Juiz rejeita denúncia do MPF contra o ex-governador Fernando Pimentel

Política
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A Justiça Federal de Minas Gerais rejeitou na última terça, 20, denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal contra o ex-governador do Estado, Fernando Pimentel (PT), acusado de receber propinas para atuar em prol do grupo empresarial de Joesley Batista. A decisão do juiz Jorge Gustavo Serra de Macêdo, da 11º Vara Criminal de Minas Gerais, aponta que não foram apresentadas provas suficientes para colocar o petista no banco dos réus.

A Procuradoria acusou Pimentel de solicitar propinas a Joesley Batista em 2013, quando ocupava o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do governo Dilma Rousseff (PT). A acusação narrava que o petista pediu o pagamento de R$ 300 mil mensais para atuar em prol do empresário, sugerindo que o valor fosse pago por meio de contratos simulados com um escritório de advocacia.

Ao avaliar a peça, o juiz Jorge Macêdo apontou que não vislumbrou prova de materialidades contra o ex-governador. "Não houve a demonstração necessária para este momento processual de que o agente público se valeu da sua condição para solicitar e receber vantagem indevida. Não há elementos que demonstrem o vínculo dos valores recebidos pelo escritório de advocacia com a função pública desempenhada por Fernando Pimentel", anotou.

A decisão cabe recurso do Ministério Público Federal. O advogado de Pimentel, Eugênio Pacelli, informou que não esteve à frente do caso e, como houve a rejeição da denúncia, o processo não precisou de defesa técnica.

No ano passado, a 12ª Vara da Justiça Federal em Brasília arquivou investigação em que Pimentel era acusado de corrupção passiva no período em que foi ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O pedido partiu da Procuradoria-Geral da República por falta de provas.

A Justiça Eleitoral em Minas Gerais também arquivou, por falta de provas, outra investigação eleitoral em que o petista era suspeito de caixa 2 na campanha eleitoral de 2010, quando disputou vaga ao Senado da República. Pimentel não se elegeu.

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O Exército dos EUA confirmou nesta sexta-feira, 2, que haverá um desfile militar no aniversário do presidente Donald Trump em junho, como parte das comemorações do 250º aniversário do serviço.

Os planos para o desfile, conforme detalhado pela primeira vez pela The Associated Press na quinta-feira, preveem que cerca de 6.600 soldados marchem de Arlington, Virgínia, até o National Mall, juntamente com 150 veículos e 50 helicópteros. Até recentemente, os planos do festival de aniversário do Exército não incluíam um desfile maciço, que, segundo as autoridades, custará dezenas de milhões de dólares.

Trump há muito tempo deseja um desfile militar, e as discussões com o Pentágono sobre sua realização - em conjunto com o aniversário presidencial - começaram há menos de dois meses.

O desfile ocorre no momento em que o republicano e seu Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), dirigido por Elon Musk, cortaram departamentos, pessoal e programas do governo federal para economizar custos.

Na tarde de hoje, as autoridades do Exército comentaram que prosseguirão com o desfile, mas que ainda não há uma estimativa de custo.

Os habitantes de Cingapura irão às urnas neste sábado, 3, em uma eleição geral que deve manter no poder o Partido de Ação Popular (PAP), que governa a cidade-estado há décadas, e que é observada de perto como um termômetro da confiança pública na liderança do primeiro-ministro, Lawrence Wong, que assumiu o cargo no ano passado. Ele espera obter um mandato mais forte.

"Se o PAP tiver um mandato enfraquecido, é certo que haverá quem tente nos pressionar. Será mais difícil defender os interesses de Cingapura. Mas, com um mandato claro de vocês, minha equipe e eu poderemos representar o país com confiança", disse Wong nesta semana.

Esta é a primeira eleição sob a liderança de Wong desde que ele sucedeu Lee Hsien Loong, que deixou o cargo no ano passado após duas décadas no comando da cidade-Estado.

Conhecido por seu governo limpo e eficaz, o PAP é visto como símbolo de estabilidade e prosperidade. Embora uma vitória esteja praticamente garantida, o apoio ao partido tem diminuído devido ao descontentamento com o controle estatal e o alto custo de vida. A crescente desigualdade de renda, a dificuldade de acesso a moradias, a superlotação causada pela imigração e as restrições à liberdade de expressão também desgastaram a popularidade do partido.

A oposição admite que não pode derrotar o PAP, mas pede aos eleitores uma representação mais forte no Parlamento.

O Escritório Federal para a Proteção da Constituição, serviço de inteligência nacional alemão, informou nesta sexta-feira, 2, que classificou o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), o segundo mais votado nas eleições nacionais de fevereiro, como uma organização "extremista de direita", o que coloca suas atividades sob uma vigilância mais ampla e rigorosa.

Segundo a agência, o partido é como uma ameaça à ordem democrática do país e "desrespeita a dignidade humana" - em particular pelo que chamou de "agitação contínua" contra refugiados e migrantes. A decisão da Alemanha, porém, corre o risco de alimentar as alegações de perseguição política do partido.

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