'Eu disse que seria batom na sua cueca', diz delator para Witzel em depoimento

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O ex-secretário de Saúde do Rio, Edmar Santos, disse nesta quarta-feira, 7, que avisou ao governador afastado Wilson Witzel dos riscos que ele corria ao requalificar a organização social Unir Saúde, peça-chave do processo de impeachment. O mandatário e os participantes do Tribunal Misto interrogam no início desta tarde o delator Edmar, que está no plenário como testemunha.

"O senhor me pediu para requalificar a Unir, e eu disse ao senhor que seria equivocado, que seria batom na sua cueca", disse ele.

A Unir havia sido desqualificada para firmar contratos com o governo depois de análises técnicas do Estado. Segundo Edmar, Witzel lhe avisou que a requalificaria "de canetada". O empresário Mário Peixoto, envolvido nos esquemas de corrupção, seria o sócio oculto da Unir, de acordo com as investigações.

Personagem central para as denúncias contra Witzel, Edmar chegou a ser preso, mas firmou acordo de delação em que acusou o governador de participar dos esquemas. O mandatário responde por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa no âmbito criminal, além do impeachment.

O processo de impeachment estava paralisado desde o final do ano passado por imbróglio judicial e foi retomado hoje. Edmar conseguiu no STJ a autorização para que o depoimento como testemunha fosse sigiloso. Não foi permitido filmar, gravar ou anotar por meios eletrônicos o interrogatório. Além disso, o ex-secretário entrou no tribunal protegido por um pano de cor avermelhada, cercado por seguranças.

Witzel queria imitar Doria com hospitais de campanha, aponta delator

Edmar também falou sobre a outra organização social citada na denúncia, a Iabas, contratada para administrar os hospitais de campanha do Estado durante a pandemia. Segundo o ex-secretário, a opção por construir novas unidades - em vez de priorizar leitos em hospitais já existentes - foi uma decisão política do governador.

"A ideia de hospital de campanha foi sua e da primeira-dama, surgiu num almoço, porque o (João) Doria estava fazendo em São Paulo e o senhor também queria politicamente ter um", alegou.

Em outra categoria

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 30, que o chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), Elon Musk, "pode ficar o quanto quiser no governo" e que ele "tem ajudado o país de maneira tremenda, mas quer voltar para casa, para seus carros" na Tesla.

As declarações foram feitas durante uma reunião de gabinete com a equipe do governo republicano.

Trump também afirmou que Musk tem feito "sacrifícios" pelo país e voltou a agradecer ao CEO da Tesla. "Esse cara tem sido tratado de maneira muito maldosa ultimamente. Mas saiba que os americanos estão do seu lado", declarou.

Musk, por sua vez, agradeceu a Trump, mas não comentou se continuará à frente do Doge.

O Paquistão afirmou nesta quarta-feira, 30, que possui "informações confiáveis" de que a Índia planeja realizar um ataque militar no país nas próximas 24 a 36 horas "sob o pretexto de alegações infundadas e inventadas de envolvimento" e prometeu responder "com muita veemência".

Não houve comentários imediatos de autoridades indianas, mas representantes do governo da Índia disseram que o primeiro-ministro do país, Narendra Modi, "deu total liberdade operacional às forças armadas para decidir sobre o modo, os alvos e o momento da resposta da Índia ao massacre de Pahalgam".

A tensões entre Índia e Paquistão têm aumentado, após um ataque mortal a turistas na Caxemira - região que é dividida entre Índia e Paquistão e reivindicada por ambos em sua totalidade - na semana passada. O lado indiano busca punir o Paquistão e acusa-o de apoiar o ataque em Pahalgam, o que o lado paquistanês nega.

Um incêndio atingiu um hotel em Calcutá, na Índia, matando pelo menos 15 pessoas, informou a polícia local nesta quarta-feira, 30. "Várias pessoas foram resgatadas dos quartos e do telhado do hotel", disse o chefe de polícia de Calcutá, Manoj Verma.

O policial disse a repórteres que o fogo começou na noite de terça-feira no hotel Rituraj, no centro de Calcutá, e foi controlado após uma operação que envolveu seis caminhões dos bombeiros. Ainda não se sabe a causa do incêndio.

A agência Press Trust of India, que gravou imagens das chamas, relatou que "várias pessoas foram vistas tentando escapar pelas janelas do prédio". O jornal The Telegraph, de Calcutá, noticiou que pelo menos uma pessoa morreu ao pular do terraço tentando escapar.

O primeiro-ministro Narendra Modi publicou na rede X que estava "consternado" com a perda de vidas no incêndio.

Incêndios são comuns no país

Incêndios são comuns na Índia devido à falta de equipamentos de combate às chamas e desrespeito às normas de segurança. Ativistas dizem que empreiteiros muitas vezes ignoram medidas de segurança para economizar e acusam as autoridades municipais de negligência.

Em 2022, pelo menos 27 pessoas morreram quando um grande incêndio atingiu um prédio comercial de quatro andares em Nova Délhi. (Com agências internacionais).