Vice-presidente da Câmara defende restrições para agentes públicos em campanhas

Política
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O vice-presidente da Câmara dos Deputados, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), defendeu a inclusão de restrições para agentes públicos no processo de revisão das regras eleitorais para 2022. Segundo ele, além da quarentena para que funcionários desse setor possam ser candidatos a cargos eletivos, outra sugestão é o veto à utilização do título público como nome de campanha.

"Estamos agora no processo de revisão para definir as regras eleitorais para 2022 e talvez esse seja um debate necessário, tanto da quarentena como em relação às restrições quanto à utilização do título público como nome de campanha", afirmou o deputado em entrevista à Globo News na manhã desta segunda-feira, 7.

O deputado demonstrou repúdio contra a atitude do ex-ministro da Saúde e general da ativa Eduardo Pazuello em participar de ato político com o presidente Jair Bolsonaro, em maio, no Rio de Janeiro. Em sua avaliação, quando o comando do Exército autoriza ou releva a participação política de um militar, "o comando joga uma mensagem muito ruim para o conjunto das Forças Armadas, de que agora pode tudo", disse. "Isso é muito perigoso, porque quando a política entra por uma porta das Forças Armadas, a disciplina e hierarquia saem por outra", completou.

Na quinta-feira (3), o Exército decidiu não punir Pazuello pela participação na manifestação. O deputado mostrou simpatia pela Proposta de Emenda Constitucional (PEC), de autoria da deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), que impede militares da ativa de ocupar cargos de natureza civil na administração pública. Ramos avalia que ainda é difícil dizer o clima da Casa sobre a proposta, mas afirmou que assinou a PEC.

Para o deputado, a atitude de Pazuello não está errada por ter ocorrido ao lado do atual presidente e teria o mesmo peso se estivesse com qualquer outro agente político. "Se ele subisse com o ex-presidente Lula ele estaria errado, se subisse com Ciro [Gomes] estaria errado, com governador estaria errado, em qualquer manifestação política", pontuou.

Ramos ainda reconheceu a mudança de postura do Ministério da Saúde após a saída de Pazuello e posse do atual ministro, Marcelo Queiroga. Segundo ele, Queiroga "parece estar se esforçando para que o Brasil efetivamente traga a única solução possível para a pandemia, que é a garantia de vacinar o povo brasileiro".

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Os habitantes de Cingapura irão às urnas neste sábado, 3, em uma eleição geral que deve manter no poder o Partido de Ação Popular (PAP), que governa a cidade-estado há décadas, e que é observada de perto como um termômetro da confiança pública na liderança do primeiro-ministro, Lawrence Wong, que assumiu o cargo no ano passado. Ele espera obter um mandato mais forte.

"Se o PAP tiver um mandato enfraquecido, é certo que haverá quem tente nos pressionar. Será mais difícil defender os interesses de Cingapura. Mas, com um mandato claro de vocês, minha equipe e eu poderemos representar o país com confiança", disse Wong nesta semana.

Esta é a primeira eleição sob a liderança de Wong desde que ele sucedeu Lee Hsien Loong, que deixou o cargo no ano passado após duas décadas no comando da cidade-Estado.

Conhecido por seu governo limpo e eficaz, o PAP é visto como símbolo de estabilidade e prosperidade. Embora uma vitória esteja praticamente garantida, o apoio ao partido tem diminuído devido ao descontentamento com o controle estatal e o alto custo de vida. A crescente desigualdade de renda, a dificuldade de acesso a moradias, a superlotação causada pela imigração e as restrições à liberdade de expressão também desgastaram a popularidade do partido.

A oposição admite que não pode derrotar o PAP, mas pede aos eleitores uma representação mais forte no Parlamento.

O Escritório Federal para a Proteção da Constituição, serviço de inteligência nacional alemão, informou nesta sexta-feira, 2, que classificou o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), o segundo mais votado nas eleições nacionais de fevereiro, como uma organização "extremista de direita", o que coloca suas atividades sob uma vigilância mais ampla e rigorosa.

Segundo a agência, o partido é como uma ameaça à ordem democrática do país e "desrespeita a dignidade humana" - em particular pelo que chamou de "agitação contínua" contra refugiados e migrantes. A decisão da Alemanha, porém, corre o risco de alimentar as alegações de perseguição política do partido.

Os líderes do partido, Alice Weidel e Tino Chrupalla, classificaram a medida como "um duro golpe para a democracia alemã" e disseram que a classificação teve motivação política, o que o governo nega. "A AfD continuará a se defender legalmente contra essas difamações que colocam a democracia em risco", afirmaram Weidel e Chrupalla.

A agência reguladora de privacidade de dados da Irlanda multou o TikTok em cerca de US$ 600 milhões por não garantir que os dados de usuários enviados à China estejam protegidos de vigilância estatal, um golpe nos esforços da empresa para convencer os países ocidentais de que seu uso é seguro.

A Comissão Irlandesa de Proteção de Dados (CPI) divulgou nesta sexta-feira, 2, que o TikTok não conseguiu demonstrar que quaisquer dados de usuários enviados à China estão protegidos do acesso governamental sob as leis chinesas que abrangem questões como espionagem e segurança cibernética.

O órgão regulador irlandês, que lidera a aplicação da lei de privacidade da União Europeia (UE) para o TikTok, ordenou que o aplicativo de vídeos pare de transferir dados de usuários para a China dentro de seis meses se não puder garantir o mesmo nível de proteção que na UE.

O órgão regulador afirmou também que o TikTok admitiu no mês passado ter armazenado dados limitados de usuários europeus na China, apesar de ter negado anteriormente. O TikTok informou à agência que, desde então, excluiu esses dados. A CPI informou nesta sexta-feira que está discutindo com seus pares da UE se deve tomar novas medidas contra a empresa sobre o assunto.