Esquerda prepara atos em cerca de 40 cidades em meio a mobilizações de bolsonaristas

Política
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Em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado e a mobilizações de seus apoiadores, manifestantes da esquerda vão às ruas do País neste domingo, 7.

As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo organizam atos em cerca de 40 cidades brasileiras de pelo menos 23 Estados para defender a soberania do País e se posicionar contra a anistia aos envolvidos na trama golpista.

Os movimentos, que reúnem centrais sindicais como CUT e UGT, também vão protestar pelo fim da escala 6x1. A programação faz parte do "Grito dos Excluídos", mobilização popular que ocorre há 30 anos no País para reivindicar direitos da população.

Há expectativa de que autoridades do governo, como o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, compareçam à manifestação em São Paulo. Segundo a Secretaria de Comunicação da Presidência, não há previsão de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participe de alguma mobilização.

A manifestação adotará o lema "7 de Setembro do Povo - quem manda no Brasil é o povo brasileiro". Em sua convocação, a CUT afirma que o ato "vai expressar a resistência popular frente às tentativas da extrema direita de sequestrar a data com suas pautas fascistas e as recentes medidas adotadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump".

Em agosto, Trump impôs tarifas de até 50% sobre exportações brasileiras com o argumento de que há uma perseguição da Justiça contra o ex-presidente e seu aliado, Jair Bolsonaro.

Os bolsonaristas também irão às ruas neste domingo. Os apoiadores de Bolsonaro concentrarão as manifestações de 7 de setembro no lema "Reaja Brasil: o medo acabou", em defesa de anistia aos acusados de envolvimento com a trama golpista, incluindo o ex-presidente.

O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou na terça-feira, 2, o julgamento da trama golpista que inclui Bolsonaro e outros sete réus. No início do julgamento, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu a condenação de todos os réus pelos cinco crimes listados na denúncia: organização criminosa armada, golpe de estado, tentativa de abolição violenta do estado democrático, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União. As penas em caso de condenação podem chegar a 43 anos de prisão.

A mobilização bolsonarista será descentralizada nas capitais pela manhã e concentrada, à tarde, em um ato na Avenida Paulista, em São Paulo.

Em prisão domiciliar, Bolsonaro ficará de fora das manifestações. Seu filho e senador, Flávio Bolsonaro, fez uma publicação nas redes sociais convocando os apoiadores para ato às 11h em Copacabana, no Rio de Janeiro.

Veja o local das manifestações previstas pela esquerda:

AL - Maceió | Praça da Faculdade, às 8h

AM - Manaus | Av. Eduardo Ribeiro com Avenida 7 de setembro (até a Praça da Polícia) de 8h às 9h

AP - Macapá | Concentração: 'Hospital do Amor' - R. Carlos Daniel, 456 - Infraero II, às 7h

BA - Salvador | Campo Grande, às 9h

BA - Souto Soares | Concentração na Praça Raul Soares, às 09h

CE - Fortaleza | Praça Dom Helder Câmara - Praia do Futuro, às 8h

DF - Brasília | Praça Zumbi dos Palmares (CONIC), às 10h

ES - Vitória | concentração na Praça Portal do Príncipe, às 8h30

GO - Goiânia | Praça do Trabalhador, às 8h30

MG - Belo Horizonte | Praça Raul Soares, às 9h

MS - Campo Grande | Cruzamento da Rua 13 de maio com Dom Aquino, às 8h

MT - Cuiabá | Praça Cultural do Bairro Jardim Vitória, às 7h30

MT - Cáceres | Salão da Matriz São Sebastião, Rua Rodrigues Alves, 201, Cidade Nova, às 7h

PA - Belém | Concentração na avenida. Mal. Hermes, 3 - Campina (Escadinha do cais do Porto), às 9h

PB -João Pessoa | Lagoa, às 9h

PE - Recife | Parque 13 de maio, às 9h

PE - Recife | Pedal Grito dos Excluídos - saída às 09h do Prq. da Jaqueira, rumo ao Prq. 13 de Maio

PI - Teresina | Concentração na Ponte da Avenida Frei Serafim (JK), 7h

PR - Antonina | Concentração na esquina do Brasílio Machado, às 09h

PR - Apucarana | Concentração Avenida Curitiba (próximo Supermercado Amigão), 8h30

PR - Cascavel l | Calçadão (na Avenida Brasil, esquina com Padre Champagnat), 8h30

PR - Curitiba | Rua Desembargador Oscar Carvalho e Silva, Vila Pantanal, às 9h

PR- Garopaba | Praça do Centro Histórico, às 13h

PR - Maringá | Praça Raposo Tavares, 8h30

PR - Matinhos | Praça Matinhos - Matinhos/Litoral - Paraná, 8h

PR - Umuarama | Praça Paulo VI (Praça da Catedral), 9h

PR - Ponta Grossa | Em frente ao Cemitério Municipal - Av. Balduino Taques, 9h30

RS - Porto Alegre | Ponte de Pedra, Largo do Açorianos, 14h

RJ - Rio de Janeiro | Rua Uruguaiana com avenida Presidente Vargas (metrô), Centro, às 9h

RN - Mossoró | Ginásio Pedro Ciarlini, 7h

RN - Natal | Praça das Flores, Petrópolis, às 9h

RR - Boa Vista | Palco Aderval da Rocha, em frente à Praça Germano Sampaio, no bairro Pintolândia, às 15h30

SC - Blumenau| Rua Presidente John Kennedy (ao lado do Teatro Carlos Gomes), às 8h

SC - Chapecó | Praça Central (ao lado da Catedral Santo Antônio), às 14h

SC - Florianópolis | Parque da Luz, às 8h30

SE - Aracaju | Praça da Catedral Metropolitana de Aracajú, em meio ao desfile das escolas, às 9h

SP - Aparecida | concentração no porto e segue em caminhada até a basílica, a partir das 7h - (organização: Pastoral da igreja de Aparecida)

SP - Campinas | Concentração na Praça do Largo do Pará, às 9h

SP - Mauá/ABCDMRR | Início com Santa Missa - Santuário Imaculada Conceição: Praça Mons. Alexandre V. Arminas 01, Bairro Matriz, 08h30

SP - Osasco | Concentração em frente à Estação de Trem de Osasco, às 08h30

SP - Santana do Parnaíba | Largo da Matriz, s/n, Centro, às 14h

SP - Santos | Praça da Cidadania, às 15h

SP - São Paulo | Praça da Sé, a partir das 7h, com café da manhã para as pessoas em situação de rua - ato às 9h e 10h30 caminhada para o centro.

SP - São Paulo | Praça da República, às 9h

SP - São Sebastião | Rua da Praia - São Sebastião - 9h

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Membros da Guarda Nacional do Texas foram vistos nesta terça-feira, 7, em um centro de treinamento militar em Illinois, no sinal mais claro até agora do plano do governo norte-americano Donald Trump de enviar tropas para a região de Chicago, apesar da oposição de autoridades locais e de uma ação judicial em curso. Os militares exibiam o emblema da Guarda Nacional texana.

O governador de Illinois, JB Pritzker, acusou Trump de usar as tropas como "peões" e "instrumentos políticos", enquanto o prefeito de Chicago, Brandon Johnson, criticou a falta de cooperação da Casa Branca. O Estado e a cidade processaram o governo federal, alegando que a medida faz parte de uma "guerra" declarada por Trump contra Chicago e Illinois. Um juiz deu dois dias ao governo para responder, com audiência marcada para quinta-feira.

A mobilização reacende tensões com governadores democratas. No Oregon, um juiz bloqueou o envio de tropas a Portland. Trump tem retratado as grandes cidades como "zonas de guerra" e ameaçou acionar a Lei da Insurreição, que autoriza o uso de militares da ativa em Estados que desafiam ordens federais.

Em Chicago, a presença de agentes armados da Patrulha de Fronteira e prisões em áreas latinas aumentaram o temor entre moradores. Johnson assinou uma ordem proibindo o uso de propriedades municipais em operações migratórias.

Apesar do discurso do governo, dados policiais mostram queda da criminalidade: os homicídios recuaram 31% em Chicago e 51% em Portland. Desde o início do segundo mandato, Trump já enviou ou cogitou enviar tropas a dez cidades americanas, incluindo Los Angeles e Washington. Fonte: Associated Press

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast

A crise política detonada na França pela renúncia do primeiro-ministro Sébastien Lecornu se agravou nesta terça-feira, 7, com um aumento das críticas ao presidente Emmanuel Macron dentro de seu próprio grupo político. Dois ex-premiês que serviram no gabinete do presidente o criticaram em meio à pressão para que ele convoque novas eleições legislativas ou renuncie ao cargo.

Um deles, Édouard Philippe, afirmou Macron deveria convocar eleições presidenciais antecipadas e renunciar após a Assembleia Nacional aprovar o orçamento para 2026.

Philippe, que foi o primeiro premiê de Macron depois que ele chegou ao poder em 2017, disse que o presidente francês deveria dizer "que não podemos deixar que o que temos vivido nos últimos seis meses se prolongue. Mais 18 meses é considerado tempo demais e isso prejudicaria a França".

O presidente francês também foi criticado pelo ex-primeiro-ministro Gabriel Attal, que manifestou seu descontentamento com a decisão de Macron de dissolver a Câmara dos Deputados em junho de 2024 - a raiz da crise atual.

"Como muitos franceses, não compreendo mais as decisões do presidente", disse Attal à emissora TF1 na segunda-feira, 6.

Macron já havia dito anteriormente que cumprirá seu segundo e último mandato presidencial até o fim.

Renúncia do primeiro-ministro

Depois de aceitar a demissão de Lecornu, Macron deu ao seu aliado mais 48 horas para "negociações finais" com a intenção de tentar estabilizar o país antes de decidir seus próximos passos.

Lecornu se reuniu nesta terça-feira com autoridades da chamada Socle Commun (Plataforma Comum), uma coalizão de conservadores e centristas que havia fornecido uma base de apoio, embora instável, aos primeiros-ministros de Macron antes de se desintegrar, quando Lecornu nomeou um novo gabinete na noite de domingo, 5.

O novo governo então entrou em colapso menos de 14 horas depois, quando O conservador Bruno Retailleau retirou seu apoio.

O início da crise

A turbulência política tomou conta da França há mais de um ano, a partir da dissolução da Assembleia Nacional por determinação de Macron, o que desencadeou novas eleições.

Após o avanço da extrema direita nas eleições para o Parlamento europeu, Macron calculou que a votação lhe beneficiaria diante de um temor do avanço radical.

O primeiro turno da eleição, no entanto, teve um resultado contrário e o presidente teve de se aliar à Frente Ampla de esquerda para derrotar a direita radical.

Após a vitória, no entanto, Macron se recusou a incluir a esquerda na coalizão de governo, o que fragilizou seu governo.

Repleto de oponentes de Macron, os parlamentares derrubaram seus governos minoritários, um após o outro.

*Com informações da Associated Press.

O ex-primeiro-ministro da França, Édouard Philippe, afirmou nesta terça-feira, 7, que o presidente francês, Emmanuel Macron, deveria convocar eleições presidenciais antecipadas e renunciar após a Assembleia Nacional aprovar o orçamento para 2026.

Philippe, que foi o primeiro premiê de Macron depois que ele chegou ao poder em 2017, disse que o presidente francês "deveria dizer que não podemos deixar que o que temos vivido nos últimos seis meses se prolongue. Mais 18 meses seriam tempo demais e prejudicariam a França".

Macron já havia dito anteriormente que cumprirá seu segundo e último mandato presidencial até o fim.

O presidente francês também foi criticado pelo ex-primeiro-ministro Gabriel Attal, que manifestou seu descontentamento com a decisão de Macron de dissolver a Câmara dos Deputados em junho de 2024 - a raiz da crise atual.

"Como muitos franceses, não compreendo mais as decisões do presidente", disse Attal à emissora TF1 na segunda-feira, 6.

A turbulência política tomou conta da França há mais de um ano, a partir da dissolução da Assembleia Nacional que desencadeou novas eleições. O resultado foi um Parlamento repleto de oponentes de Macron, que derrubaram seus governos minoritários, um após o outro.

Renúncia do primeiro-ministro

A última crise começou com a renúncia, na segunda-feira, 6, do primeiro-ministro Sébastien Lecornu - o quarto primeiro-ministro de Macron desde a dissolução, depois de Attal, Michel Barnier e François Bayrou.

Depois de aceitar a demissão de Lecornu, Macron deu ao seu aliado mais 48 horas para "negociações finais" com a intenção de tentar estabilizar o país antes de decidir seus próximos passos.

Lecornu se reuniu nesta terça-feira com autoridades da chamada Socle Commun (Plataforma Comum), uma coalizão de conservadores e centristas que havia fornecido uma base de apoio, embora instável, aos primeiros-ministros de Macron antes de se desintegrar, quando Lecornu nomeou um novo gabinete na noite de domingo, 5.

O novo governo então entrou em colapso menos de 14 horas depois, quando O conservador Bruno Retailleau retirou seu apoio.

*Com informações da Associated Press