CPI: Pazuello tenta fazer defesa de atuação em Manaus e na compra de vacinas

Política
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Episódio que provocou a abertura de um inquérito em que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello é investigado, a crise vivida pelo Amazonas no início do ano também foi comentada por Pazuello em sua fala inicial à CPI da Covid, assim como a compra de vacinas contra a covid-19 - outro ponto alvo de críticas da gestão do general.

Segundo ele, o que aconteceu em Manaus foi a conjunção de dois fatores: surgimento de uma "nova e mais agressiva" variante do vírus e o colapso da rede de saúde. "O que resultou em milhares de mortes em curto espaço de tempo", disse ele.

Pazuello buscou fazer uma defesa de sua atuação no caso, afirmando que ainda em dezembro "se antecipou" à crise, quando foram deslocados integrantes da Saúde para o local. "Prestamos todo o apoio possível", afirmou. "Crise de Manaus nos fez montar a maior operação de logística da história".

Sobre a compra de imunizantes, Pazuello alegou que, antes de se falar em vacinas, o governo já estaria "agindo de forma rápida". Os depoimentos já realizados à CPI mostraram que o governo deixou sem resposta propostas apresentadas pela Pfizer desde agosto do ano passado, fechando o primeiro contrato apenas em março deste ano. "Estávamos em contato com todos os fabricantes de vacinas em desenvolvimento no mundo, iniciamos com 16 prospecções mais adiantadas", disse o ex-ministro, segundo quem as primeiras conversas aconteceram com a Moderna, a Pfizer e AstraZeneca. Segundo ele, o governo optou pela tecnologia que pudesse ser transferida ao Brasil, para produção nacional em detrimento da compra direta. "Esse trabalho nos permitiu alcançar números que vão além do que estamos pensando hoje", afirmou.

"Falamos ainda no final de setembro em termos encomenda tecnológica que chegaria a quase 200 milhões de doses, e acordos com Covax que nos dariam 42 milhões de doses. Na sequência das discussões conseguimos fazer acordos que nos levaram a mais de 200 milhões de doses até o fim do ano e a partir de janeiro, com adequações da lei, conseguimos contratações finais chegando até março com contratação da Pfizer, nos levando a próximo de 550 milhões de doses", disse.

Pazuello afirmou ainda que foi "acolhido" por especialistas no Ministério da Saúde e que sua experiência no Exército colaborou para montar uma estratégia de combate à pandemia na pasta. "Pandemia serviu para escancarar problemas enfrentados no sistema de saúde. Espero que pandemia sirva de ponto de inflexão para que gestores defendam a Constituição. Espero que gestores públicos defendam a saúde quando holofotes apagarem", disse.

Experiência na saúde

O ex-ministro Eduardo Pazuello voltou a destacar, na CPI, sua experiência militar com algo que lhe conferia qualificações para ocupar, à época, a secretaria-executiva do Ministério da Saúde.

De acordo com o ex-ministro, quando comandou a 12° região militar de Manaus, ele tinha cinco hospitais sob sua guarda. "toda a saúde de 30 mil homens estavam sob a minha responsabilidade", afirmou, e voltou a destacar sua atuação na Operação Acolhida, em Roraima, onde, segundo ele, era de sua responsabilidade toda a saúde de mais de 600 mil venezuelanos, considerando que essas experiência o tornavam apto de ocupar o cargo na Saúde, destacando ainda que nem sempre o comando da Pasta foi conferido a pessoas com experiência na área.

Pazuello admitiu, no entanto, que o desenho inicial feito pelo presidente Jair Bolsonaro, com o ex-ministro Nelson Teich à frente do Ministério e com ele como segundo no comando, seria "a melhor coisa que a gente poderia ter tido". Pazuello também afirmou que em sua primeira conversa com Teich, ele reforçou que com relação a parte "finalística", se referindo às secretarias, ele não teria como ajudar, por ser uma área que ainda precisaria aprender como atuar, se propondo a tocar a parte logística do Ministério.

O ex-ministro também destacou que durante sua gestão como secretário da Saúde, a pandemia estava em um momento em que era necessário conhecimento logístico devido a necessidade de entrega de equipamento, insumos e o acompanhamento de recursos, destacando que sua primeira medida a frente da secretaria foi centralizar o centro de operações de emergência, além do fornecimento de respiradores para todos os Estados e municípios que precisavam do equipamento.

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Oficiais da administração Trump estão explorando maneiras de desafiar o status de isenção fiscal de organizações sem fins lucrativos, segundo pessoas familiarizadas com o assunto, em uma movimentação que alguns funcionários do Serviço Interno da Receita (IRS, em inglês) temem que possa danificar a abordagem apolítica da agência.

Em reuniões que duraram horas e continuaram durante um fim de semana recente, advogados do IRS exploraram se poderiam alterar as regras que governam como grupos sem fins lucrativos podem ser negados o status de isenção fiscal, disseram as pessoas.

As reuniões começaram a acontecer logo depois que a administração Trump nomeou um novo advogado interino de topo na agência, Andrew De Mello, que Trump havia nomeado para um posto diferente em seu primeiro mandato. De Mello discutiu privadamente as regras de organizações sem fins lucrativos com oficiais da agência, incluindo aqueles da divisão de isenção fiscal, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.

Outro oficial sênior do IRS, Gary Shapley, disse separadamente em pelo menos uma reunião que está dando prioridade à investigação do status de isenção fiscal de um grupo selecionado de organizações sem fins lucrativos, segundo pessoas familiarizadas com suas declarações. Shapley fez os comentários como o vice-chefe da unidade de investigações criminais. Shapley, que também é conselheiro do Secretário do Tesouro, Scott Bessent, não nomeou quaisquer grupos específicos, disseram as pessoas.

Oficiais da administração Trump fora do IRS também tiveram conversas contínuas sobre como potencialmente mirar no status de isenção fiscal e dotações de organizações sem fins lucrativos por meses, disse um oficial da administração.

Um oficial da Casa Branca na sexta-feira, 2, disse que a administração atual não está envolvida em decisões sobre o status de isenção fiscal de qualquer instituição, incluindo a de Harvard. É crime para o presidente, o vice-presidente ou certos outros oficiais de topo solicitar uma auditoria ou investigação específica do IRS.

(Com Dow Jones Newswires)

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Na última terça-feira, Trump afirmou, em tom de brincadeira, que gostaria de ser o próximo papa. "Eu seria minha escolha número 1", disse Trump a repórteres.

Apesar da piada, ele disse que não tem uma preferência. "Temos um cardeal de um lugar chamado Nova York que é muito bom. Vamos ver o que acontece", afirmou.

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O presidente dos Estados Unidos e a primeira-dama, Melania, participaram, em Roma, do funeral do papa Francisco.

A postagem ocorre poucos dias após a morte do Papa Francisco e às vésperas do início do Conclave no Vaticano, onde 133 cardeais se reunirão na Capela Sistina a partir de quarta-feira, 7, para eleger o novo pontífice.

Projeções apontam que o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, foi reeleito nas eleições realizadas neste sábado, sendo o mais novo líder de inclinação à esquerda a alcançar uma vitória, enquanto o presidente americano, Donald Trump, agita os mercados globais e desestabiliza os assuntos internacionais.

O Partido Trabalhista de Albanese estava projetado para ganhar o maior número de assentos na Câmara dos Representantes do país, onde os governos são formados, derrotando o bloco conservador que inclui os partidos Liberal e Nacional, segundo a Australian Broadcasting Corp.

Muitas disputas ainda estavam acirradas e sem definição, sinalizando que o partido de Albanese pode não alcançar a maioria absoluta na câmara de 150 assentos. Isso significa que os trabalhistas precisarão se unir a partidos menores e legisladores independentes para governar.

A eleição é o último retrato de como os eleitores estão reagindo a uma ordem mundial em mudança à medida que Trump mira países com tarifas, se aproxima da Rússia e usa retórica dura sobre os aliados tradicionais de Washington. Pesquisas mostram que eleitores na Austrália, Canadá e no Reino Unido veem os Estados Unidos mais desfavoravelmente desde que Trump assumiu o cargo.

(Com Dow Jones Newswires)