1º de Maio tem aglomerações em atos a favor e contra Bolsonaro no interior de SP

Política
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Nas principais cidades do interior de São Paulo, o 1º de maio, Dia do Trabalhador, foi marcado por atos a favor e contra o governo do presidente Jair Bolsonaro. Apesar da baixa adesão, houve aglomerações nos dois lados e, nos atos de bolsonaristas, muitas pessoas estavam sem máscaras.

Em Campinas, uma carreata organizada pelo sindicato dos professores da rede estadual de ensino cobrou auxílio emergencial e vacina para todos. Reunido no Largo do Pará, o grupo exibiu faixas e imagens do presidente com frases de protesto. Um homem sem máscara que se apresentou como policial federal retirou uma faixa presa em um viaduto e houve reação. Ele ameaçou os manifestantes alegando que estava armado. A Polícia Militar interveio e levou o suposto policial e dois manifestantes para o 1º Distrito Policial. Eles foram ouvidos e liberados.

O grupo de apoiadores de Bolsonaro se reuniu no Largo do Rosário. Muitos estavam de verde e amarelo, mas uma parte não usava máscara, obrigatória por lei devido à pandemia. Em faixas, criticavam o Supremo Tribunal Federal (STF) e defendiam o tratamento precoce contra a covid-19. Houve ainda uma carreata em frente à Escola de Cadetes do Exército.

Em Sorocaba, um grupo se reuniu em frente à sede da prefeitura em apoio ao governo de Bolsonaro. Em um carro de som, apoiadores fizeram discursos atacando o STF e as medidas de isolamento social. Os organizadores haviam recomendado o uso da máscara, mas muitos tiraram a proteção facial durante a manifestação, encerrada com uma carreata. A Guarda Municipal calculou em 80 o número de manifestantes.

O Sindicato dos Metalúrgicos e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) transformaram os atos contra o governo Bolsonaro em arrecadação de alimentos da campanha "Vacina no braço, comida no prato". Os manifestantes culparam o governo federal pelas mais de 400 mil mortes de brasileiros pela pandemia e pela fome que voltou a assolar o país.

Em Ribeirão Preto, o ato em apoio a Bolsonaro começou em frente ao Estádio Santa Cruz, onde foram registradas aglomerações. Em motos e carros, o grupo saiu em carreata pelas principais avenidas da cidade. Em Bauru, a concentração dos bolsonaristas causou aglomeração no Parque Vitória Régia. Algumas das faixas em apoio ao presidente pediram intervenção militar.

Já em São José dos Campos, o ato contra o governo Bolsonaro foi organizado por sindicatos ligados à CUT em frente à portaria de uma indústria, no bairro Santa Inês. Houve discursos contra o aumento do desemprego e a fome. Em seguida, os manifestantes saíram em carreata e "bicicletaço" em direção a Jacareí.

Trabalhadoras do sexo

Em Campinas, o 1º de Maio teve uma manifestação diferente, promovida pela Associação Mulheres Guerreiras - Profissionais do Sexo, no Jardim Itatinga, região de Viracopos. As mulheres pediram respeito e ao seu trabalho, auxílio emergencial digno e vacina já para todos. "É nosso grito contra o desemprego, a fome que assola o nosso país e, em alto e bom som, pelo fora Bolsonaro", disse a coordenadora da associação, Betânia Santos.

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O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, se encontrou neste domingo (2) com o rei Charles, na casa de campo real Sandringhamem, em Nortfolk, Inglaterra. O encontro ocorreu após a cúpula com outros líderes europeus, que discutiu a guerra na Ucrânia, o reforço nas defesas do país e um trabalho em direção a um acordo de paz.

De acordo com informações da Sky News atribuídas ao Palácio de Buckingham, a reunião durou pouco menos de uma hora. Zelenski voou de helicóptero de Londres, há cerca de uma hora, para Sandringham, onde o rei e a rainha passam a maior parte do tempo.

A cúpula deste domingo, organizada pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, incluiu mais de 19 líderes, em sua maioria europeus, mas também o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, e o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte.

Além da reunião coletiva, Zelenski realizou alguns encontros individuais com os líderes europeus, como este com o Rei Charles e também com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni. Neste segundo caso, o presidente ucraniano disse, em seu perfil na rede social X, que a reunião foi produtiva, visando o desenvolvimento conjunto de um plano de ação para acabar com a guerra.

"Ninguém além de (o presidente da Rússia, Vladimir) Putin está interessado na continuação e rápido retorno da guerra. Portanto, é importante manter a unidade em torno da Ucrânia e fortalecer a posição do nosso país em cooperação com nossos aliados - os países da Europa e os Estados Unidos", escreveu.

"A Ucrânia precisa de paz apoiada por garantias de segurança robustas. Sou grato à Itália por seu apoio contínuo e parceria para aproximar a paz na Ucrânia", concluiu.

Zelenski não fez postagens sobre o encontro com o Rei Charles.

O presidente ucraniano chegou a Londres no sábado, 1º, quando se encontrou com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.

As reuniões ocorrem após o colapso das negociações entre Zelenski e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca, na última sexta-feira (28), quando Trump acusou o presidente ucraniano de não ser agradecido pelo apoio norte-americano. Zelenski deixou os EUA sem a esperada assinatura de um acordo entre os dois países para a exploração mineral na Ucrânia.

*Com agências internacionais.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, anunciou neste domingo, 2, em entrevista coletiva, que a nação insular ajudará a Ucrânia com 1,6 bilhão de libras (cerca de US$ 2 bilhões) para a compra de mais de 5 mil mísseis aéreos. Segundo ele, o apoio criará empregos na defesa britânica, além de ser "vital" para proteger infraestruturas críticas da Ucrânia. A declaração ocorreu após a cúpula organizada por Starmer com líderes globais para discutir a guerra na Ucrânia.

Entre os pontos discutidos na reunião, o líder britânico disse que os líderes concordaram em manter a ajuda militar à Ucrânia e aumentar a pressão econômica sobre a Rússia, além de garantir que a Ucrânia participe das decisões. Starmer acrescentou, ainda, que as capacidades de defesa ucranianas continuariam tendo apoio, mesmo em caso de um acordo de paz, a fim de deter "qualquer invasão futura".

Starmer também destacou que, para dar suporte à paz no continente de forma efetiva, os esforços precisam do apoio dos Estados Unidos, reforçando que conversou com o presidente norte-americano, Donald Trump, no dia anterior, antes da cúpula. Em resposta aos jornalistas, o primeiro-ministro disse que "ninguém quer ver o que aconteceu na sexta-feira", se referindo ao bate-boca entre os presidentes da Ucrânia e dos Estados Unidos, mas ele rejeitou que os EUA não sejam um aliado. Starmer afirmou que os EUA têm sido, nas últimas décadas, um aliado de confiança do Reino Unido.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou neste domingo (2) que apresentará na próxima semana um plano para "rearmamento da Europa", para reforçar a segurança do bloco.

Ao fim da cúpula sobre defesa e segurança da Ucrânia, realizada neste domingo em Londres, a chefe do poder executivo da União Europeia (UE) disse que revelará o plano aos chefes de Estado e governo europeus durante uma cúpula da UE em Bruxelas.

"Todos nós entendemos que, após um longo período de subinvestimento, agora é de extrema importância aumentar o investimento em defesa por um período prolongado. É para a segurança da União Europeia", disse.

Von der Leyen acrescentou que o plano poderia, por exemplo, ajudar a desenvolver escudos aéreos avançados.

Quanto ao futuro da Ucrânia, ela afirmou que as garantias de segurança são de extrema importância para o país devastado pela guerra. "Temos que colocar a Ucrânia em uma posição de força, para que ela tenha os meios para se fortalecer e se proteger", disse. "É transformar a Ucrânia em um porco-espinho de aço que é indigesto para invasores em potencial."

A jornalistas, no fim da Cúpula de Londres, Von der Leyen também disse que eles querem que os EUA vejam que estão preparados para defender a democracia.

A cúpula deste domingo, organizada pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, incluiu mais de 19 líderes, em sua maioria europeus, mas também incluiu o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau e o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte. Fonte: Associated Press.