Ibaneis rebate Trump com dados de segurança em Brasília e alfineta Lula: 'Acredito no diálogo'

Política
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O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), publicou um texto em seu perfil no X (antigo Twitter) endereçado ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em resposta à inclusão de Brasília em uma lista de "capitais violentas" nesta segunda-feira, 11.

Na publicação com dados de segurança pública da capital federal, Ibaneis afirma que o discurso do republicano foi pautado em "informações equivocadas, possivelmente decorrentes da atual ausência de um diálogo mais consistente entre o Brasil e os Estados Unidos da América".

Em meio aos dados sobre segurança pública, o governador segue alfinetando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmando conduzir um governo de centro-direita, em oposição ao governo federal, e que "por isto, a segurança pública da capital do Brasil tem por foco resultados concretos, livre de vieses ideológicos".

"Diferentemente do atual Governo Federal, acredito no diálogo e na força das relações diplomáticas. Tenho, de forma reiterada, afirmado que o Governo Federal deve abandonar disputas ideológicas e adotar uma postura pragmática nas relações internacionais, abrindo canais de negociações produtivas com os Estados Unidos da América. Para este Governo do Distrito Federal, interesses geopolíticos e comerciais devem estar acima de divergências político-partidárias", escreveu o governador.

Apesar da longa lista de programas citados pelo governador, a segurança do Distrito Federal é financiada diretamente por repasses do governo federal. Na carta, Ibaneis chegou a citar iniciativas que executa de "forma independente da União".

O fato foi destacado pela ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, que publicou no X uma reação à carta do governador.

"Ao invés de criticar o presidente Lula em sua carta subserviente a Donald Trump, o governador Ibaneis Rocha deveria lembrar que a segurança pública de Brasília é financiada pelos repasses do governo federal. Só este ano são R$ 25 bilhões por meio do FCDF; metade deste valor para pagar os salários dos policiais", escreveu Gleisi, citando também o envolvimento de subalternos de Ibaneis no 8 de Janeiro.

A menção de Trump a Brasília ocorreu durante um pronunciamento sobre a mobilização de tropas da Guarda Nacional para fazer o policiamento Washington, diante dos elevados índices de violência na cidade.

O presidentes comparou os números da capital norte-americana com o de outras cidades, como Brasília, Bogotá e Cidade do Panamá, mas cometeu imprecisões, incluindo sobre Washington D.C. Os crimes violentos caíram 26% na capital em comparação com o mesmo período de 2024, segundo dados da polícia de Washington.

Ao Estadão, Ibaneis havia prometido responder ao americano de forma "bem-educada" e demarcando suas diferenças políticas com Lula. "Vamos fazer uma resposta bem-educada mostrando a ele que quem governa o Distrito Federal sou eu e que os nossos números são muito bons. Aqui o Lula é hóspede", disse.

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A Tailândia disse que pausou indefinidamente a implementação de um cessar-fogo mediado pelos EUA até que o Camboja se desculpe por uma explosão de mina terrestre que feriu quatro soldados tailandeses na fronteira entre os dois países na segunda-feira.

O primeiro-ministro tailandês, Anutin Charnvirakul, visitou as tropas feridas na fronteira hoje, enquanto o exército da Tailândia acusava o Camboja de colocar novas minas em violação ao acordo de trégua assinado no mês passado entre os dois países.

Disputas territoriais entre os vizinhos do Sudeste Asiático levaram a cinco dias de combate no final de julho, que mataram dezenas de soldados e civis.

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A situação não deve escalar se o Camboja fizer um esforço sincero para atender às condições, acrescentou Nikorndej.

*Com informações do Associated Press.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

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Um homem-bomba atacou os portões de um tribunal distrital na capital paquistanesa no mais recente episódio de uma onda de violência em todo o país, segundo a Associated Press. "O ataque contra cidadãos paquistaneses por grupos terroristas apoiados pela Índia é condenável", disse primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, em um comunicado.

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