Bolsonaro: Brasil é única 'republiqueta do mundo' que aceita voto eletrônico

Política
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que o Brasil é a "única republiqueta do mundo" que aceita o resultado de eleições realizadas com a "porcaria do voto eletrônico". Durante transmissão semanal pelas redes sociais, o presidente reafirmou: "Isso tem que ser mudado".

"Se o Parlamento brasileiro, por maioria qualificada de três quintos da Câmara e do Senado, aprovar e promulgar, vai ter voto impresso em 2022 e ponto final", afirmou o presidente. "Porque se não tiver voto impresso é sinal de que não vai ter eleição. Acho que o recado está dado", disse o presidente.

Bolsonaro também comentou as declarações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, o qual disse mais cedo que o voto impresso criaria "o caos". "Ele, o Barroso, é o dono do mundo. Só pode ser. O homem da verdade absoluta que não pode ser contestado", afirmou Bolsonaro. "Estou preocupado que se Jesus Cristo baixar na Terra, Ele vai ser boy do ministro Barroso", provocou o presidente. Segundo Bolsonaro, quem for contra o voto impresso "ou acredita em Papai Noel ou está do lado do Barroso ou ainda porque sabe que vai ter fraude e seu partido vai se beneficiar".

O presidente argumentou também que respeita o artigo 5º da Constituição, "votado pelos parlamentares constituintes de 1988". "Devemos aprender a respeitar. Por mais que eu não goste de algum dispositivo da Constituição, eu tenho que aceitar como um todo", completou.

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A agência reguladora de privacidade de dados da Irlanda multou o TikTok em cerca de US$ 600 milhões por não garantir que os dados de usuários enviados à China estejam protegidos de vigilância estatal, um golpe nos esforços da empresa para convencer os países ocidentais de que seu uso é seguro.

A Comissão Irlandesa de Proteção de Dados (CPI) divulgou nesta sexta-feira, 2, que o TikTok não conseguiu demonstrar que quaisquer dados de usuários enviados à China estão protegidos do acesso governamental sob as leis chinesas que abrangem questões como espionagem e segurança cibernética.

O órgão regulador irlandês, que lidera a aplicação da lei de privacidade da União Europeia (UE) para o TikTok, ordenou que o aplicativo de vídeos pare de transferir dados de usuários para a China dentro de seis meses se não puder garantir o mesmo nível de proteção que na UE.

O órgão regulador afirmou também que o TikTok admitiu no mês passado ter armazenado dados limitados de usuários europeus na China, apesar de ter negado anteriormente. O TikTok informou à agência que, desde então, excluiu esses dados. A CPI informou nesta sexta-feira que está discutindo com seus pares da UE se deve tomar novas medidas contra a empresa sobre o assunto.

O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, afirmou que teve uma conversa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na terça-feira passada e que combinaram um encontro na Casa Branca na próxima terça-feira, 6 de maio. Segundo o líder canadense, o foco das negociações serão tanto as pressões comerciais imediatas quanto o relacionamento econômico e de segurança futuro.

"Trump não mencionou o 51º Estado na ligação", disse Carney, em referência às falas do republicano de tornar o país-vizinho como mais um estado americano. "Não espero um acordo imediato na reunião em Washington. Espero conversas difíceis, mas construtivas, com Trump", acrescentou, ao classificar Trump como "um bom negociador".

A força aérea de Israel bombardeou uma área próxima ao palácio presidencial da Síria na madrugada desta sexta-feira, 2, poucas horas após alertar o governo local para que não avançassem sobre vilarejos habitados por membros da minoria religiosa drusa, que vive no sul do país - sob pena de sofrer represálias.

O ataque ocorreu após dois dias de confrontos entre milicianos pró-governo sírio e combatentes da minoria drusa, nos arredores da capital, Damasco. Os confrontos já deixaram mais de cem mortos, além de dezenas de feridos, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

O exército israelense afirmou em comunicado que caças bombardearam uma área nos arredores do Palácio do presidente Hussein al-Sharaa. Não foram fornecidos mais detalhes.

Veículos de mídia sírios pró-governo informaram que o bombardeio atingiu uma área próxima ao Palácio do Povo, localizado em uma colina com vista para a cidade.

Os drusos são uma minoria que surgiu no século X como um desdobramento do ismailismo, um ramo do islamismo xiita.

Mais da metade dos cerca de 1 milhão de drusos no mundo vive na Síria. A maioria dos demais está no Líbano e em Israel, incluindo nas Colinas de Golã - território capturado por Israel da Síria durante a Guerra do Oriente Médio de 1967 e anexado em 1981.

Na Síria, os drusos vivem principalmente na província meridional de Sweida e em alguns subúrbios de Damasco. (Com agências internacionais).