CPI gera 11,8 milhões de publicações no Twitter

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Ao longo do primeiro e agitado mês de depoimentos, a CPI da Covid resultou em 11,8 milhões de publicações no Twitter. O grande volume de menções à investigação do Senado se soma a recordes de audiência em outras plataformas, a exemplo do YouTube, como mostrou o Estadão. O dado é da consultoria Bites e considera a repercussão da comissão na rede social desde o dia 1.º de maio.

O levantamento, realizado a pedido do jornal, inclui menções relacionadas à palavra-chave principal (CPI da Covid), seja pelo uso de hashtags seja em referências aos parlamentares e depoentes. A comissão, que busca investigar possíveis omissões do governo de Jair Bolsonaro no combate à pandemia do coronavírus virou o "novo hit" dos usuários do Twitter.

E, apesar das diferenças ideológicas, usuários à direita e à esquerda encontram interesse equivalente nas investigações. Diretora de Operações da Bites, Fabiana Parajara afirmou que nem governistas nem opositores ao governo federal se sobressaem no debate. "A reação governista é mais coesa, eles têm uma linha argumentativa mais parecida. Já no caso da esquerda, as pautas são mais difusas. Não tem um lado que está 'ganhando' a discussão. A gente tem um embate entre torcidas", disse.

Interação

Até agora, o depoimento mais comentado foi o do primeiro dia do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello na comissão. Somente no dia 19, foram 1,3 milhão de tuítes em referência a falas do general. Em seguida, aparecem os depoimentos do ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten, com 1,13 milhão de postagens, e da médica Mayra Pinheiro, com 702 mil menções à secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde e à comissão em si.

Mayra ficou conhecida como "capitã cloroquina", por defender o medicamento sem eficácia comprovada no tratamento do novo coronavírus.

Principal hashtag do período, #CPIdaCovid acumula 749 mil menções na rede social. A marcação é usada tanto por governistas quanto por opositores. Em seguida, vem a tag #RenanVagabundo, com 573 mil menções, inundada por críticas de apoiadores de Bolsonaro ao relator da comissão, o senador Renan Calheiros (MDB-AL).

O "levante" faz referência ao xingamento usado pelo senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) durante uma discussão com o parlamentar no fim do depoimento de Wajngarten ao colegiado.

A maior propagação de publicações - chamada na plataforma de retuítes ou RTs - vem de páginas, às vezes anônimas, que não estão associadas a partidos ou a figuras políticas. "Às vezes é uma pessoa com perfil pequeno (em número de seguidores). Aí, um influenciador vê (a publicação e compartilha) e começa a virar um viral", afirmou Fabiana, que destaca a proliferação de páginas de humor. Entram nessa soma as arrobas JaIrme's Vaccine Race, à esquerda, e Tony Stark Patriota, à direita. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em outra categoria

O presidente Donald Trump disse que está instruindo o seu governo a reabrir e expandir Alcatraz, a notória antiga prisão em uma ilha da Califórnia. A prisão foi fechada em 1963. A Ilha de Alcatraz atualmente é operada como um ponto turístico.

"Estou instruindo o Departamento de Prisões, juntamente com o Departamento de Justiça, o FBI e a Segurança Interna, a reabrir uma Alcatraz substancialmente ampliada e reconstruída, para abrigar os criminosos mais cruéis e violentos dos Estados Unidos", escreveu Trump em mensagem no site Truth Social na noite deste domingo.

Ainda segundo ele, a reabertura de Alcatraz servirá como um "símbolo de Lei, Ordem e Justiça". A ordem foi emitida em um momento em que Trump vem entrando em conflito com os tribunais ao tentar enviar membros de gangues acusados para uma prisão notória em El Salvador, sem o devido processo legal. Trump também falou sobre o desejo de enviar cidadãos americanos para lá e para outras prisões estrangeiras.

O nacionalista de extrema direita George Simion garantiu uma vitória decisiva neste domingo, 4, no primeiro turno das eleições presidenciais da Romênia, segundo dados eleitorais quase completos. A eleição ocorreu meses após uma votação anulada ter mergulhado o país-membro da União Europeia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em sua pior crise política em décadas.

Simion, o líder de 38 anos da Aliança para a Unidade dos Romenos (AUR), superou de longe todos os outros candidatos nas pesquisas, com 40% dos votos, mostram dados eleitorais oficiais, após a apuração de 97% dos votos na votação.

Bem atrás, em segundo lugar, ficou o prefeito de Bucareste, Nicusor Dan, com 20,67%, e em terceiro, o candidato da coalizão governista, Crin Antonescu, com 20,62% - uma diferença que deve aumentar à medida que os últimos votos das cidades maiores forem apurados.

Onze candidatos disputaram a presidência e um segundo turno será realizado em 18 de maio entre os dois candidatos mais votados. Até o fechamento das urnas, cerca de 9,57 milhões de pessoas - ou 53,2% dos eleitores elegíveis - haviam votado, de acordo com o Escritório Central Eleitoral, com 973.000 votos depositados em seções eleitorais instaladas em outros países.

Eleição foi anulada em 2024

A eleição na Romênia teve de ser repetida hoje depois que o cenário político do país foi abalado no ano passado, quando um tribunal superior anulou a eleição anterior, na qual o candidato de extrema direita Calin Georgescu liderou o primeiro turno, após alegações de violações eleitorais e interferência russa, que Moscou negou.

Georgescu, que compareceu ao lado de Simion em uma seção eleitoral em Bucareste, chamou a nova votação de "uma fraude orquestrada por aqueles que fizeram da mentira a única política de Estado", mas disse que estava lá para "reconhecer o poder da democracia, o poder do voto que assusta o sistema, que aterroriza o sistema".

O perfil oficial da Casa Branca nas redes sociais publicou neste domingo, 4, uma foto aparentemente gerada por inteligência artificial (IA) com o rosto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em um corpo musculoso, com um sabre de luz vermelho e vestimentas que ficaram conhecidas na franquia de filmes Star Wars.

O dia 4 de maio é considerado o Dia do Star Wars pelos fãs da franquia. A data foi escolhida por conta das semelhanças entre uma frase icônica dos filmes: "May the force be with you" ("Que a força esteja com você") e a frase "May the fourth" ("4 de maio").

"Feliz 4 de Maio a todos, incluindo os Lunáticos da Esquerda Radical que lutam arduamente para trazer Lordes Sith, Assassinos, Traficantes, Prisioneiros Perigosos e membros famosos da gangue MS-13 de volta à nossa Galáxia. Vocês não são a Rebelião - vocês são o Império. Que o 4 de Maio esteja com vocês.", apontou a mensagem do perfil oficial da Casa Branca na rede social X.

Trump vestido de papa

Essa não é a primeira foto gerada por inteligência artificial que foi publicada pelo governo Trump neste final de semana.

Na sexta-feira, 2, o perfil da Casa Branca e do próprio Trump publicaram uma foto do presidente americano vestido como papa, sentado em uma cadeira de estrutura dourada.

Na última terça-feira, Trump afirmou, em tom de brincadeira, que gostaria de ser o próximo papa. "Eu seria minha escolha número 1", disse Trump a repórteres.