Em nenhum momento presidente me desautorizou, afirma Pazuello

Política
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Em depoimento à CPI da Covid, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello afirmou que o presidente Jair Bolsonaro nunca lhe orientou a fazer nada diferente da forma como já estava atuando na gestão da Saúde. Pazuello defendeu também que as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) são apenas posições - e que quem decide a política a ser implantada no País é o Ministério da Saúde. "Somos soberanos", disse Pazuello nesta quarta-feira, para quem a organização "ia e vinha" em seus posicionamentos.

O ex-ministro da Saúde disse que não havia falta de convergência entre sua postura como titular da Saúde e o presidente Jair Bolsonaro. "As minhas posições não eram contrapostas pelo presidente, nunca foram contrapostas pelo presidente", disse em resposta aos questionamentos do relator, Renan Calheiros (MDB-AL). Segundo Pazuello, em nenhum momento Bolsonaro o desautorizou ou o orientou a fazer qualquer coisa que já não estava sendo feita pelo ministério.

"Para colocar uma pedra nesse assunto. Presidente falou para mim e vários ministros: assunto de saúde quem trata é o ministro Pazuello. Nenhuma vez fui chamado para ser orientado pelo presidente de forma diferente, por aconselhamentos externos, nunca, nenhuma vez", respondeu Pazuello ao ser perguntando sobre um possível "aconselhamento paralelo" feito a Bolsonaro em assuntos da pandemia.

O general respondeu ainda que sempre defendeu medidas preventivas para enfrentamento da pandemia, como uso de máscara, limpeza das mãos e "afastamento social necessário". "Deveríamos fazer medidas de distanciamento sempre que possível", disse. "Não deixamos de nos pronunciar em todas as entrevistas, coletivas. Não podemos abrir não de medidas preventivas", afirmou Pazuello, ressaltando também que as medidas restritivas ficavam a cargo de decisão dos Estados e Municípios.

O ex-ministro disse ainda que nunca houve um direcionamento de isolamento uniforme para todo o Brasil - algo que inclusive ele afirmou ser contrário. Em âmbito nacional, o ministério atuava na distribuição de recursos e equipamentos, afirmou.

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O Escritório Federal para a Proteção da Constituição, serviço de inteligência nacional alemão, informou nesta sexta-feira, 2, que classificou o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), o segundo mais votado nas eleições nacionais de fevereiro, como uma organização "extremista de direita", o que coloca suas atividades sob uma vigilância mais ampla e rigorosa.

Segundo a agência, o partido é como uma ameaça à ordem democrática do país e "desrespeita a dignidade humana" - em particular pelo que chamou de "agitação contínua" contra refugiados e migrantes. A decisão da Alemanha, porém, corre o risco de alimentar as alegações de perseguição política do partido.

Os líderes do partido, Alice Weidel e Tino Chrupalla, classificaram a medida como "um duro golpe para a democracia alemã" e disseram que a classificação teve motivação política, o que o governo nega. "A AfD continuará a se defender legalmente contra essas difamações que colocam a democracia em risco", afirmaram Weidel e Chrupalla.

A agência reguladora de privacidade de dados da Irlanda multou o TikTok em cerca de US$ 600 milhões por não garantir que os dados de usuários enviados à China estejam protegidos de vigilância estatal, um golpe nos esforços da empresa para convencer os países ocidentais de que seu uso é seguro.

A Comissão Irlandesa de Proteção de Dados (CPI) divulgou nesta sexta-feira, 2, que o TikTok não conseguiu demonstrar que quaisquer dados de usuários enviados à China estão protegidos do acesso governamental sob as leis chinesas que abrangem questões como espionagem e segurança cibernética.

O órgão regulador irlandês, que lidera a aplicação da lei de privacidade da União Europeia (UE) para o TikTok, ordenou que o aplicativo de vídeos pare de transferir dados de usuários para a China dentro de seis meses se não puder garantir o mesmo nível de proteção que na UE.

O órgão regulador afirmou também que o TikTok admitiu no mês passado ter armazenado dados limitados de usuários europeus na China, apesar de ter negado anteriormente. O TikTok informou à agência que, desde então, excluiu esses dados. A CPI informou nesta sexta-feira que está discutindo com seus pares da UE se deve tomar novas medidas contra a empresa sobre o assunto.

O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, afirmou que teve uma conversa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na terça-feira passada e que combinaram um encontro na Casa Branca na próxima terça-feira, 6 de maio. Segundo o líder canadense, o foco das negociações serão tanto as pressões comerciais imediatas quanto o relacionamento econômico e de segurança futuro.

"Trump não mencionou o 51º Estado na ligação", disse Carney, em referência às falas do republicano de tornar o país-vizinho como mais um estado americano. "Não espero um acordo imediato na reunião em Washington. Espero conversas difíceis, mas construtivas, com Trump", acrescentou, ao classificar Trump como "um bom negociador".