estava perdendo um pouco de seu tempo para desabafar sobre o comportamento dos deputados Carlos Jordy e Nikolas Ferreira (PL-MG), classificando como "molecagem" o fato de eles terem feito questionamentos e apontamentos sobre as contas públicas e deixado a sala de comissões antes de ouvir as respostas.

Após a declaração de Haddad, Jordy voltou à audiência e chamou o ministro da Fazenda de moleque. Jordy disse que foi informado que o ministro havia sido "extremamente desrespeitoso" e, por isso, retornava à comissão. Ele falou que, como deputado, participa de vários colegiados e que Haddad estava chateado porque ele e Nikolas apontaram verdades sobre a condução da política fiscal.

"Quero te dizer, ministro, que o moleque é você, por ter aceitado o cargo dessa magnitude e só ter feito dois meses de economia. Moleque é você por ter feito com que o nosso País tivesse o maior déficit fiscal da história, de R$ 230 bilhões, logo após o governo Bolsonaro ter dado superávit. E o presidente Bolsonaro passou por uma pandemia. Você, o governo Lula, é pior que uma pandemia", disse.

Ele ainda acrescentou: "Não vem aqui querer cantar de galo na Câmara dos Deputados, porque você é ministro, mas eu sou deputado. Respeite o Parlamento, moleque é você".

Após a fala do deputado, houve um bate-boca generalizado entre os parlamentares, com pedidos para a retirada das menções à molecagem e moleque das notas taquigráficas, que são disponibilizadas após todas as sessões - seja de comissão ou plenário - no Congresso.

Vice-líder da minoria na Câmara, Carlos Jordy, de 43 anos, é deputado da "tropa de choque" bolsonarista e um dos mais aguerridos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em 2016, foi eleito vereador de Niterói, sua cidade natal. Dois anos depois, candidatou-se a deputado federal pelo Rio de Janeiro e foi eleito com 204.048 votos. Em 2022, foi reeleito com 114.587 votos.

Nas eleições municipais de 2024, concorreu à prefeitura de Niterói (RJ). No segundo turno, perdeu para Rodrigo Neves (PDT), que obteve 57,2% dos votos válidos contra 42,8% do deputado.

Em janeiro do ano passado, o deputado federal foi alvo da 24.ª fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal (PF). Os agentes da PF cumpriram mandado de busca e apreensão no gabinete do parlamentar na Câmara e na casa congressista no Rio de Janeiro. A Operação Lesa Pátria investiga os suspeitos de planejar, financiar e incitar os atos antidemocráticos ocorridos entre outubro de 2022 e janeiro de 2023.

Em junho de 2022, Carlos Jordy foi condenado pela Justiça do Rio de Janeiro por danos morais ao influenciador digital Felipe Neto. O deputado foi sentenciado ao pagamento de uma indenização. Em uma publicação de março de 2019, Jordy havia associado o influenciador ao massacre na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, alegando que os assassinos teriam cometido o atentado por influência do youtuber.

Um assessor parlamentar de Carlos Jordy já se envolveu numa confusão no Congresso. Em outubro de 2023, após a aprovação do relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, o assessor Rodrigo Duarte Bastos começou a filmar os congressistas. O deputado Rogério Correia (PT-MG) deu um tapa na mão de Rodrigo e o aparelho caiu na cabeça de senadora Soraya Thonicke (Podemos-MS).

Ao ser atingida, a senadora passou a ordenar: "Pega esse cara, pega esse cara, atingiu a minha cabeça". Thronicke não viu que o celular havia caído em sua cabeça por causa do tapa do deputado petista. Rodrigo Bastos, ao ouvir o pedido de prisão, saiu correndo.

Poucas horas após o incidente, Jordy afirmou que ia exonerar o servidor, mas no dia seguinte, segundo ele, após analisar as imagens do tumulto, ficou demonstrado que "Rodrigo Duarte Bastos não agrediu quem quer que seja" e desistiu de demitir o assessor.

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O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que a crise do fentanil "nunca se encerrará" na fronteira com o Canadá, mas mencionou que os canadenses têm feito um bom trabalho no tema, ao realizar comentários para jornalistas ao lado do primeiro-ministro canadense, Mark Carney, nesta terça-feira. O fluxo de fentanil foi um dos motivos justificados pelo republicano para impor tarifas contra o país vizinho.

Trump defendeu que, apesar de negociações e conversas, as tarifas entre os EUA e o Canadá serão mantidas, e pontuou que os dois países estão trabalhando juntos no sistema de proteção aérea "domo de ouro". Segundo ele, é possível renegociar acordo do Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA) ou fazer "negociações diferentes".

"Acredito que Carney sairá daqui muito feliz; há muitas coisas nas quais estamos trabalhando", afirmou Trump, ao mencionar que os EUA tratarão o Canadá "de maneira justa, assim como todos os outros países". "Os canadenses vão nos amar de novo; muitos deles ainda nos amam", acrescentou.

Dentre os comentários, o republicano também informou que irá se encontrar com o presidente da China, Xi Jinping, na Coreia do Sul "em algumas semanas".

Mais de 200 alpinistas ainda estão presos no Monte Everest nesta terça-feira, 7, após uma nevasca atingir a região no último sábado, 4. Eles caminham com a ajuda de guias até um ponto de encontro, onde receberão o atendimento necessário, de acordo com a emissora estatal CCTV. O grupo passou a noite de segunda-feira, 6, em tendas a uma altitude de mais de 4,9 mil metros.

Outras 350 pessoas que também ficaram presas no sábado já conseguiram sair. O alpinista Eric Wen estava nesse grupo e disse ao jornal South China Morning Post que nunca tinha passado por algo tão difícil antes.

"A cada 10 minutos, nós tínhamos que limpar a neve da barraca, porque, se não, o peso da neve pesada iria destruí-la", afirmou. Ele também disse que as pessoas tiveram que ficar próximas para se aquecerem no frio congelante.

Outro alpinista, identificado pelo jornal Xiaoxiang Morning Herald apenas como Dong, afirmou que a neve começou a cair na tarde de sábado e que a situação piorou durante a madrugada de domingo, 5. "Nunca vi uma tempestade com tanta neve e relâmpago", disse.

O Everest tem 8,9 mil metros de altura e fica entre a China e o Nepal. A região estava movimentada no final de semana devido ao feriado de oito dias do Dia Nacional da China. Com informações da Associated Press.

O governo de Donald Trump enfrenta novas ações judiciais após autorizar o envio de tropas da Guarda Nacional a Chicago e Portland, contrariando as autoridades locais. Illinois e a cidade de Chicago processaram o presidente dos EUA nesta segunda-feira, 6, afirmando que a medida é "ilegal e perigosa". O governador JB Pritzker acusou Trump de "usar nossos militares como peças políticas" em uma tentativa de "militarizar as cidades do país".

O caso segue movimentos semelhantes na Califórnia e em Oregon, onde uma juíza federal suspendeu no fim de semana o envio de tropas ordenado por Trump. A governadora Tina Kotek chamou a decisão de "violação da soberania estadual". A Casa Branca, por sua vez, justificou as mobilizações citando "distúrbios violentos e anarquia" que governos locais não teriam conseguido conter.

Em Chicago, cresce o temor de uso excessivo da força e de perfil racial em operações migratórias. Agentes federais atiraram no sábado contra uma mulher armada após serem cercados por veículos - episódio que reacendeu críticas à repressão em bairros latinos.

Desde o início do segundo mandato, Trump já enviou ou cogitou enviar tropas federais a dez cidades. Em 2023, o assessor Stephen Miller havia defendido empregar a Guarda Nacional em estados democratas que resistissem às políticas de deportação em massa. Fonte: Associated Press

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.