Motta cita crítica de Lula a Congresso: 'Acredito que tenha sido direcionada à extrema direita'

Política
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O presidente da Câmara dos Deputados Hugo Motta (Republicanos-PB) comentou a crítica feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Congresso Nacional nesta quarta-feira, 15. Durante evento no Rio de Janeiro, Lula afirmou que o Congresso "nunca teve um nível tão baixo".

"Quando o presidente se referiu ao Congresso, acredito que sua crítica tenha sido mais direcionada à extrema direita. Se, no entanto, ele quis se referir ao Congresso como um todo, eu discordo plenamente, porque foi um Congresso que aprovou quase tudo o que o governo enviou, com modificações, mas que esteve ao lado principalmente da agenda econômica do governo", disse Motta em entrevista à GloboNews.

Segundo o presidente da Câmara, é preciso tranquilidade para não cair em extremismos. "Com relação às colocações do presidente, nós assistimos várias vezes parlamentares criticarem o governo de forma muito veemente. Penso que essa polarização, por o presidente vir de um partido de esquerda e por haver uma extrema-direita bastante aguerrida, tem feito com que as críticas ultrapassem o tom em diversos episódios", avaliou.

As declarações de Lula ocorreram em evento de comemoração do Dia dos Professores, enquanto o presidente discursava.

"Hugo (Motta) é presidente desse Congresso e sabe que ele nunca teve a qualidade de baixo nível como tem agora. Aquela extrema-direita que se elegeu em 2022 é o que existe de pior. Não podemos ter presidente que nega que existiu a Covid-19, nega a vacina, distribui remédio que não vale nada, que tem ministro da Saúde que não entendia porra nenhuma de saúde", disse o presidente, na ocasião.

Quando Hugo Motta foi convidado a falar no evento, foi vaiado pelo público formado por profissionais da educação. A plateia também entoou gritos de "sem anistia", em referência a projeto de lei que tramita na Câmara.

Durante sua fala, ele citou a aprovação do Sistema Nacional de Educação e o Plano Nacional de Educação, cujo texto chegou à Casa nesta terça-feira, 14. Como mostrou o Estadão, Motta tem focado em pautas da educação básica após o desgaste causado por episódios como o da PEC da Blindagem.

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Depois de participarem de uma rodada de negociações em Doha, Paquistão e Índia chegaram a um acordo para um cessar-fogo imediato no conflito entre os dois países, informou o Ministério de Relações do Catar em nota. As tratativas foram mediadas pelo governo catariano e pela Turquia.

Em comunicado divulgado em sua conta no X, o ministério afirma que os dois lados concordaram em estabelecer mecanismos para consolidar uma "paz duradoura e estabilidade" em suas relações.

"Os dois lados também concordaram em marcar reuniões nos próximos dias para garantir a sustentabilidade do cessar-fogo e verificar sua implementação de forma confiável e sustentável, contribuindo, assim, para alcançar segurança e estabilidade nos dois países", diz a nota oficial.

A pasta responsável pelas relações externas do Catar afirma que o governo do país tem esperança de que o acordo vai contribuir para encerrar as tensões na fronteira entre Índia e Paquistão e estabelecer uma base sólida para garantir a paz no território.

Os dois vizinhos se enfrentaram em diversas guerras nos últimos anos. Acredita-se que a Índia tenha um total estimado de 172 ogivas nucleares, enquanto o Paquistão tenha 170, de acordo com o Boletim dos Cientistas Atômicos, publicado nos Estados Unidos.

Os Estados Unidos não vão manter como prisioneiros de guerra os dois sobreviventes do ataque a uma embarcação no mar do Caribe, na última quinta-feira, 16. O presidente Donald Trump anunciou na plataforma Truth Social que, em vez disso, eles serão enviados de volta para seus países - Colômbia e Equador.

"Havia quatro narcoterroristas a bordo. Dois foram mortos. Dois sobreviventes estão sendo enviados de volta a seus países de origem, Equador e Colômbia, para detenção", escreveu Trump, na rede social.

Na quinta-feira, 16, o exército norte-americanos abriu fogo contra uma embarcação suspeita de transportar drogas próxima à costa da Venezuela. Os sobreviventes foram resgatados pelos Estados Unidos de helicóptero. Desde o ataque, eles estavam detidos em um navio de guerra da Marinha dos Estados Unidos.

O ataque foi o primeiro que deixou sobreviventes desde que o presidente Donald Trump começou a lançar operações na região, no mês passado.

O governo tentou justificar os assassinatos alegando que os Estados Unidos estão em "conflito armado" com cartéis de drogas latino-americanos responsáveis por "envenenar" americanos. Descreveu esses grupos como organizações terroristas. Democratas no Congresso - e pelo menos um republicano - argumentaram que os ataques são um uso indefensável de força letal.

Os ataques aos barcos de transporte de drogas coincidiram com um grande aumento da presença militar no Caribe - e com a retórica cada vez mais hostil do governo contra o ditador venezuelano, Nicolás Maduro. A onda de atividades alimentou especulações de que Trump pode estar se preparando para removê-lo do poder à força.

O Departamento de Estado dos Estados Unidos declarou neste sábado, 18, que informou os países envolvidos no acordo de paz em Gaza sobre "relatos confiáveis" que indicam uma iminente violação do cessar-fogo pelo Hamas.

Em comunicado, o departamento afirma que um ataque planejado pelo grupo militante contra civis palestinos "constituiria uma violação direta e grave do acordo de cessar-fogo e minaria o progresso significativo alcançado por meio dos esforços de mediação".

"Os garantidores exigem que o Hamas cumpra suas obrigações sob os termos do cessar-fogo", insta o órgão na nota. "Caso o Hamas prossiga com este ataque, medidas serão tomadas para proteger o povo de Gaza e preservar a integridade do cessar-fogo", adverte o departamento.

Segundo o texto, os EUA e outras nações que ajudaram a costurar o acordo entre Hamas e Israel seguem comprometidos com a garantia de segurança dos civis, com manutenção da "calma" no território e com a promoção da paz e prosperidade para o povo de Gaza e na região como um todo.