Bolsonaro causa aglomeração em visita a centro de tradições gaúchas em Brasília

Política
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O presidente Jair Bolsonaro voltou a provocar aglomerações em Brasília neste sábado, 15. Em um evento fora da programação oficial, o chefe do Executivo foi até o Centro de Tradições Gaúchas (CTG) para almoçar. Na visita, o presidente causou tumulto e desrespeitou as medidas de isolamento social.

Produtores rurais de diversos Estados promovem neste sábado uma marcha a favor de Bolsonaro e contra medidas de isolamento social. Depois do encontro com a comunidade gaúcha em Brasília, Bolsonaro fez um sobrevoo de helicóptero sobre a Esplanada dos Ministérios, onde os apoiadores estão concentrados - muitos sem máscaras e sem respeitar o distanciamento mínimo.

"Não existe satisfação como ser recebido dessa maneira. Pela nossa família, pela nossa pátria, nós cumpriremos o nosso objetivo. Temos tudo para ser uma grande nação", discursou Bolsonaro em vídeo registrado pelo deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO) nas redes sociais.

"Minha campanha, na verdade, começou pelo Centro-Oeste. Foi também pelo agro, pelo Brasil todo. Vocês produzem, vocês trabalham. Vocês não pararam. Vocês não aceitaram o 'fique em casa'. Mais do que manter a economia viva, vocês alimentaram dentro do Brasil e fora, mais de 1 bilhão de pessoas", completou.

Mais cedo, Bolsonaro havia dito que participaria do ato na Esplanada às 15h30. No local, apoiadores do presidente se revezam em discurso e repetem o bordão "eu autorizo o presidente", que começaram a utilizar após Bolsonaro ter dito que colocaria as forças armadas nas ruas para restabelecer o 'direito de ir e vir' e 'acabar com essa covardia de toque de recolher'.

"Toda e qualquer manifestação pelo presidente, estarei. Mais do que fisicamente, também de alma, junto com vocês. Não são vocês que estão comigo, eu que estou com vocês. Vocês dão um norte ao destino brasileiro", completou Bolsonaro, no vídeo divulgado pelo deputado.

Bolsonaristas de todo o Brasil começaram a se concentrar em Brasília ontem à noite. Desde a manhã deste sábado, eles estão na Esplanada dos Ministérios, em dezenas de caminhões, e devem caminhar até a Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência.

"Brasília está cercada pelos produtores rurais. Os caminhões e tratores chegaram. Centenas de ônibus já estão no Parque Leão. A expectativa de pessoas foi superada. O plano era assar sete bois inteiros, mas agora vamos assar nove. Amanhã vai ser gigante", escreveu, na sexta-feira à noite, a militante Santa Terena, ex-secretária do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos.

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A força aérea de Israel bombardeou uma área próxima ao palácio presidencial da Síria na madrugada desta sexta-feira, 2, poucas horas após alertar o governo local para que não avançassem sobre vilarejos habitados por membros da minoria religiosa drusa, que vive no sul do país - sob pena de sofrer represálias.

O ataque ocorreu após dois dias de confrontos entre milicianos pró-governo sírio e combatentes da minoria drusa, nos arredores da capital, Damasco. Os confrontos já deixaram mais de cem mortos, além de dezenas de feridos, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

O exército israelense afirmou em comunicado que caças bombardearam uma área nos arredores do Palácio do presidente Hussein al-Sharaa. Não foram fornecidos mais detalhes.

Veículos de mídia sírios pró-governo informaram que o bombardeio atingiu uma área próxima ao Palácio do Povo, localizado em uma colina com vista para a cidade.

Os drusos são uma minoria que surgiu no século X como um desdobramento do ismailismo, um ramo do islamismo xiita.

Mais da metade dos cerca de 1 milhão de drusos no mundo vive na Síria. A maioria dos demais está no Líbano e em Israel, incluindo nas Colinas de Golã - território capturado por Israel da Síria durante a Guerra do Oriente Médio de 1967 e anexado em 1981.

Na Síria, os drusos vivem principalmente na província meridional de Sweida e em alguns subúrbios de Damasco. (Com agências internacionais).

Um terremoto de magnitude 7,4 atingiu a Argentina e o Chile nesta sexta-feira, 2, informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos. As autoridades chilenas citaram a possibilidade de tsunami e emitiram um alerta de deslocamento para a população na região costeira do Estreito de Magalhães, extremo sul do país. Também foi solicitado que as pessoas deixassem todas as áreas de praia no território antártico chileno.

O Serviço Geológico dos EUA afirmou que o epicentro do terremoto foi sob o oceano, 219 quilômetros ao sul da cidade argentina de Ushuaia.

O presidente do Chile, Gabriel Boric, usou sua conta no X, antigo Twitter, para dizer que "todos os recursos estão disponíveis" para responder a possíveis emergências. "Neste momento, nosso dever é nos prevenirmos e ouvir as autoridades", disse o presidente.

O terremoto ocorreu às 8h58, horário local (9h58 de Brasília), e as cidades mais próximas são Ushuaia, na Argentina, a 219 quilômetros do epicentro, e, no lado do Chile, a cidade portuária de Punta Arenas, a cerca de 440 quilômetros de distância.

O Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres do Chile informou que enviou pessoal à área para avaliar os danos, embora até o momento não tenha havido relatos de vítimas ou danos materiais, disse Miguel Ortiz, vice-diretor de gestão da agência na região, em uma entrevista coletiva. "Pedimos à população de Magalhães que permaneça em áreas seguras", pois "são esperados tremores secundários", disse ele. (Com informações da Associated Press).

*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão. Saiba mais em nossa Política de IA.

O vice-presidente dos EUA, JD Vance, afirmou nesta quinta-feira que o então conselheiro de Segurança Nacional americano, Mike Waltz, não foi demitido, mas sim realocado para ser o próximo embaixador do país na Organização das Nações Unidas (ONU).

"Waltz fez o trabalho que ele precisava fazer e o presidente Donald Trump achou melhor um novo cargo pra ele", disse Vance em entrevista à Fox News.

Segundo o vice, a saída de Waltz do cargo não teve a ver com escândalo do Signal. Em março, o conselheiro passou a ser investigado pela criação de um grupo de mensagens no software e incluir, por engano, o jornalista Jeffrey Goldberg. "Waltz tem minha completa confiança", acrescentou Vance.

Sobre a contração do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA na quarta-feira, ele reiterou que "isso é a economia de Joe Biden".

Vance ainda comentou que a Índia tirou proveito do país por muito tempo, mas que o governo Trump irá rebalancear o comércio e que

a Rússia e a Ucrânia têm que dar o último passo para acordo de paz. "Chega um momento que não depende mais dos EUA".