Bolsonaro evita comentar sanção contra Moraes: 'Não tenho nada com isso'

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) preferiu não comentar as sanções que foram aplicadas contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por meio da Lei Global Magnitsky. "Eu não tenho nada com isso", disse o ex-chefe do Executivo ao sair da sede do seu partido nesta quarta-feira, 30. As informações são do jornal O Globo.

Mesmo após Moraes esclarecer que "não há qualquer vedação" para Bolsonaro dar entrevistas, o ex-presidente, que está sob medidas cautelares e não pode usar redes sociais, tem preferido o silêncio. Ao entrar na sede do PL, ele não comentou sobre a prisão da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).

Apesar de afirmar que "não tem nada" com as sanções que recaem sobre Moraes, o filho do ex-presidente, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), foi um dos articuladores que pediu pela medida.

Autoexilado nos EUA, o parlamentar dialogava com o governo americano para que a Lei Global Magnistky fosse aplicada contra o ministro do Supremo. O objetivo de Eduardo era obter anistia para seu pai e outros condenadas pela tentativa de golpe de Estado.

O braço direito do deputado, influenciador bolsonarista Paulo Figueiredo, também afirmou em uma publicação no X (antigo Twitter) que os ministros Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes, do STF, podem sofrer a mesma represália se não "soltarem a mão do tirano", se referindo a Moraes.

Até o momento, a Lei Magnistky só havia sido aplicada para violadores graves dos direitos humanos, como autoridades de regimes ditatoriais, integrantes de grupos terroristas e criminosos ligados a esquemas de lavagem de dinheiro e de assassinatos em série.

O dispositivo impede que Moraes tenha acesso a bens nos Estados Unidos, proíbe o ministro de entrar no país e determina que todas as empresas que possuam ativos nos Estados Unidos devem restringir o acesso do alvo da sanção aos seus serviços, o que inclui instituições financeiras e plataformas de tecnologia.

Em outra categoria

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse há pouco que a BBC alterou seu discurso de 6 de janeiro de 2021, dia da invasão ao Capitólio, e celebrou a demissão de "pessoas muito desonestas que tentaram influenciar uma eleição presidencial".

"As principais pessoas da BBC, incluindo TIM DAVIE, o CHEFE, estão todas se demitindo/DEMITIDAS, porque foram pegas 'alterando' meu excelente (PERFEITO!) discurso de 6 de janeiro. Além de tudo, eles são de um país estrangeiro, que muitos consideram nosso Aliado Número Um. Que coisa terrível para a Democracia!", escreveu o republicano na Truth Social.

A CEO de notícias da BBC, Deborah Turness, e o diretor-geral da emissora britânica, Tim Davie, renunciaram ao cargo nesta trade. A saída acontece após o jornal The Telegraph mostrar que a BBC havia editado enganosamente um discurso de Trump para dar a impressão de que ele havia incitado diretamente à violência nos atos de invasão ao Capitólio.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já embarcou de volta ao Brasil. A previsão é que Lula desembarque em Belém (PA) por volta das 19h30.

O presidente viajou a Santa Marta, na Colômbia, para participar da cúpula Celac-União Europeia neste domingo. O compromisso foi rápido. Lula chegou em Santa Marta por volta das 11h30, participou da reunião e já embarcou de volta a Belém.

Na segunda-feira, 10, ele participa da abertura oficial da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30, em Belém.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, alertou que as consequências econômicas da prolongada paralisação do governo federal estão se intensificando, dizendo que a situação está ficando "cada vez pior", à medida que as interrupções se espalham por setores-chave e pressionam as finanças públicas.

"Vimos um impacto na economia desde o primeiro dia, mas está ficando cada vez pior. Tivemos uma economia fantástica sob o presidente Trump nos últimos dois trimestres, e agora há estimativas de que o crescimento econômico para este trimestre poderia ser reduzido pela metade se a paralisação continuar", disse ele em entrevista à ABC neste domingo.

De forma semelhante, o assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, pontuou hoje que o crescimento do quarto trimestre pode ser negativo se o shutdown se prolongar.

Hassett, falando ao programa "Face the Nation" da CBS, observou que a escassez de controladores de tráfego aéreo estava causando grandes atrasos nas viagens na preparação para o feriado de Ação de Graças. "Essa época é uma das mais movimentadas do ano para a economia... e se as pessoas não estiverem viajando nesse momento, então realmente poderíamos estar olhando para um trimestre negativo", acrescentou.