Deputado Lucas Bove vira réu por violência doméstica e perseguição contra a ex-mulher

Política
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O deputado estadual Lucas Bove (PL-SP) se tornou réu pelos crimes de violência doméstica, psicológica, ameaça e perseguição contra a sua ex-mulher, a influenciadora digital Cíntia Chagas. A denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) foi aceita pelo juiz Felipe Pombo Rodriguez, da Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, na terça-feira, 4. O caso tramita em segredo de Justiça. A defesa de Bove diz que acusações são falsas.

Na decisão que aceita a denúncia, à qual o Estadão teve acesso, o magistrado negou o pedido de prisão preventiva - por tempo indeterminado - do deputado por entender que as violações às medidas impostas pela Justiça se limitaram ao "meio digital, sem notícia recente de aproximação física, ameaça direta atual ou risco imediato à integridade física da vítima".

Apesar disso, o juiz aplicou multa de R$ 50 mil ao deputado, valor que será revertido para a vítima, pelo descumprimento de medidas protetivas. "(...) ficou documentalmente comprovado que o averiguado divulgou 'nota à imprensa' com menção nominal à ofendida e discussão do processo; realizou transmissão ao vivo comentando o caso; e, posteriormente, reiterou publicações após ciência de pedido ministerial de prisão", avaliou o magistrado na decisão.

Segundo a decisão, a investigação realizada pela Polícia Civil dá suporte às afirmações da acusação. "A imputação encontra respaldo no depoimento das testemunhas ouvidas na fase investigativa, bem como na narrativa da vítima e demais elementos probatórios até então coligidos (depoimento das testemunhas, laudos anexados, fotos, prints, áudios, etc)", afirmou o juiz.

A defesa de Bove, composta por sete advogados, afirmou em nota que irá "comprovar a mendacidade (falsidade) das acusações que lhe foram dirigidas, produzindo provas que evidenciem sua inocência, de forma absoluta". Também em nota, a advogada Gabriela Manssur, que representa Cíntia, disse que a aceitação da denúncia "é um passo fundamental no combate à impunidade".

Escalada de violência

Cíntia registrou um boletim de ocorrência acusando o ex-marido de violência psicológica e ameaça em 4 de setembro do ano passado. Ela relatou que estava em um relacionamento abusivo, que sofria com ciúmes, possessividade e controle do deputado estadual do PL.

O casal havia se separado um mês antes, em agosto de 2024. Cíntia tem 7,6 milhões de seguidores no Instagram, onde é famosa principalmente por dar dicas de etiqueta. Também autora de livros, a influenciadora "furou a bolha" quando polemizou ao dizer que a mulher precisa se submeter ao homem.

Na denúncia, oferecida à Justiça em 23 de outubro deste ano, a promotora Fernanda Raspantini Pellegrino afirmou que Bove é acusado por crimes praticados durante e após o relacionamento com Cíntia. A denúncia descreve uma escalada de violência física, moral e emocional entre 2022 e 2025.

O texto cita episódios em que ele teria beliscado e apertado o corpo da vítima, inclusive na presença de outras pessoas, enquanto fumava "maconha". Segundo a denúncia, o deputado também teria apontado uma arma de fogo em direção à ex "como se fosse uma brincadeira" e até arremessado uma faca contra sua perna.

Ainda de acordo com a denúncia, Bove também ameaçou "matá-la" caso descobrisse uma traição, e repetido as intimidações em mensagens enviadas a pessoas próximas. A promotora aponta que ele controlava as roupas, a rotina e as interações sociais da ex-mulher, exigindo provas de onde ela estava, restringindo viagens de trabalho e interferindo em campanhas publicitárias.

Conforme laudos psicológicos anexados, a vítima desenvolveu transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e passou a viver sob escolta e em veículo blindado por medo do ex-marido.

O que dizem as defesas

Após a aceitação da denúncia, a defesa de Lucas Bove reafirmou a inocência do deputado e disse que não cansará de ressaltar que Cíntia "continua a desrespeitar e descumprir as suas decisões restritivas, querendo criar suas falsas narrativas".

"Não se perca de vista que esse mesmo enredo ocorreu quando a intitulada vítima acusou seu ex-companheiro, o qual acabou inocentado e indenizado porque se constatou que as acusações eram falsas", afirmaram os advogados.

Gabriela Manssur, advogada da vítima, disse que a decisão da Justiça de aceitar a denúncia "representa um recado firme para aqueles que tentam caluniar e descredibilizar não apenas as vítimas, mas também as mulheres que dedicam sua vida a defendê-las e protegê-las. Porque quando alguém tenta calar uma mulher, atinge todas as que tiveram a coragem de se levantar ao lado dela".

"Depois de um ano e três meses de muito trabalho, estudo e resistência, a Justiça finalmente prevaleceu. Durante todo esse período, houve tentativas claras de manipular a opinião pública contra os direitos das mulheres, de distorcer fatos, inverter papéis e transformar a vítima em ré. Mas o tempo e a Justiça colocam tudo em seu lugar", afirmou.

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