Comissão quer exames de saúde para todos os presos após pedido do governo do DF para Bolsonaro

Política
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A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) solicitou, nesta quinta-feira, 6, que o governo do DF, sob gestão de Ibaneis Rocha (MDB), realize exames médicos em todos os presos do sistema penitenciário do Distrito Federal.

O pedido foi feito após o próprio governo do Distrito Federal ter solicitado ao Supremo Tribunal Federal (STF) a expedição de um ofício requisitando um laudo médico do ex-presidente Jair Bolsonaro antes da conclusão das etapas do julgamento da trama golpista, a fim de avaliar suas condições de saúde para uma possível inclusão no sistema prisional da Papuda.

O documento, endereçado ao secretário de Administração Penitenciária, Wenderson Teles, foi assinado pelo presidente da comissão, deputado Fábio Felix (PSOL).

No ofício, o parlamentar destacou que a preocupação do governador do Distrito Federal com as condições de saúde de Jair Bolsonaro deve se estender a todos os presos do sistema penitenciário.

"A medida não pode ser aplicada de forma seletiva", afirmou Felix, em referência ao artigo 5º da Constituição, que assegura igualdade de tratamento a todos perante a lei.

No texto, Felix também destacou os índices de mortalidade e a incidência de doenças nas unidades prisionais do DF, classificando como "louvável" a atenção da Secretaria de Administração Penitenciária (Seape) ao quadro clínico do ex-presidente. O deputado disse ter recebido o gesto com "auspiciosa surpresa".

O pedido da comissão foi apresentado após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, rejeitar a solicitação do Governo do Distrito Federal (GDF) para que fosse realizado um exame médico em Jair Bolsonaro.

Em despacho assinado na quarta-feira, 5, Moraes justificou a decisão apontando a "ausência de pertinência" da solicitação em relação à Ação Penal 2668, que trata da tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

"Considerando a ausência de pertinência, desentranhe-se a Petição STF nº 158.408/2025 dos autos", determinou o ministro.

Além disso, nesta sexta-feira, a Primeira Turma do STF votou, por unanimidade, pela rejeição dos recursos apresentados pela defesa do ex-presidente.

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O presidente dos EUA, Donald Trump, voltou a criticar a África do Sul como sede de cúpula do G20, em publicação na Truth Social, nesta sexta-feira. Na postagem, o republicano classificou a situação como "vergonha absoluta" e disse que nenhum representante do governo americano estará no evento "enquanto violações dos direitos humanos continuarem".

"Africâneres (pessoas descendentes de colonos holandeses, bem como de imigrantes franceses e alemães) estão sendo mortos e massacrados, e suas terras e fazendas estão sendo confiscadas ilegalmente", alegou.

Anteriormente, Trump já havia dito que a África do Sul não deveria mais fazer parte do G20, "ou de qualquer grupo G, com tudo o que está acontecendo lá". Em outro momento, ele afirmou que o que acontece com a minoria branca no país é "genocídio".

O Ministério Público de Istambul, da Turquia, divulgou nesta sexta-feira, 07, um comunicado com mandado de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. No texto, é mencionado que "o genocídio que o Estado de Israel tem sistematicamente perpetrado em Gaza até o momento, e como resultado de crimes contra a humanidade, resultou em milhares de mortes, incluindo decapitações, feridos e destruição de instalações".

A declaração ainda destaca que a situação em Gaza atraiu grande atenção da comunidade internacional e esforços de ajuda humanitária foram atacados pela marinha israelense em águas internacionais.

"À luz das provas obtidas, está determinado que funcionários do Estado de Israel são criminalmente responsáveis pelos atos sistemáticos de 'crimes contra a humanidade' e 'genocídio' cometidos em Gaza, bem como pelas ações realizadas contra a Frota Global Sumud", escreve.

Além de Netanyahu, há mandado de prisão para outros 36 suspeitos. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, o chefe do Estado-Maior General, Eyal Zamir, e o comandante da Marinha, David Saar Salama, são outros nomes alvos da ação turca.

Em um raro discurso em Bruxelas, a vice-presidente de Taiwan, Bi-Khim Hsiao, pediu que a União Europeia fortaleça os laços de segurança e comércio com a ilha e apoie sua democracia diante das pressões da China. "A paz no Estreito de Taiwan é essencial para a estabilidade global e a continuidade econômica", afirmou Hsiao, durante conferência sobre a China no Parlamento Europeu.

A vice-presidente não falou ao plenário, já que o bloco não mantém relações diplomáticas formais com Taiwan, mas sua visita deve provocar reação de Pequim. Hsiao defendeu cooperação em cadeias de suprimentos seguras e em tecnologia, pedindo parceria com países como Alemanha e Espanha.

Ela citou as restrições chinesas às exportações de terras raras como alerta para a UE, defendendo um ecossistema tecnológico baseado em confiança e valores democráticos, especialmente no setor de semicondutores.

Hsiao também comparou os ataques cibernéticos e sabotagens de cabos submarinos sofridos por Taiwan aos ataques híbridos enfrentados pela Europa desde a invasão da Ucrânia. "A Europa defendeu a liberdade sob fogo, e Taiwan construiu a democracia sob pressão", disse.

A viagem integrou uma conferência da Aliança Interparlamentar sobre a China (IPAC), com parlamentares de cerca de vinte países. O evento foi mantido sob sigilo após relatos de que agentes chineses tentaram atacar o carro de Hsiao durante visita à República Tcheca em 2024.

O presidente Lai Ching-te prometeu acelerar o sistema de defesa "T-Dome" e elevar os gastos militares para 5% do PIB até 2030, diante do aumento das incursões militares chinesas perto da ilha.

Segundo Ben Bland, do Chatham House, um conflito sobre Taiwan teria impacto mais grave para a Europa que a guerra na Ucrânia, por causa da importância da ilha nas cadeias globais de semicondutores. Fonte: Associated Press

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado