Damares se livra de indenizar mulher que falou em 'destruir politicamente' Michelle Bolsonaro

Política
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O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) derrubou nesta terça-feira, 23, uma decisão que havia condenado a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) a indenizar uma professora que falou em "destruir politicamente" Michelle Bolsonaro (PL) durante um debate. Após a declaração, Damares questionou a docente nas redes sociais se ela estava ameaçando matar a ex-primeira-dama.

Em fevereiro deste ano Damares republicou em seu perfil no X (antigo Twitter) um vídeo da professora Elenira Oliveira Vilela, que à época atuava como vereadora suplente pelo PT, em Florianópolis (SC). No vídeo, durante um debate do portal Opera Mundi, no Youtube, a professora fala sobre a atuação da ex-primeira-dama na política e sua facilidade em se comunicar com o eleitorado evangélico.

"Para o projeto deles e para o que eles precisam, ela é uma carta chave. E se a gente não arrumar um jeito de destruir ela politicamente e quiçá, de outras formas, jurídica, por exemplo, comprovando os crimes e tornando ela também inelegível, nós vamos arrumar um problema para a cabeça", disse a professora.

Em sua rede social, Damares republicou o vídeo questionando se a professora estaria sugerindo matar a ex-primeira-dama:

"Pera aí. Querem destruir a minha amiga Michelle Bolsonaro politicamente e 'quiçá de outras formas'. Que formas seriam essas? Isso é uma ameaça de morte? Mas não era esse o povo do amor? Amor nada, é puro ódio. Não adianta tentarem calar e ameaçar de morte Michelle Bolsonaro", diz a legenda do post.

Assim, Damares foi condenada a indenizar em R$ 7 mil a professora por danos morais, sob a alegação de que a senadora distorceu suas falas de forma intencional, gerando uma onda de ataques e ameaças em suas redes sociais. Elenira também pediu à Justiça que a publicação de Damares fosse removida das redes sociais.

A senadora, no entanto, recorreu, justificando que estava protegida pela liberdade de expressão e imunidade parlamentar e que sua postagem era uma crítica política legítima, baseada em falas públicas reais.

A Justiça aceitou o recurso e registrou que "não se verifica na postagem da ré qualquer ofensa aos atributos da personalidade da autora, restando ausente qualquer palavra ou expressão difamatória, atribuição de crime ou mesmo descrição de fatos sabidamente falsos por parte da ré".

Além disso, o TJDFT entendeu que o conteúdo do post de Damares se enquadra no exercício do mandato parlamentar, estando "abrigado pela cláusula de inviolabilidade constitucional". Assim, a condenação foi revertida e a senadora fica livre de indenizar Elenira.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira, em publicação na Truth Social, que uma eventual decisão desfavorável da Suprema Corte sobre as tarifas de importação poderia gerar um impacto superior a US$ 3 trilhões.

Segundo Trump, o valor inclui investimentos já realizados, previstos e devoluções de recursos. "A Suprema Corte recebeu números errados. O 'desmonte', em caso de decisão negativa sobre as tarifas, seria superior a US$ 3 trilhões."

O presidente acrescentou que o país não teria como compensar uma perda dessa magnitude, classificando o cenário como um "evento de segurança nacional intransponível" e "devastador para o futuro" dos Estados Unidos.

Passageiros aéreos nos Estados Unidos devem enfrentar mais cancelamentos e atrasos nesta semana, mesmo que a paralisação do governo termine, segundo a Administração Federal de Aviação (FAA). A agência está ampliando os cortes de voos em 40 dos principais aeroportos do país, em meio à escassez de controladores de tráfego aéreo não remunerados há mais de um mês.

O planejamento do órgão regulador é de aumentar a redução para 6% nesta terça; 11,% na quinta, 13; e, atingir os 10% na próxima sexta, 14. Na segunda-feira, 10, as companhias aéreas cancelaram mais de 2,3 mil voos, e outros mil previstos para hoje já estavam suspensos.

O presidente norte-americano Donald Trump usou as redes sociais para pressionar os controladores a "voltarem ao trabalho agora", prometendo um bônus de US$ 10 mil aos que permaneceram em serviço e sugerindo cortar o pagamento dos que faltaram. As declarações foram criticadas por parlamentares democratas, que afirmaram que os profissionais merecem apoio, e não ameaças. O sindicato da categoria acusou o governo de usar os controladores como "peões políticos" na disputa orçamentária.

Embora o Senado tenha aprovado uma proposta para reabrir o governo, a medida ainda precisa ser votada pela Câmara. O secretário de Transportes, Sean Duffy, afirmou que os cortes de voos continuarão até que os níveis de pessoal se estabilizem. (Com informações da Associated Press)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, admitiu não saber de onde virão os recursos para bancar os bônus de US$ 10 mil prometidos a controladores de voo que permaneceram trabalhando durante a paralisação do governo federal. A declaração foi feita nesta segunda-feira, 10.

No mesmo dia, o Senado dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei para encerrar a paralisação governamental mais longa da história do país, que chegou a 41 dias. "Não sei. Vou conseguir de algum lugar. Sempre consigo dinheiro de algum lugar. Não importa", afirmou Trump em entrevista à apresentadora Laura Ingraham, da Fox News.

Mais cedo, o presidente havia proposto o pagamento dos bônus como forma de reconhecer os profissionais que não faltaram ao trabalho, mesmo sem receber salários há mais de um mês. A paralisação levou a Administração Federal de Aviação (FAA) a reduzir o tráfego aéreo em 40 dos principais mercados do país.

Trump já havia redirecionado recursos de pesquisa e desenvolvimento do Pentágono para garantir o pagamento de salários de militares durante a paralisação. (Com informações da Associated Press)