Lula diz que Cristina Kirchner chorou em ligação após condenação

Política
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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que a ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner chorou em ligação com o petista após ser condenada a seis anos de prisão por corrupção. Lideranças do PT comparam a condenação de Kirchner com a prisão de Lula durante a Operação Lava Jato.

Durante a edição da quinta-feira, 19, do podcast Mano a Mano, apresentado pelo cantor Mano Brown, Lula afirmou que ligou para Cristina Kirchner após a sua condenação, para prestar solidariedade e mostrar apoio.

"Ela até chorou", disse o presidente brasileiro. "Eu falei, Cristina, eu estou te ligando porque eu quero que você saiba que a minha amizade com você não era porque você era presidente e eu era presidente. A minha amizade com você é porque eu sou gente e você é gente."

Lula deve visitar a ex-presidente da Argentina na primeira semana de julho, durante a cúpula do Mercosul, que ocorrerá em Buenos Aires, entre os dias 2 e 3. A informação é do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), que foi à Argentina na quarta-feira, 18, como representante do PT, para prestar solidariedade a Cristina Kirchner.

A ex-presidente da Argentina foi condenada por contratos superfaturados em obras públicas e fraudes em licitações na província de Santa Cruz durante sua presidência. A pena é de 6 anos de prisão, e ela também teve os direitos políticos cassados. Cristina diz ser inocente e vítima de perseguição judicial.

A ex-presidente disse na sexta-feira que não fugiria de ordens judiciais e pediu para cumprir a pena em prisão domiciliar por ter mais de 70 anos. Os advogados dela também justificaram o pedido lembrando que Cristina sofreu um atentado em 2022.

Ela também havia pedido para ser liberada da necessidade de portar tornozeleira eletrônica por não representar risco de fuga, pedido que a Justiça não atendeu.

Na terça-feira, 17, a Justiça Federal da Argentina concedeu a prisão domiciliar para a ex-presidente. Cristina deveria se apresentar à Justiça na quarta sob forte mobilização peronista, mas, com a decisão, passa a cumprir a pena diretamente de sua casa, sem necessidade do comparecimento ao tribunal.

Desde a condenação, o que se vê em seu bairro Constitución é um "efeito Lula" semelhante à prisão do brasileiro em 2018.

Em nota oficial, o PT afirma que "Cristina Kirchner, tal qual Lula, enfrenta desde que saiu da Presidência, em 2015, uma perseguição política que emprega também o lawfare - o uso político do Judiciário para a concretização de objetivos políticos - e uma campanha de ódio, mentiras e violência sistemática por parte da direita em todas as suas expressões, inclusive os grandes meios de comunicação".

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira, em publicação na Truth Social, que uma eventual decisão desfavorável da Suprema Corte sobre as tarifas de importação poderia gerar um impacto superior a US$ 3 trilhões.

Segundo Trump, o valor inclui investimentos já realizados, previstos e devoluções de recursos. "A Suprema Corte recebeu números errados. O 'desmonte', em caso de decisão negativa sobre as tarifas, seria superior a US$ 3 trilhões."

O presidente acrescentou que o país não teria como compensar uma perda dessa magnitude, classificando o cenário como um "evento de segurança nacional intransponível" e "devastador para o futuro" dos Estados Unidos.

Passageiros aéreos nos Estados Unidos devem enfrentar mais cancelamentos e atrasos nesta semana, mesmo que a paralisação do governo termine, segundo a Administração Federal de Aviação (FAA). A agência está ampliando os cortes de voos em 40 dos principais aeroportos do país, em meio à escassez de controladores de tráfego aéreo não remunerados há mais de um mês.

O planejamento do órgão regulador é de aumentar a redução para 6% nesta terça; 11,% na quinta, 13; e, atingir os 10% na próxima sexta, 14. Na segunda-feira, 10, as companhias aéreas cancelaram mais de 2,3 mil voos, e outros mil previstos para hoje já estavam suspensos.

O presidente norte-americano Donald Trump usou as redes sociais para pressionar os controladores a "voltarem ao trabalho agora", prometendo um bônus de US$ 10 mil aos que permaneceram em serviço e sugerindo cortar o pagamento dos que faltaram. As declarações foram criticadas por parlamentares democratas, que afirmaram que os profissionais merecem apoio, e não ameaças. O sindicato da categoria acusou o governo de usar os controladores como "peões políticos" na disputa orçamentária.

Embora o Senado tenha aprovado uma proposta para reabrir o governo, a medida ainda precisa ser votada pela Câmara. O secretário de Transportes, Sean Duffy, afirmou que os cortes de voos continuarão até que os níveis de pessoal se estabilizem. (Com informações da Associated Press)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, admitiu não saber de onde virão os recursos para bancar os bônus de US$ 10 mil prometidos a controladores de voo que permaneceram trabalhando durante a paralisação do governo federal. A declaração foi feita nesta segunda-feira, 10.

No mesmo dia, o Senado dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei para encerrar a paralisação governamental mais longa da história do país, que chegou a 41 dias. "Não sei. Vou conseguir de algum lugar. Sempre consigo dinheiro de algum lugar. Não importa", afirmou Trump em entrevista à apresentadora Laura Ingraham, da Fox News.

Mais cedo, o presidente havia proposto o pagamento dos bônus como forma de reconhecer os profissionais que não faltaram ao trabalho, mesmo sem receber salários há mais de um mês. A paralisação levou a Administração Federal de Aviação (FAA) a reduzir o tráfego aéreo em 40 dos principais mercados do país.

Trump já havia redirecionado recursos de pesquisa e desenvolvimento do Pentágono para garantir o pagamento de salários de militares durante a paralisação. (Com informações da Associated Press)