Dimas Covas: Pasta da Saúde precisa ser seja dirigida por quem entenda a pandemia

Política
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O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, avalia como "fundamental" que o Ministério da Saúde seja dirigido por alguém que consiga "entender a dinâmica da pandemia" de covid-19 no Brasil. Covas destacou, em entrevista à rádio CBN, que este trabalho "geralmente é feito por médicos, especialistas, sanitaristas e não tem acontecido desde que toda a equipe do o atual ministério ocupou o poder". "Existe falta, sem dúvida nenhuma, de uma competência técnica maior nesse enfrentamento", completou.

Entretanto, sobre a pressão pela saída do atual ministro, Eduardo Pazuello, da pasta - sob mira do Supremo Tribunal Federal e de parlamentares que buscam emplacar uma CPI - e as conversas para troca do comando do Ministério da Saúde, Covas avalia que a mudança "atrapalha muito" o combate à pandemia no País. "Nós já estamos com o comando meio que cariando e essa discussão de troca só vem a acrescentar mais confusão. Descredencia o atual ministro e deixa na incerteza o que vai acontecer", disse.

São nomes cotados para substituir Pazuello a cardiologista Ludhmila Hajjar e o presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Marcelo Queiroga.

Para o diretor do Butantan, "seria oportuno que, se de fato acontecer uma mudança, seja feita uma mudança para profissionais que possam compreender e manipular de forma adequada a epidemia, principalmente neste momento de gravidade extrema que vivemos". "Há um consenso da área técnica que Brasil deveria entrar em medidas restritivas de uma forma geral e isso está, na minha opinião, demorando".

Nesta segunda-feira, 15, passam a vigorar no Estado de São Paulo medidas mais restritivas, dentro da chamada "fase emergencial", que inclui medidas como toque de recolher e proibição de aglomerações. Segundo Covas, a depender da adesão da população às medidas que visam a quebrar a cadeia de transmissão do vírus, é possível que o período, previsto para durar até o fim do mês, seja prorrogado.

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O Escritório Federal para a Proteção da Constituição, serviço de inteligência nacional alemão, informou nesta sexta-feira, 2, que classificou o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), o segundo mais votado nas eleições nacionais de fevereiro, como uma organização "extremista de direita", o que coloca suas atividades sob uma vigilância mais ampla e rigorosa.

Segundo a agência, o partido é como uma ameaça à ordem democrática do país e "desrespeita a dignidade humana" - em particular pelo que chamou de "agitação contínua" contra refugiados e migrantes. A decisão da Alemanha, porém, corre o risco de alimentar as alegações de perseguição política do partido.

Os líderes do partido, Alice Weidel e Tino Chrupalla, classificaram a medida como "um duro golpe para a democracia alemã" e disseram que a classificação teve motivação política, o que o governo nega. "A AfD continuará a se defender legalmente contra essas difamações que colocam a democracia em risco", afirmaram Weidel e Chrupalla.

A agência reguladora de privacidade de dados da Irlanda multou o TikTok em cerca de US$ 600 milhões por não garantir que os dados de usuários enviados à China estejam protegidos de vigilância estatal, um golpe nos esforços da empresa para convencer os países ocidentais de que seu uso é seguro.

A Comissão Irlandesa de Proteção de Dados (CPI) divulgou nesta sexta-feira, 2, que o TikTok não conseguiu demonstrar que quaisquer dados de usuários enviados à China estão protegidos do acesso governamental sob as leis chinesas que abrangem questões como espionagem e segurança cibernética.

O órgão regulador irlandês, que lidera a aplicação da lei de privacidade da União Europeia (UE) para o TikTok, ordenou que o aplicativo de vídeos pare de transferir dados de usuários para a China dentro de seis meses se não puder garantir o mesmo nível de proteção que na UE.

O órgão regulador afirmou também que o TikTok admitiu no mês passado ter armazenado dados limitados de usuários europeus na China, apesar de ter negado anteriormente. O TikTok informou à agência que, desde então, excluiu esses dados. A CPI informou nesta sexta-feira que está discutindo com seus pares da UE se deve tomar novas medidas contra a empresa sobre o assunto.

O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, afirmou que teve uma conversa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na terça-feira passada e que combinaram um encontro na Casa Branca na próxima terça-feira, 6 de maio. Segundo o líder canadense, o foco das negociações serão tanto as pressões comerciais imediatas quanto o relacionamento econômico e de segurança futuro.

"Trump não mencionou o 51º Estado na ligação", disse Carney, em referência às falas do republicano de tornar o país-vizinho como mais um estado americano. "Não espero um acordo imediato na reunião em Washington. Espero conversas difíceis, mas construtivas, com Trump", acrescentou, ao classificar Trump como "um bom negociador".