Israel e Hamas aprovam cessar-fogo na Faixa de Gaza após pressão internacional

Política
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Israel e o Hamas concordaram com um cessar-fogo na Faixa de Gaza a partir das 2h da manhã de sexta-feira (20h desta quinta-feira, no horário de Brasília), disseram um oficial do Hamas e o gabinete do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu. A trégua terá início às 2h de sexta-feira (20h desta quinta-feira no horário de Brasília).

Segundo o governo israelense, a trégua é bilateral e sem precondições. À Reuters, um representante do Hamas disse que a trégua seria simultânea e partiria dos dois lados.

O gabinete de Netanyahu aprovou a trégua após a forte pressão dos Estados Unidos para interromper a ofensiva. Na quarta-feira, em um telefonema ao premiê, o presidente americano, Joe Biden, pediu a redução das hostilidades. Os líderes israelenses se reuniram nesta quinta-feira, 20, para discutir a ofensiva contra o território palestino.

As negociações avançaram com a mediação do Egito. Fontes de segurança egípcia falaram, em condição de anonimato, que os dois lados concordaram em princípio com o cessar-fogo, mas os detalhes ainda precisavam ser resolvidos.

Apesar dos sinais crescentes de que os lados estavam perto de um cessar-fogo que encerraria 11 dias de combates pesados, Israel desencadeou uma nova onda de ataques aéreos na Faixa de Gaza nesta quinta-feira e o Hamas lançou mais foguetes contra o território israelense.

Conheça um pouco sobre a história do conflito entre israelenses e palestinos, cujo novo capítulo de confronto já deixou mortos de ambos os lados

Desde o início dos combates em 10 de maio, as autoridades de saúde em Gaza dizem que 232 palestinos, incluindo 65 crianças e 39 mulheres, foram mortos e mais de 1,9 mil ficaram feridos em bombardeios aéreos.

Israel diz que matou pelo menos 160 combatentes em Gaza. Autoridades em Israel colocam o número de mortos no país em pelo menos 12, com centenas tratadas por ferimentos em ataques de foguetes que causaram pânico e enviaram pessoas correndo para abrigos. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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O Escritório Federal para a Proteção da Constituição, serviço de inteligência nacional alemão, informou nesta sexta-feira, 2, que classificou o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), o segundo mais votado nas eleições nacionais de fevereiro, como uma organização "extremista de direita", o que coloca suas atividades sob uma vigilância mais ampla e rigorosa.

Segundo a agência, o partido é como uma ameaça à ordem democrática do país e "desrespeita a dignidade humana" - em particular pelo que chamou de "agitação contínua" contra refugiados e migrantes. A decisão da Alemanha, porém, corre o risco de alimentar as alegações de perseguição política do partido.

Os líderes do partido, Alice Weidel e Tino Chrupalla, classificaram a medida como "um duro golpe para a democracia alemã" e disseram que a classificação teve motivação política, o que o governo nega. "A AfD continuará a se defender legalmente contra essas difamações que colocam a democracia em risco", afirmaram Weidel e Chrupalla.

A agência reguladora de privacidade de dados da Irlanda multou o TikTok em cerca de US$ 600 milhões por não garantir que os dados de usuários enviados à China estejam protegidos de vigilância estatal, um golpe nos esforços da empresa para convencer os países ocidentais de que seu uso é seguro.

A Comissão Irlandesa de Proteção de Dados (CPI) divulgou nesta sexta-feira, 2, que o TikTok não conseguiu demonstrar que quaisquer dados de usuários enviados à China estão protegidos do acesso governamental sob as leis chinesas que abrangem questões como espionagem e segurança cibernética.

O órgão regulador irlandês, que lidera a aplicação da lei de privacidade da União Europeia (UE) para o TikTok, ordenou que o aplicativo de vídeos pare de transferir dados de usuários para a China dentro de seis meses se não puder garantir o mesmo nível de proteção que na UE.

O órgão regulador afirmou também que o TikTok admitiu no mês passado ter armazenado dados limitados de usuários europeus na China, apesar de ter negado anteriormente. O TikTok informou à agência que, desde então, excluiu esses dados. A CPI informou nesta sexta-feira que está discutindo com seus pares da UE se deve tomar novas medidas contra a empresa sobre o assunto.

O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, afirmou que teve uma conversa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na terça-feira passada e que combinaram um encontro na Casa Branca na próxima terça-feira, 6 de maio. Segundo o líder canadense, o foco das negociações serão tanto as pressões comerciais imediatas quanto o relacionamento econômico e de segurança futuro.

"Trump não mencionou o 51º Estado na ligação", disse Carney, em referência às falas do republicano de tornar o país-vizinho como mais um estado americano. "Não espero um acordo imediato na reunião em Washington. Espero conversas difíceis, mas construtivas, com Trump", acrescentou, ao classificar Trump como "um bom negociador".