Mayra diz que nunca recebeu ordens para recomendar cloroquina a quem tem covid

Política
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Em depoimento à CPI da Covid, a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro afirmou nesta terça-feira que não recebeu ordens para recomendar o uso da cloroquina em pacientes com covid-19. Ela alegou também que o Ministério da Saúde nunca indicou tratamentos para a doença, divulgando apenas uma "nota orientativa" para médicos que considerem usar a cloroquina para tratar o coronavírus com doses seguras. "A partir da autonomia médica, com livre arbítrio", disse ela.

"História da cloroquina começa quando Brasil se depara com trabalho científico produzido em Manaus que resultou na morte de 22 pacientes e esse dado é grave. Nesse momento, o Ministério da Saúde reúne seus técnicos para criar documento para proteger a população brasileira e orientar médicos sobre doses seguras desse medicamento", afirmou ela.

Ao ser questionada pelo relator, Renan Calheiros (MDB-AL), sobre o motivo pelo qual o governo não teria seguido as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a cloroquina, Mayra criticou posturas adotadas pela organização durante a pandemia, destacando ainda que o Brasil não seria obrigado a seguir a OMS.

"Brasil não é obrigado a seguir orientações da OMS, se assim fizéssemos teríamos falhado, assim como OMS falhou várias vezes", disse ela. "A OMS determinou que não era necessário uso de máscaras porque seria vírus pesado, foi necessário que seis meses depois um grupo de cientistas fizesse carta à OMS, milhões foram contaminados por causa dessa orientação da OMS", afirmou Mayra.

Ela ainda disse não saber quem orientou o laboratório do Exército a aumentar a produção da cloroquina. "O ministro Mandetta deveria saber porque ele era o ministro. Não sei informar", respondeu.

Perguntada ainda sobre o motivo de a nota sobre o uso da cloroquina ter sido retirada da página do Ministério da Saúde, a secretária argumentou que isso decorre da decisão do ministro Marcelo Queiroga em trabalhar na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) um protocolo para tratamento da covid.

"Essa orientação número 17 também deve ser transformada num documento, numa proposta de protocolo clínico para tratamento ambulatorial da covid. Foi retirada (do site) porque novo documento está sendo elaborado", afirmou a médica.

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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou nesta segunda-feira, 28, que ofereceu apoio técnico à Espanha para lidar com a emergência de hoje no sistema energético do país. A Espanha e outros países europeus passam por um apagão desde o início do dia, e a energia elétrica ainda não foi totalmente restaurada. Em conversa com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, Zelensky destacou a experiência ucraniana em resistir a ataques à infraestrutura energética, embora as causas da interrupção ainda não tenham sido identificadas, segundo o governo espanhol.

"Ao longo dos anos de guerra e dos ataques russos contra o nosso sistema energético, a Ucrânia adquiriu uma experiência significativa em enfrentar qualquer desafio energético, incluindo os blecautes", disse Zelensky em comunicado.

O líder ucraniano ressaltou que especialistas do país estão disponíveis para colaborar com os esforços de recuperação na Espanha. "Nossos especialistas podem contribuir para os trabalhos de recuperação. Ofereci essa ajuda à Espanha", disse.

Zelensky também determinou ação imediata de seu governo: "Instruí o ministro de Energia da Ucrânia a agir com a máxima rapidez."

O Conselho de Estado da China aprovou no fim de semana o desenvolvimento de dez novos reatores nucleares no país, a um custo estimado combinado de 200 bilhões de yuans (US$ 27 bilhões). Este é o quarto ano consecutivo em que o Conselho de Estado da China aprova pelo menos dez novas unidades de reatores nucleares.

Atualmente, o país tem 30 reatores nucleares em construção, o que representa quase metade de todos os projetos nucleares em andamento no mundo.

Espera-se que a China ultrapasse os Estados Unidos como maior produtor de energia atômica até o fim desta década.

A meta do país é atingir 200 gigawatts de capacidade nuclear até 2035.

*Com informações da Dow Jones Newswires

Em resposta ao anúncio de um cessar-fogo de três dias feito pela Rússia para marcar o aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou nesta segunda-feira, 28, o Kremlin de manipulação e exigiu um fim imediato e duradouro à guerra Rússia-Ucrânia.

"Agora, mais uma vez, vemos uma nova tentativa de manipulação: por alguma razão, todos deveriam esperar até 8 de maio e apenas então cessar o fogo, para garantir silêncio para Putin durante o desfile de comemoração do fim da Segunda Guerra", afirmou Zelensky. "Nós valorizamos a vida das pessoas, não desfiles."

O líder ucraniano destacou que qualquer trégua deve ser incondicional e prolongada, não apenas simbólica. "O fogo deve ser interrompido não por alguns dias, para depois voltar a matar, mas sim de forma imediata, completa e incondicional. E por no mínimo 30 dias, para que seja garantido e confiável. Só assim será possível criar uma base para uma diplomacia real", disse.

Zelensky também denunciou novos ataques russos contra civis, mesmo diante dos apelos internacionais pelo fim da guerra. "Mais uma vez, a Rússia atacou um alvo que não tem relação com a guerra, mas com as pessoas. E isso aconteceu em meio às exigências do mundo para que a Rússia encerre esta guerra", afirmou. "Cada novo dia é uma nova e clara prova de que é necessário aumentar a pressão sobre a Rússia, pressionar de forma significativa, para que, em Moscou, sejam obrigados a pôr fim a esta guerra, uma guerra que apenas a própria Rússia quer."

O presidente ucraniano reiterou a disposição do país em buscar a paz, mas acusou a Rússia de sabotar os esforços diplomáticos. "Sempre deixamos claro que estamos prontos para trabalhar o mais rapidamente possível com todos os parceiros que possam ajudar a estabelecer a paz e garantir a segurança. A Rússia rejeita constantemente essas iniciativas, manipula o mundo e tenta enganar os Estados Unidos", afirmou.