Cláudio Castro: leilão da Cedae mostrou que RJ pode dar a volta por cima

Política
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Em seu primeiro pronunciamento após ser empossado como governador do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC) bateu na tecla do diálogo e afirmou que o leilão da Cedae, nesta sexta-feira, 30, mostrou que, apesar de desacreditado, o Rio pode dar a volta por cima.

Castro assumiu efetivamente o governo após o impeachment de Wilson Witzel (PSC), aprovado ontem, e no dia seguinte ao leilão de privatização de parte dos serviços de saneamento do Estado, processo que foi marcado por uma disputa entre o governo e parlamentares estaduais

"Nosso Estado infelizmente hoje ainda é a Geni do Brasil, mas ontem no leilão da Cedae ficou demonstrado que podemos dar a volta por cima", disse ele neste sábado, dia 1º, diante de uma plateia cheia nos jardins do Palácio Guanabara. Castro já atuava como governador em exercício desde o afastamento de Witzel, em agosto de 2020.

No discurso, ele destacou que um ponto forte de seu governo será o contínuo enfraquecimento das milícias, que classificou de compromisso com o futuro.

O governador afirmou que esse será um governo "de ouvidos, olhos e corações abertos" para chegar às melhores conclusões. "Acima de tudo há de se ter respeito e uma meta comum, que é o crescimento do nosso Estado", destacou.

Durante a transmissão em redes sociais como Facebook e Instagram, houve muitos comentários pedindo o reajuste de servidores públicos e, em especial, professores.

O impeachment de Witzel foi confirmado nesta sexta pelo Tribunal Misto que analisava o processo, por dez votos a zero. Acusado de corrupção na Saúde durante a pandemia de covid-19, ele já estava afastado por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Depois de passar por uma comissão especial e pelo plenário da Alerj, o processo contra o ex-governador chegou ao Tribunal Misto. Presidido pelo presidente do Tribunal de Justiça do Rio, o colegiado foi composto pelos desembargadores Teresa de Andrade Castro Neves, José Carlos Maldonado de Carvalho, Maria da Glória Bandeira de Mello, Fernando Foch e Inês da Trindade Chaves de Mello.

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O Exército dos EUA confirmou nesta sexta-feira, 2, que haverá um desfile militar no aniversário do presidente Donald Trump em junho, como parte das comemorações do 250º aniversário do serviço.

Os planos para o desfile, conforme detalhado pela primeira vez pela The Associated Press na quinta-feira, preveem que cerca de 6.600 soldados marchem de Arlington, Virgínia, até o National Mall, juntamente com 150 veículos e 50 helicópteros. Até recentemente, os planos do festival de aniversário do Exército não incluíam um desfile maciço, que, segundo as autoridades, custará dezenas de milhões de dólares.

Trump há muito tempo deseja um desfile militar, e as discussões com o Pentágono sobre sua realização - em conjunto com o aniversário presidencial - começaram há menos de dois meses.

O desfile ocorre no momento em que o republicano e seu Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), dirigido por Elon Musk, cortaram departamentos, pessoal e programas do governo federal para economizar custos.

Na tarde de hoje, as autoridades do Exército comentaram que prosseguirão com o desfile, mas que ainda não há uma estimativa de custo.

Os habitantes de Cingapura irão às urnas neste sábado, 3, em uma eleição geral que deve manter no poder o Partido de Ação Popular (PAP), que governa a cidade-estado há décadas, e que é observada de perto como um termômetro da confiança pública na liderança do primeiro-ministro, Lawrence Wong, que assumiu o cargo no ano passado. Ele espera obter um mandato mais forte.

"Se o PAP tiver um mandato enfraquecido, é certo que haverá quem tente nos pressionar. Será mais difícil defender os interesses de Cingapura. Mas, com um mandato claro de vocês, minha equipe e eu poderemos representar o país com confiança", disse Wong nesta semana.

Esta é a primeira eleição sob a liderança de Wong desde que ele sucedeu Lee Hsien Loong, que deixou o cargo no ano passado após duas décadas no comando da cidade-Estado.

Conhecido por seu governo limpo e eficaz, o PAP é visto como símbolo de estabilidade e prosperidade. Embora uma vitória esteja praticamente garantida, o apoio ao partido tem diminuído devido ao descontentamento com o controle estatal e o alto custo de vida. A crescente desigualdade de renda, a dificuldade de acesso a moradias, a superlotação causada pela imigração e as restrições à liberdade de expressão também desgastaram a popularidade do partido.

A oposição admite que não pode derrotar o PAP, mas pede aos eleitores uma representação mais forte no Parlamento.

O Escritório Federal para a Proteção da Constituição, serviço de inteligência nacional alemão, informou nesta sexta-feira, 2, que classificou o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), o segundo mais votado nas eleições nacionais de fevereiro, como uma organização "extremista de direita", o que coloca suas atividades sob uma vigilância mais ampla e rigorosa.

Segundo a agência, o partido é como uma ameaça à ordem democrática do país e "desrespeita a dignidade humana" - em particular pelo que chamou de "agitação contínua" contra refugiados e migrantes. A decisão da Alemanha, porém, corre o risco de alimentar as alegações de perseguição política do partido.

Os líderes do partido, Alice Weidel e Tino Chrupalla, classificaram a medida como "um duro golpe para a democracia alemã" e disseram que a classificação teve motivação política, o que o governo nega. "A AfD continuará a se defender legalmente contra essas difamações que colocam a democracia em risco", afirmaram Weidel e Chrupalla.