PT derruba liminar que determinava a inclusão de deputada na eleição interna em MG

Política
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O Partido dos Trabalhadores conseguiu derrubar, nesta segunda-feira, 7, a decisão liminar que determinava a inclusão da deputada federal Dandara Tonantzin na eleição interna da legenda em Minas Gerais. A ação judicial paralisou o pleito no Estado e arriscou interferir no andamento do processo eleitoral do comando da sigla.

Dandara havia entrado na Justiça para manter a candidatura à presidência do diretório mineiro, que havia sido negada pelo PT. O partido alega que o nome da deputada foi tirado da votação em razão do pagamento fora do prazo de uma dívida partidária de cerca de R$ 130 mil. O regulamento da eleição exigia que pendências financeiras fossem quitadas até 29 de maio, o que a parlamentar não fez.

Dandara é apoiada pelo deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), que foi líder do PT na Câmara e figura-chave dentro do partido na vitória de Lula em Minas Gerais na disputa presidencial de 2022. Lopes chegou a comparar a exclusão de Dandara da eleição interna à ausência de Lula no pleito de 2018 e aliados citaram um "golpe" na sigla.

A liminar obtida por Dandara na primeira instância da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, na véspera do pleito, determinava que o PT tomasse as medidas necessárias para que a deputada participasse da eleição, em igualdade de condições com os demais candidatos.

O diretório nacional do PT decidiu adiar a realização da votação do processo de eleição direta (PED) em Minas para atender à Justiça. O partido apontou "impossibilidade logística" de colocar o nome de Dandara nas cédulas eleitorais enviadas a cerca de 700 municípios mineiros.

"O adiamento cumpre a decisão judicial de garantir igualdade de condições aos candidatos, sem prejuízo da defesa do diretório nacional no processo em referência que demonstrará a plena regularidade de todas decisões tomadas pelas instâncias internas do partido", afirmou o PT.

Nesta segunda, a decisão de segunda instância, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, reverteu o caso. Os dados sobre o processo eleitoral nacional, entretanto, ainda estão sendo consolidados.

O ex-prefeito de Araraquara Edinho Silva deve se eleger presidente nacional do PT após quase uma década de Gleisi Hoffmann, hoje ministra da Secretaria-Geral da Presidência da República, no comando da sigla. No início do ano, o senador Humberto Costa (PE) assumiu interinamente a cadeira de Gleisi quando ela foi nomeada ministra do presidente Lula.

Edinho representa a continuidade do grupo de Lula no poder do PT, ainda que o ex-prefeito tenha sofrido resistência de Gleisi e seus aliados. A vontade de Lula prevaleceu, e a corrente majoritária do partido encampou a candidatura de Edinho.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira, em publicação na Truth Social, que uma eventual decisão desfavorável da Suprema Corte sobre as tarifas de importação poderia gerar um impacto superior a US$ 3 trilhões.

Segundo Trump, o valor inclui investimentos já realizados, previstos e devoluções de recursos. "A Suprema Corte recebeu números errados. O 'desmonte', em caso de decisão negativa sobre as tarifas, seria superior a US$ 3 trilhões."

O presidente acrescentou que o país não teria como compensar uma perda dessa magnitude, classificando o cenário como um "evento de segurança nacional intransponível" e "devastador para o futuro" dos Estados Unidos.

Passageiros aéreos nos Estados Unidos devem enfrentar mais cancelamentos e atrasos nesta semana, mesmo que a paralisação do governo termine, segundo a Administração Federal de Aviação (FAA). A agência está ampliando os cortes de voos em 40 dos principais aeroportos do país, em meio à escassez de controladores de tráfego aéreo não remunerados há mais de um mês.

O planejamento do órgão regulador é de aumentar a redução para 6% nesta terça; 11,% na quinta, 13; e, atingir os 10% na próxima sexta, 14. Na segunda-feira, 10, as companhias aéreas cancelaram mais de 2,3 mil voos, e outros mil previstos para hoje já estavam suspensos.

O presidente norte-americano Donald Trump usou as redes sociais para pressionar os controladores a "voltarem ao trabalho agora", prometendo um bônus de US$ 10 mil aos que permaneceram em serviço e sugerindo cortar o pagamento dos que faltaram. As declarações foram criticadas por parlamentares democratas, que afirmaram que os profissionais merecem apoio, e não ameaças. O sindicato da categoria acusou o governo de usar os controladores como "peões políticos" na disputa orçamentária.

Embora o Senado tenha aprovado uma proposta para reabrir o governo, a medida ainda precisa ser votada pela Câmara. O secretário de Transportes, Sean Duffy, afirmou que os cortes de voos continuarão até que os níveis de pessoal se estabilizem. (Com informações da Associated Press)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, admitiu não saber de onde virão os recursos para bancar os bônus de US$ 10 mil prometidos a controladores de voo que permaneceram trabalhando durante a paralisação do governo federal. A declaração foi feita nesta segunda-feira, 10.

No mesmo dia, o Senado dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei para encerrar a paralisação governamental mais longa da história do país, que chegou a 41 dias. "Não sei. Vou conseguir de algum lugar. Sempre consigo dinheiro de algum lugar. Não importa", afirmou Trump em entrevista à apresentadora Laura Ingraham, da Fox News.

Mais cedo, o presidente havia proposto o pagamento dos bônus como forma de reconhecer os profissionais que não faltaram ao trabalho, mesmo sem receber salários há mais de um mês. A paralisação levou a Administração Federal de Aviação (FAA) a reduzir o tráfego aéreo em 40 dos principais mercados do país.

Trump já havia redirecionado recursos de pesquisa e desenvolvimento do Pentágono para garantir o pagamento de salários de militares durante a paralisação. (Com informações da Associated Press)