Votação de Orçamento com cortes em áreas sensíveis por emendas une PSOL e Novo

Política
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Antagônicos por essência desde suas criações, os partidos Novo e PSOL atuaram unidos na votação do Orçamento 2021, que trouxe cortes profundos de verbas em áreas como educação, saúde e até previdência, em meio ao pior momento da pandemia de covid-19.

As duas legendas foram as únicas entre os 24 partidos da Câmara que mantiveram a obstrução, medidas para retardar ou tentar barrar a votação, nesta quinta-feira, 25, na sessão do Congresso. Os partidos da oposição fecharam um acordo com o líder do governo na Câmara, Eduardo Gomes (MDB-TO), para deixar de obstruir em troca de uma promessa de reajustes posteriores ao Orçamento.

O PSOL, no entanto, não aceitou. "Entendemos que é o pior orçamento da história no momento mais trágico que as gerações vivas já experimentaram. No momento mais agudo da crise sanitária em curso no Brasil, o Governo e a maioria dos Parlamentares das Casas optaram por armas e por obras para atender a currais eleitorais, em vez de investimento em leitos, em saúde, investimento para sair desta crise em que estamos inseridos", disse a líder do PSOL, Talíria Petrone (RJ).

"Não dá para votar a favor de um orçamento desse jeito! Vamos voltar a discutir o relatório anterior e tratar de orçamento para garantir tratamento às pessoas. Senão, de que adiantou aquela reunião entre os Poderes ontem? Foi só para a foto?", afirmou o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) durante a votação.

Apesar dos discursos parecidos, a líder do PSOL fez ressalvas. "O Novo não nos engana. Embora crítico agora, defende a velha política de reduzir o papel do Estado na solução da crise. Nós seguimos a coerência: são tempos de mais recursos público pra saúde e educação", disse Talíria Petrone.

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, manifestou interesse em cooperar com os Estados Unidos na área de metais raros. "Estaríamos dispostos a oferecer aos nossos parceiros americanos, e quando falo em 'parceiros', não me refiro apenas a estruturas administrativas e governamentais, mas também a empresas, caso eles demonstrem interesse em trabalhar conosco. Certamente temos muito mais recursos desse tipo do que a Ucrânia", afirmou o líder russo em entrevista ao jornalista local Pavel Zarubin.

Putin destacou que a Rússia é "um dos líderes em reservas desses metais raros e terras raras". Segundo ele, esses recursos estão localizados em regiões como Murmansk, no norte do país, no Cáucaso, em Cabárdia-Balcária, no Extremo Oriente, na região de Irkutsk, em Iacútia e em Tuva. "Estamos prontos para atrair parceiros estrangeiros para os nossos territórios históricos, que foram reintegrados à Federação Russa. Também há reservas lá. Estamos prontos para trabalhar com nossos parceiros, incluindo os americanos, nesses locais", acrescentou.

O presidente russo também criticou o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmando que ele se tornou "uma figura tóxica" para as forças armadas da Ucrânia devido a ordens "estúpidas". "Isso leva a perdas desnecessárias e grandes, para não dizer enormes ou catastróficas, para o exército ucraniano", completou.

Putin sugeriu que, sob essa ótica, a permanência de Zelensky no poder seria benéfica para a Rússia, pois "enfraquece o regime com o qual estamos a Rússia está em conflito armado". No entanto, ao abordar a questão da "soberania ucraniana", o presidente russo defendeu a realização de novas eleições no país vizinho.

Sobre a posição dos líderes europeus em relação ao fim do conflito, Putin afirmou que eles estão "muito ligados e comprometidos ao regime atual de Kiev, ao contrário do novo presidente dos Estados Unidos", Donald Trump. "Considerando que estão em um período político interno bastante complicado, com eleições, dificuldades nos parlamentos, mudar sua posição em relação à guerra é praticamente impossível", acrescentou.

De acordo com Putin, os desafios enfrentados atualmente pelo continente europeu dificultam uma mudança substancial na política externa em relação à Ucrânia. "Eu não espero que nada mude aqui. Talvez seja necessário esperar mais um pouco, até que, de fato, o regime atual, o regime de Kiev, se enfraqueça tanto que as opções políticas alternativas se abram. Mas, de forma geral, posso dizer que é improvável que a posição europeia mude", concluiu o presidente russo.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que gostaria que houvesse um acordo direto para o fim da guerra da Ucrânia, mas não descartou a possibilidade de haver um cessar-fogo no momento.

Os comentários foram feitos em coletiva de imprensa ao lado do presidente da França, Emmanuel Macron, que foi recebido nesta segunda-feira na Casa Branca.

O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que um acordo sobre os minerais ucranianos pode ajudar a garantir a soberania da Ucrânia. "Avançamos em passos significativos em nosso encontro. Conversamos sobre desejo de paz duradoura", afirmou Macron, em entrevista coletiva ao lado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que o recebeu nesta segunda-feira, 24, na Casa Branca após o republicano abrir espaço em sua agenda para o encontro.

Reiterando que compartilha do desejo de paz duradoura, Macron ressalvou que a paz não pode significar a rendição da Ucrânia. "Ninguém quer viver em um mundo em que os fortes podem violar fronteiras".

"Precisamos garantir paz para a Ucrânia e toda a região", afirmou, Macron. "Europa está comprometida com a paz duradoura. Europeus estão dispostos a fazer mais e ir mais longe", completou.