Como está a situação de Carla Zambelli após pedido de extradição e perda de mandato

Política
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Os processos de extradição e de perda de mandato da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) estão em andamento. Após ser condenada a dez anos de prisão pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Zambelli deixou o País. A sentença do Supremo Tribunal Federal (STF) também determina a perda do cargo na Câmara dos Deputados.

O Supremo encaminhou o pedido de extradição da ré e o ofício está sob análise do governo da Itália. Zambelli prometeu se apresentar às autoridades italianas assim que fosse notificada do pedido de extradição. A assessoria da parlamentar não retornou aos contatos do Estadão.

Em outra frente, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), suspendeu os pagamentos da deputada federal e pediu o prosseguimento da cassação à Comissão de Constituição e Justiça da Casa. Zambelli está licenciada do mandato, mas o trâmite que pode levar à cassação segue em curso mesmo assim.

Pelo que Zambelli foi condenada?

Em 14 de maio, Zambelli foi condenada pelo STF, por unanimidade, por coordenar uma invasão hacker aos sistemas do Poder Judiciário em janeiro de 2023. Durante o ataque, foi emitido um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Além de dez anos de prisão, a Corte determinou a perda do mandato.

Zambelli é ré por empunhar uma arma contra um homem na véspera do segundo turno da eleição presidencial de 2022. O julgamento por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal está pausado por um pedido de vista do ministro Nunes Marques, mas já há maioria entre os ministros do Supremo para condená-la.

Após a condenação pela invasão aos sistemas do CNJ, Zambelli deixou o País e teve sua prisão preventiva decretada. A prisão da parlamentar depende de seu retorno ao Brasil, que será realizado por uma extradição.

Como está o pedido de extradição de Zambelli?

O STF pediu formalmente a extradição de Carla Zambelli nesta terça-feira, 11. O ofício "urgente" foi encaminhado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, chefiado por Ricardo Lewandowski.

No mesmo dia, o documento foi encaminhado ao Ministério das Relações Exteriores, ao qual cabe a remessa do documento para a autoridade estrangeira - no caso, o governo da Itália. O ofício foi encaminhado pelo Itamaraty à Embaixada do Brasil na Itália e, no início da manhã desta quarta-feira, já estava sob análise das autoridades do país europeu.

Zambelli afirmou ao portal G1 nesta segunda-feira, 10, que se apresentaria às autoridades da Itália assim que a Justiça brasileira prosseguisse com seu pedido de extradição. O Estadão questionou a assessoria da parlamentar sobre seu paradeiro, mas não houve retorno. A oposição a Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália, tem pressionado o governo italiano a fornecer informações sobre a condição de Zambelli no país.

Zambelli perderá o mandato?

Hugo Motta disse nesta segunda que a Câmara cumpriria a decisão do STF e decretaria a perda do mandato de Zambelli. Segundo o presidente da Casa, tratando-se de uma condenação do Supremo, "não caberia" uma decisão alternativa. Algumas horas depois, o deputado federal recuou e disse que a "palavra final" sobre o mandato será "do plenário".

Nesta quarta-feira, 11, Motta encaminhou à CCJ da Casa a ordem para a perda do mandato de Zambelli. Em paralelo, notificou o STF de que suspendeu os pagamentos ao gabinete da deputada.

Com o ofício na CCJ, Zambelli poderá apresentar sua defesa em um prazo de até cinco sessões. Em seguida, o colegiado terá o mesmo prazo para emitir um parecer favorável ou contrário à perda do mandato. Após votação, a decisão passa por análise do plenário da Câmara. A decisão deve ser aprovada pela maioria absoluta dos deputados, ou seja, 257 votos.

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Membros da Guarda Nacional do Texas foram vistos nesta terça-feira, 7, em um centro de treinamento militar em Illinois, no sinal mais claro até agora do plano do governo norte-americano Donald Trump de enviar tropas para a região de Chicago, apesar da oposição de autoridades locais e de uma ação judicial em curso. Os militares exibiam o emblema da Guarda Nacional texana.

O governador de Illinois, JB Pritzker, acusou Trump de usar as tropas como "peões" e "instrumentos políticos", enquanto o prefeito de Chicago, Brandon Johnson, criticou a falta de cooperação da Casa Branca. O Estado e a cidade processaram o governo federal, alegando que a medida faz parte de uma "guerra" declarada por Trump contra Chicago e Illinois. Um juiz deu dois dias ao governo para responder, com audiência marcada para quinta-feira.

A mobilização reacende tensões com governadores democratas. No Oregon, um juiz bloqueou o envio de tropas a Portland. Trump tem retratado as grandes cidades como "zonas de guerra" e ameaçou acionar a Lei da Insurreição, que autoriza o uso de militares da ativa em Estados que desafiam ordens federais.

Em Chicago, a presença de agentes armados da Patrulha de Fronteira e prisões em áreas latinas aumentaram o temor entre moradores. Johnson assinou uma ordem proibindo o uso de propriedades municipais em operações migratórias.

Apesar do discurso do governo, dados policiais mostram queda da criminalidade: os homicídios recuaram 31% em Chicago e 51% em Portland. Desde o início do segundo mandato, Trump já enviou ou cogitou enviar tropas a dez cidades americanas, incluindo Los Angeles e Washington. Fonte: Associated Press

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast

A crise política detonada na França pela renúncia do primeiro-ministro Sébastien Lecornu se agravou nesta terça-feira, 7, com um aumento das críticas ao presidente Emmanuel Macron dentro de seu próprio grupo político. Dois ex-premiês que serviram no gabinete do presidente o criticaram em meio à pressão para que ele convoque novas eleições legislativas ou renuncie ao cargo.

Um deles, Édouard Philippe, afirmou Macron deveria convocar eleições presidenciais antecipadas e renunciar após a Assembleia Nacional aprovar o orçamento para 2026.

Philippe, que foi o primeiro premiê de Macron depois que ele chegou ao poder em 2017, disse que o presidente francês deveria dizer "que não podemos deixar que o que temos vivido nos últimos seis meses se prolongue. Mais 18 meses é considerado tempo demais e isso prejudicaria a França".

O presidente francês também foi criticado pelo ex-primeiro-ministro Gabriel Attal, que manifestou seu descontentamento com a decisão de Macron de dissolver a Câmara dos Deputados em junho de 2024 - a raiz da crise atual.

"Como muitos franceses, não compreendo mais as decisões do presidente", disse Attal à emissora TF1 na segunda-feira, 6.

Macron já havia dito anteriormente que cumprirá seu segundo e último mandato presidencial até o fim.

Renúncia do primeiro-ministro

Depois de aceitar a demissão de Lecornu, Macron deu ao seu aliado mais 48 horas para "negociações finais" com a intenção de tentar estabilizar o país antes de decidir seus próximos passos.

Lecornu se reuniu nesta terça-feira com autoridades da chamada Socle Commun (Plataforma Comum), uma coalizão de conservadores e centristas que havia fornecido uma base de apoio, embora instável, aos primeiros-ministros de Macron antes de se desintegrar, quando Lecornu nomeou um novo gabinete na noite de domingo, 5.

O novo governo então entrou em colapso menos de 14 horas depois, quando O conservador Bruno Retailleau retirou seu apoio.

O início da crise

A turbulência política tomou conta da França há mais de um ano, a partir da dissolução da Assembleia Nacional por determinação de Macron, o que desencadeou novas eleições.

Após o avanço da extrema direita nas eleições para o Parlamento europeu, Macron calculou que a votação lhe beneficiaria diante de um temor do avanço radical.

O primeiro turno da eleição, no entanto, teve um resultado contrário e o presidente teve de se aliar à Frente Ampla de esquerda para derrotar a direita radical.

Após a vitória, no entanto, Macron se recusou a incluir a esquerda na coalizão de governo, o que fragilizou seu governo.

Repleto de oponentes de Macron, os parlamentares derrubaram seus governos minoritários, um após o outro.

*Com informações da Associated Press.

O ex-primeiro-ministro da França, Édouard Philippe, afirmou nesta terça-feira, 7, que o presidente francês, Emmanuel Macron, deveria convocar eleições presidenciais antecipadas e renunciar após a Assembleia Nacional aprovar o orçamento para 2026.

Philippe, que foi o primeiro premiê de Macron depois que ele chegou ao poder em 2017, disse que o presidente francês "deveria dizer que não podemos deixar que o que temos vivido nos últimos seis meses se prolongue. Mais 18 meses seriam tempo demais e prejudicariam a França".

Macron já havia dito anteriormente que cumprirá seu segundo e último mandato presidencial até o fim.

O presidente francês também foi criticado pelo ex-primeiro-ministro Gabriel Attal, que manifestou seu descontentamento com a decisão de Macron de dissolver a Câmara dos Deputados em junho de 2024 - a raiz da crise atual.

"Como muitos franceses, não compreendo mais as decisões do presidente", disse Attal à emissora TF1 na segunda-feira, 6.

A turbulência política tomou conta da França há mais de um ano, a partir da dissolução da Assembleia Nacional que desencadeou novas eleições. O resultado foi um Parlamento repleto de oponentes de Macron, que derrubaram seus governos minoritários, um após o outro.

Renúncia do primeiro-ministro

A última crise começou com a renúncia, na segunda-feira, 6, do primeiro-ministro Sébastien Lecornu - o quarto primeiro-ministro de Macron desde a dissolução, depois de Attal, Michel Barnier e François Bayrou.

Depois de aceitar a demissão de Lecornu, Macron deu ao seu aliado mais 48 horas para "negociações finais" com a intenção de tentar estabilizar o país antes de decidir seus próximos passos.

Lecornu se reuniu nesta terça-feira com autoridades da chamada Socle Commun (Plataforma Comum), uma coalizão de conservadores e centristas que havia fornecido uma base de apoio, embora instável, aos primeiros-ministros de Macron antes de se desintegrar, quando Lecornu nomeou um novo gabinete na noite de domingo, 5.

O novo governo então entrou em colapso menos de 14 horas depois, quando O conservador Bruno Retailleau retirou seu apoio.

*Com informações da Associated Press