Advogado de Zambelli afirma que a deputada 'não se opõe a cumprir pena no Brasil'

Política
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O advogado Fábio Pagnozzi, que representa a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), afirmou que a parlamentar cumpriria a sua pena no Brasil. Ele disse que Zambelli deixou o País por considerar os 10 anos de prisão que lhe foram impostos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) "exorbitantes" e "ideológicos". A fala se deu em entrevista à Globonews nesta sexta-feira, 15.

"Ela (Carla Zambelli) não se opõe a cumprir pena no Brasil. O que a Carla sempre disse é que ela quer estar em um país no qual ela pode ser julgada por pessoas imparciais. Então, o momento atual do governo aqui (no Brasil) é onde a Carla não quer ser julgada ou cumprir pena. Ela foge, hoje, realmente das penas exorbitantes e penas ideológicas do Supremo", disse Pagnozzi.

Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão e a perda do seu mandato como deputada por ter sido a mentora intelectual de um ataque hacker ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Na ocasião, um mandado de prisão falso contra o juiz Alexandre de Moraes, do STF, foi inserido no sistema do órgão.

A condenação de Zambelli deve ser acrescida de mais cinco anos. Em outro processo, o Supremo julga a parlamentar por ter perseguido o jornalista Luan Araújo com uma arma em punho nas vésperas da eleição de 2022. A Corte já formou maioria para condená-la, e apenas Kassio Nunes Marques votou contrário, nesta sexta.

Antes que Zambelli fosse presa por sua primeira condenação, ela fugiu para a Itália, país no qual é cidadã. A deputada permaneceu dois meses foragida na nação europeia, até que foi denunciada por um deputado local e presa pela polícia. Atualmente, ela está na prisão feminina Germana Stefanini.

Um processo de extradição corre contra a deputada e pode enviá-la de volta para o Brasil. No entanto, como o Estadão demonstrou, todo o trâmite pode demorar até dois anos. A defesa de Zambelli pede para que ela aguarde esse período em prisão domiciliar e alega que a congressista tem condições médicas que não podem ser tratadas na cadeia.

Pagnozzi afirmou que a deputada está em greve de fome e, por isso, passou mal durante audiência de extradição realizada pelo Tribunal de Apelação de Roma, na Itália, na última quarta-feira, 13. Ela teria caído e batido a cabeça enquanto caminhava para a reunião.

"A deputada teve duas tentativas de suicídio, ficou internada na época das eleições depois do episódio da arma, a deputada tem problema no coração, a deputada retirou um tumor cerebral há alguns anos", afirma seu advogado. De acordo com ele, os laudos médicos serão apresentados ao juiz responsável em 18 de agosto e, no dia 27, o magistrado definirá se ela aguarda a extradição em casa, em regime semiaberto ou na cadeia.

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A crise política detonada na França pela renúncia do primeiro-ministro Sébastien Lecornu se agravou nesta terça-feira, 7, com um aumento das críticas ao presidente Emmanuel Macron dentro de seu próprio grupo político. Dois ex-premiês que serviram no gabinete do presidente o criticaram em meio à pressão para que ele convoque novas eleições legislativas ou renuncie ao cargo.

Um deles, Édouard Philippe, afirmou Macron deveria convocar eleições presidenciais antecipadas e renunciar após a Assembleia Nacional aprovar o orçamento para 2026.

Philippe, que foi o primeiro premiê de Macron depois que ele chegou ao poder em 2017, disse que o presidente francês deveria dizer "que não podemos deixar que o que temos vivido nos últimos seis meses se prolongue. Mais 18 meses é considerado tempo demais e isso prejudicaria a França".

O presidente francês também foi criticado pelo ex-primeiro-ministro Gabriel Attal, que manifestou seu descontentamento com a decisão de Macron de dissolver a Câmara dos Deputados em junho de 2024 - a raiz da crise atual.

"Como muitos franceses, não compreendo mais as decisões do presidente", disse Attal à emissora TF1 na segunda-feira, 6.

Macron já havia dito anteriormente que cumprirá seu segundo e último mandato presidencial até o fim.

Renúncia do primeiro-ministro

Depois de aceitar a demissão de Lecornu, Macron deu ao seu aliado mais 48 horas para "negociações finais" com a intenção de tentar estabilizar o país antes de decidir seus próximos passos.

Lecornu se reuniu nesta terça-feira com autoridades da chamada Socle Commun (Plataforma Comum), uma coalizão de conservadores e centristas que havia fornecido uma base de apoio, embora instável, aos primeiros-ministros de Macron antes de se desintegrar, quando Lecornu nomeou um novo gabinete na noite de domingo, 5.

O novo governo então entrou em colapso menos de 14 horas depois, quando O conservador Bruno Retailleau retirou seu apoio.

O início da crise

A turbulência política tomou conta da França há mais de um ano, a partir da dissolução da Assembleia Nacional por determinação de Macron, o que desencadeou novas eleições.

Após o avanço da extrema direita nas eleições para o Parlamento europeu, Macron calculou que a votação lhe beneficiaria diante de um temor do avanço radical.

O primeiro turno da eleição, no entanto, teve um resultado contrário e o presidente teve de se aliar à Frente Ampla de esquerda para derrotar a direita radical.

Após a vitória, no entanto, Macron se recusou a incluir a esquerda na coalizão de governo, o que fragilizou seu governo.

Repleto de oponentes de Macron, os parlamentares derrubaram seus governos minoritários, um após o outro.

*Com informações da Associated Press.

O ex-primeiro-ministro da França, Édouard Philippe, afirmou nesta terça-feira, 7, que o presidente francês, Emmanuel Macron, deveria convocar eleições presidenciais antecipadas e renunciar após a Assembleia Nacional aprovar o orçamento para 2026.

Philippe, que foi o primeiro premiê de Macron depois que ele chegou ao poder em 2017, disse que o presidente francês "deveria dizer que não podemos deixar que o que temos vivido nos últimos seis meses se prolongue. Mais 18 meses seriam tempo demais e prejudicariam a França".

Macron já havia dito anteriormente que cumprirá seu segundo e último mandato presidencial até o fim.

O presidente francês também foi criticado pelo ex-primeiro-ministro Gabriel Attal, que manifestou seu descontentamento com a decisão de Macron de dissolver a Câmara dos Deputados em junho de 2024 - a raiz da crise atual.

"Como muitos franceses, não compreendo mais as decisões do presidente", disse Attal à emissora TF1 na segunda-feira, 6.

A turbulência política tomou conta da França há mais de um ano, a partir da dissolução da Assembleia Nacional que desencadeou novas eleições. O resultado foi um Parlamento repleto de oponentes de Macron, que derrubaram seus governos minoritários, um após o outro.

Renúncia do primeiro-ministro

A última crise começou com a renúncia, na segunda-feira, 6, do primeiro-ministro Sébastien Lecornu - o quarto primeiro-ministro de Macron desde a dissolução, depois de Attal, Michel Barnier e François Bayrou.

Depois de aceitar a demissão de Lecornu, Macron deu ao seu aliado mais 48 horas para "negociações finais" com a intenção de tentar estabilizar o país antes de decidir seus próximos passos.

Lecornu se reuniu nesta terça-feira com autoridades da chamada Socle Commun (Plataforma Comum), uma coalizão de conservadores e centristas que havia fornecido uma base de apoio, embora instável, aos primeiros-ministros de Macron antes de se desintegrar, quando Lecornu nomeou um novo gabinete na noite de domingo, 5.

O novo governo então entrou em colapso menos de 14 horas depois, quando O conservador Bruno Retailleau retirou seu apoio.

*Com informações da Associated Press

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que a crise do fentanil "nunca se encerrará" na fronteira com o Canadá, mas mencionou que os canadenses têm feito um bom trabalho no tema, ao realizar comentários para jornalistas ao lado do primeiro-ministro canadense, Mark Carney, nesta terça-feira. O fluxo de fentanil foi um dos motivos justificados pelo republicano para impor tarifas contra o país vizinho.

Trump defendeu que, apesar de negociações e conversas, as tarifas entre os EUA e o Canadá serão mantidas, e pontuou que os dois países estão trabalhando juntos no sistema de proteção aérea "domo de ouro". Segundo ele, é possível renegociar acordo do Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA) ou fazer "negociações diferentes".

"Acredito que Carney sairá daqui muito feliz; há muitas coisas nas quais estamos trabalhando", afirmou Trump, ao mencionar que os EUA tratarão o Canadá "de maneira justa, assim como todos os outros países". "Os canadenses vão nos amar de novo; muitos deles ainda nos amam", acrescentou.

Dentre os comentários, o republicano também informou que irá se encontrar com o presidente da China, Xi Jinping, na Coreia do Sul "em algumas semanas".