'É possível criar uma economia verde no País sem poluição na Amazônia', diz Lula

Política
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) relatou nesta terça-feira, 31, mais trechos de sua conversa com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, com quem se reuniu na véspera no Palácio do Planalto. "Eu disse textualmente à Alemanha que nunca iremos transformar Amazônia em santuário da humanidade", contou o petista, que reiterou sua disposição em fomentar a pesquisa na floresta "por quem entende". Lula participa, no Palácio do Planalto, de solenidade para marcar a criação do Conselho de Participação Social,

Lula reafirmou que é possível criar uma economia verde no País, sem poluição na Amazônia e com olhos para a questão climática, que estaria "na nossa cara todo dia". "Que possamos cobrar dos países ricos o tal do crédito de carbono", afirmou o presidente. "Vamos ter economia baseada efetivamente na construção de alternativas energéticas limpas", acrescentou.

Violência contra a mulher

O combate à violência contra a mulher foi outro ponto do discurso de Lula, que pediu penas severas para homens agressores e sinalizou a disposição de que, até o final do seu mandato, os índices de feminicídio e agressão caiam ao menor índice da história.

Ao longo do pronunciamento no Palácio do Planalto, Lula destacou que o governo está no início, e com alguns ministérios ainda incompletos. É o caso do Ministério dos Povos Indígenas, comandado por Sônia Guajajara. "Quase todos os ministérios estão com problemas para cumprir a meta que se propuseram a cumprir", afirmou o petista, em nova reclamação sobre as restrições orçamentárias.

Lula reiterou ainda que já assinou o decreto para tirar definitivamente os garimpeiros das terras ianomâmis e repetiu que voltou à Presidência "sem qualquer espírito de vingança".

Estabilidade econômica

Ainda sob a desconfiança do mercado em relação à responsabilidade fiscal do novo governo, Lula afirmou ser uma pessoa que defende muito a estabilidade econômica. "Eu sou uma pessoa que defende muito a estabilidade econômica. Eu quero seriedade fiscal, mas eu quero seriedade política, quero seriedade social. Porque é verdade que temos muitas dívidas para pagar, mas a dívida impagável há cinco séculos é a dívida social com o povo brasileiro", declarou o petista no Palácio do Planalto. Lula voltou a prometer acabar com a fome do País e fazer o reajuste real do salário mínimo - ou seja, acima da inflação - embora tenha reconhecido que neste ano "será difícil".

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 30, que o chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), Elon Musk, "pode ficar o quanto quiser no governo" e que ele "tem ajudado o país de maneira tremenda, mas quer voltar para casa, para seus carros" na Tesla.

As declarações foram feitas durante uma reunião de gabinete com a equipe do governo republicano.

Trump também afirmou que Musk tem feito "sacrifícios" pelo país e voltou a agradecer ao CEO da Tesla. "Esse cara tem sido tratado de maneira muito maldosa ultimamente. Mas saiba que os americanos estão do seu lado", declarou.

Musk, por sua vez, agradeceu a Trump, mas não comentou se continuará à frente do Doge.

O Paquistão afirmou nesta quarta-feira, 30, que possui "informações confiáveis" de que a Índia planeja realizar um ataque militar no país nas próximas 24 a 36 horas "sob o pretexto de alegações infundadas e inventadas de envolvimento" e prometeu responder "com muita veemência".

Não houve comentários imediatos de autoridades indianas, mas representantes do governo da Índia disseram que o primeiro-ministro do país, Narendra Modi, "deu total liberdade operacional às forças armadas para decidir sobre o modo, os alvos e o momento da resposta da Índia ao massacre de Pahalgam".

A tensões entre Índia e Paquistão têm aumentado, após um ataque mortal a turistas na Caxemira - região que é dividida entre Índia e Paquistão e reivindicada por ambos em sua totalidade - na semana passada. O lado indiano busca punir o Paquistão e acusa-o de apoiar o ataque em Pahalgam, o que o lado paquistanês nega.

Um incêndio atingiu um hotel em Calcutá, na Índia, matando pelo menos 15 pessoas, informou a polícia local nesta quarta-feira, 30. "Várias pessoas foram resgatadas dos quartos e do telhado do hotel", disse o chefe de polícia de Calcutá, Manoj Verma.

O policial disse a repórteres que o fogo começou na noite de terça-feira no hotel Rituraj, no centro de Calcutá, e foi controlado após uma operação que envolveu seis caminhões dos bombeiros. Ainda não se sabe a causa do incêndio.

A agência Press Trust of India, que gravou imagens das chamas, relatou que "várias pessoas foram vistas tentando escapar pelas janelas do prédio". O jornal The Telegraph, de Calcutá, noticiou que pelo menos uma pessoa morreu ao pular do terraço tentando escapar.

O primeiro-ministro Narendra Modi publicou na rede X que estava "consternado" com a perda de vidas no incêndio.

Incêndios são comuns no país

Incêndios são comuns na Índia devido à falta de equipamentos de combate às chamas e desrespeito às normas de segurança. Ativistas dizem que empreiteiros muitas vezes ignoram medidas de segurança para economizar e acusam as autoridades municipais de negligência.

Em 2022, pelo menos 27 pessoas morreram quando um grande incêndio atingiu um prédio comercial de quatro andares em Nova Délhi. (Com agências internacionais).