Valdemar do PL: Michelle seria a única, além de Bolsonaro, que venceria Lula em 2026

Política
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O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro (PL) seria a única candidata que venceria o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições do ano que vem, além do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está inelegível. A declaração ocorreu em um evento do PL Mulher em Guarulhos neste sábado, 5.

No evento, o líder do PL elogiou Michelle e disse que ela é uma "grande surpresa" desde que chegou à legenda. "E para a nossa surpresa, ela, depois do Bolsonaro, ela é a única que bate o Lula no segundo turno em todas as pesquisas que nós fizemos", disse.

Valdemar Costa Neto disse que o candidato presidencial para o ano que vem segue sendo o Bolsonaro, mas que, se ele não puder estar no pleito, ele quem escolherá o novo nome. "Se acontecer uma injustiça no Brasil e o impedirem, quem escolhe o candidato não é o partido, é o presidente Bolsonaro, porque ele é que tem os votos", declarou.

Com Bolsonaro inelegível até 2030 em razão de condenações na Justiça Eleitoral, nomes cotados para substitui-lo têm se movimentado.

Em junho, três institutos de pesquisas de opinião divulgaram sondagens sobre o cenário eleitoral de 2026. Nas três, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece com um empate técnico nas simulações de segundo turno contra possíveis adversários, incluindo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e Michelle Bolsonaro.

Durante a participação, o líder do PL ainda ressaltou que o seu apoio é ao Bolsonaro "e quem ele escolher se não for candidato".

Congressistas entusiastas da participação da ex-primeira-dama nas eleições do ano que vem afirmaram à Coluna do Estadão em junho que não faria sentido Michelle abrir mão de seu protagonismo político.

Michelle ocupa o cargo de presidente no PL Mulher e liderou o evento deste sábado ao lado da deputada federal Rosana Valle (PL-SP), que presidente a executiva estadual da legenda, e de Valdemar. Ela ressaltou que apoia a candidatura do marido para o ano que vem. "Hoje, eu estou aqui ao lado de Jair Messias Bolsonaro", declarou.

"Não fui eleita pelo povo, mas trabalhei ao lado de um homem que foi levantado por Deus para mudar a história política desta nação, e, com certeza, em 2026, ele vai voltar, porque essa mentira, todo esse projeto do mal contra a vida dele não vai prevalecer. Não existe democracia sem candidatura de Jair Bolsonaro em 2026", acrescentou.

O ex-presidente fez uma aparição de dois minutos no evento por vídeo. Ele parabenizou mulheres que participam da política e disse que logo será questão do passado o que ele classificou como "esse momento de angústia".

O evento teve como objetivo definir estratégias para o fortalecimento de mandatos em curso e de futuras candidaturas femininas em 2026.

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A CEO de notícias da BBC, Deborah Turness, e o diretor-geral da emissora britânica, Tim Davie, renunciaram ao cargo neste domingo, 9. A saída acontece após o jornal The Telegraph mostrar que a BBC havia editado enganosamente um discurso do presidente dos EUA, Donald Trump, para dar a impressão de que ele havia incitado diretamente à violência nos atos de invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. A fala distorcida de Trump foi exibida no programa Panorama de 3 de novembro de 2024, a uma semana das eleições presidenciais nos Estados Unidos.

Em sua rede social, a Truth Social, Donald Trump celebrou a demissão de quem chamou de "jornalistas corruptos". "Essas são pessoas muito desonestas que tentaram manipular as eleições presidenciais. Para piorar, vêm de um país estrangeiro, um que muitos consideram nosso principal aliado. Que terrível para a democracia!", postou.

A ministra britânica da Cultura, Lisa Nandy, havia classificado horas antes como "extremamente grave" a acusação contra a BBC por apresentar declarações de Trump de maneira enganosa.

"É um dia triste para a BBC. Tim foi um excelente diretor-geral durante os últimos cinco anos", afirmou o presidente da Corporação Britânica de Radiodifusão, Samir Shah, em comunicado. Ele acrescentou que Davie enfrentava "pressão constante (...) que o levou a tomar a decisão" de renunciar.

Colagem de trechos separados levou a versão distorcida do discurso

O caso, revelado na terça-feira, 4, baseia-se em um documentário exibido uma semana antes das eleições presidenciais dos EUA de 2024. A BBC é acusada de ter montado trechos separados de um discurso de Trump de 6 de janeiro de 2021 de forma que parece indicar que ele teria dito a seus apoiadores que marchariam com ele até o Capitólio para "lutar como demônios".

Na versão completa, o então presidente republicano - já derrotado nas urnas pelo democrata Joe Biden - diz: "Vamos marchar até o Capitólio e vamos incentivar nossos valentes senadores e representantes no Congresso."

A expressão "lutar como demônios" corresponde, na verdade, a outro momento do discurso.

Em carta enviada ao conselho da BBC e publicada no site, a CEO de notícias disse que a polêmica em torno do programa Panorama sobre o presidente Trump chegou a um ponto em que está prejudicando a BBC - uma instituição que ela adora.

Já Tim Davie, diretor-geral, disse que abdicou ao cargo após intensas exigências pessoais e profissionais de gerir o posto ao longo de muitos anos nestes "tempos turbulentos".

Um dia antes do início oficial da COP30 em Belém, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou em sua rede social, a Truth Social, nesta domingo, 9, uma mensagem dizendo que a Amazônia foi destruída para a construção de uma estrada.

"Eles destruíram a floresta amazônica no Brasil para a construção de uma rodovia de quatro faixas para que ambientalistas pudessem viajar", escreveu Trump na mensagem, ressaltando que o caso "se tornou um grande escândalo".

Junto com a mensagem, Trump postou um vídeo de quatro minutos da Fox News, com uma reportagem do enviado da emissora a Belém para cobrir a COP30.

Na reportagem, o editor Marc Morano diz, com uma imagem de Belém ao fundo, que mais de 100 mil árvores foram cortadas na Amazônia para construir a estrada e mostrar como o "governo brasileiro está cuidando da floresta tropical".

Ainda na reportagem postada por Trump, o jornalista destaca que pela primeira vez não há uma delegação oficial dos Estados Unidos em uma conferência das Nações Unidas sobre o clima desde 1992. Mesmo países europeus estão deixando esses compromissos de lado, ressalta o jornalista.

A reportagem fala ainda da queda das vendas de carros elétricos e de demissões em fábricas nos Estados Unidos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse há pouco que a BBC alterou seu discurso de 6 de janeiro de 2021, dia da invasão ao Capitólio, e celebrou a demissão de "pessoas muito desonestas que tentaram influenciar uma eleição presidencial".

"As principais pessoas da BBC, incluindo TIM DAVIE, o CHEFE, estão todas se demitindo/DEMITIDAS, porque foram pegas 'alterando' meu excelente (PERFEITO!) discurso de 6 de janeiro. Além de tudo, eles são de um país estrangeiro, que muitos consideram nosso Aliado Número Um. Que coisa terrível para a Democracia!", escreveu o republicano na Truth Social.

A CEO de notícias da BBC, Deborah Turness, e o diretor-geral da emissora britânica, Tim Davie, renunciaram ao cargo nesta trade. A saída acontece após o jornal The Telegraph mostrar que a BBC havia editado enganosamente um discurso de Trump para dar a impressão de que ele havia incitado diretamente à violência nos atos de invasão ao Capitólio.