'Querem taxar o seu Pix': Tabata Amaral faz vídeo sobre riscos de medidas de Trump

Política
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A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) publicou um vídeo nas suas redes sociais nesta terça-feira, 22, sobre os riscos da taxação anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos produtos brasileiros e a recente abertura de uma investigação sobre o Pix, sistema de pagamentos desenvolvido pelo Banco Central.

No vídeo, Tabata diz que a inclusão do Pix nas investigações do governo Trump sobre práticas comerciais do Brasil é motivada pelo lobby das grandes bandeiras de cartão de crédito que lucram bilhões com as transações feitas no mercado brasileiro.

"O resto do mundo não tem Pix. Na Europa não tem nada parecido. Nos Estados Unidos ainda é comum usar cheque. [...] E, por isso, o nosso Pix virou alvo, porque cresceu rápido. Fez o uso de cartão de crédito cair", argumentou a deputada.

Além disso, Tabata afirma que o alcance do Pix também ameaça big techs, que possuem seu próprio sistema de pagamento. Essas empresas, segundo a deputada, teriam interesse em enfraquecer o Pix para manter o monopólio de seus serviços.

"Todas elas estavam na primeira fila na posse de Donald Trump, porque o projeto de poder dele também é bom para elas, manter o mundo usando tecnologia americana, sem concorrência, sem regulação", disse Tabata.

Ela também faz referência ao embate das big techs com o Judiciário brasileiro, que propõe responsabilizar as redes sociais por golpes, fraudes, jogo ilegal, discurso de ódio e outros crimes cometidos dentro das plataformas.

Outro argumento levantado pela deputada é o da aliança entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governo norte-americano. Donald Trump, em carta enviada ao governo brasileiro, anunciou o tarifaço em resposta ao tratamento da Justiça ao ex-chefe do Executivo, à liberdade de expressão e ao comércio norte-americano.

"Bolsonaro é útil para essas empresas. Ele topa tudo, desde que consiga escapar da Justiça, manter relevância política, reconstruir poder. É por isso que Eduardo Bolsonaro está conspirando nos Estados Unidos", disse Tabata.

Segundo a deputada, atacar o Pix é atingir diretamente o povo, que pode perder um sistema de pagamentos moderno e acessível.

"Aqui tem uma democracia, aqui tem um povo soberano e aqui a gente sabe se defender quando é necessário. Primeiro atacaram nossas exportações de laranja, café, carne bovina, agora atacam Pix. E se a gente se calar, vão atacar mais", afirmou a deputada.

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O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou há pouco que "foi uma honra" receber Ahmed Hussein al-Sharaa, o novo presidente da Síria, na Casa Branca nesta segunda-feira, 10.

Trump disse que ambos discutiram todas as complexidades da paz no Oriente Médio, da qual, segundo ele, al-Sharaa é um grande defensor.

"Estou ansioso para nos encontrarmos e conversarmos novamente. Todos estão falando sobre o Grande Milagre que está ocorrendo no Oriente Médio. Ter uma Síria estável e bem-sucedida é muito importante para todos os países da região", escreveu o republicano na Truth Social.

Em comunicado conjunto, a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a União Europeia (UE) propuseram aprofundar a cooperação em energia renovável, segurança alimentar, inovação tecnológica, intercâmbios culturais e outros campos.

O comunicado também reafirma que ambos os lados aderem aos princípios e propósitos da Carta das Nações Unidas, especialmente a igualdade soberana dos Estados, o respeito pela integridade territorial e independência política, a não interferência nos assuntos internos de outros países e a resolução pacífica de disputas.

"O Roteiro avançará nossos compromissos compartilhados e acelerará a cooperação em ação climática e proteção ambiental, transição energética e interconexões regionais, impulsionando o comércio e os fluxos econômicos e a resiliência, além de aprofundar nossos esforços conjuntos para combater o crime organizado transnacional", pontuou o documento.

A Cúpula Celac-UE aconteceu entre domingo e hoje, em Santa Marta, na Colômbia.

Nicolas Sarkozy foi libertado da prisão nesta segunda-feira, 10, após um tribunal de apelações de Paris conceder ao ex-presidente francês liberdade condicional sob supervisão judicial , menos de três semanas depois de ter começado a cumprir uma pena de cinco anos por conspiração criminosa em um esquema para financiar sua campanha eleitoral de 2007 com fundos da Líbia.

Sarkozy, de 70 anos, saiu da prisão de La Santé de carro e logo em seguida entrou rapidamente em sua casa, na zona oeste de Paris. A breve cena contrastou com sua prisão pública, 20 dias antes, quando caminhou de mãos dadas com sua esposa, a ex-supermodelo Carla Bruni-Sarkozy, por um beco perto de sua casa, acenando para seus simpatizantes.

O ex-presidente, que nega qualquer irregularidade, está proibido de deixar o território francês e de entrar em contato com algumas pessoas, incluindo réus e testemunhas no caso, afirmou o tribunal.

Espera-se que o julgamento do recurso ocorra posteriormente, possivelmente na primavera.

*Com informações da Associated Press.