Paulo Marinho deixa comando do PSDB do RJ e vai ajudar Doria em São Paulo

Política
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Após dois anos à frente do PSDB fluminense, o empresário Paulo Marinho comunicou nesta semana ao diretório nacional que não vai mais ocupar a função. Ele está de mudança para São Paulo, onde pretende colaborar com os rumos eleitorais do governador João Doria. Em 2018, Marinho foi um dos principais coordenadores da campanha de Jair Bolsonaro, mas rompeu com o presidente logo no início do governo.

Em carta direcionada ao presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, o empresário citou a opção da família de se mudar para a capital paulista e se colocou à disposição do partido. Ele é um apoiador declarado da candidatura de Doria à Presidência. Ainda não há, no entanto, uma previsão de ocupar cargos no Executivo paulista, por exemplo.

Quem assume o diretório do Rio é o deputado federal Otávio Leite, que defende a realização de prévias entre Doria, o ex-senador Arthur Virgílio e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. "Nosso principal desafio é ajudar na construção de uma candidatura de centro para o Brasil, que hoje vive uma polarização radicalizada e infrutífera", diz Otávio Leite. "Do ponto de vista interno, o primeiro passo será a realização de prévias para a Presidência da República."

No Rio, onde o PSDB tem pouca força, Otávio Leite prega união entre as diferentes esferas do Poder "em prol do equilíbrio fluminense". Ele elogia o trabalho "maduro" do governador Cláudio Castro (PL).

"O Rio não pode se dar ao luxo de rupturas ou arritmias que paralisam a busca por seu soerguimento econômico. O governador Cláudio Castro vem exercendo o trabalho com maturidade", diz o deputado, que defende o Regime de Recuperação Fiscal, o equilíbrio nas finanças e uma maior independência em relação à União a longo prazo.

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O Escritório Federal para a Proteção da Constituição, serviço de inteligência nacional alemão, informou nesta sexta-feira, 2, que classificou o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), o segundo mais votado nas eleições nacionais de fevereiro, como uma organização "extremista de direita", o que coloca suas atividades sob uma vigilância mais ampla e rigorosa.

Segundo a agência, o partido é como uma ameaça à ordem democrática do país e "desrespeita a dignidade humana" - em particular pelo que chamou de "agitação contínua" contra refugiados e migrantes. A decisão da Alemanha, porém, corre o risco de alimentar as alegações de perseguição política do partido.

Os líderes do partido, Alice Weidel e Tino Chrupalla, classificaram a medida como "um duro golpe para a democracia alemã" e disseram que a classificação teve motivação política, o que o governo nega. "A AfD continuará a se defender legalmente contra essas difamações que colocam a democracia em risco", afirmaram Weidel e Chrupalla.

A agência reguladora de privacidade de dados da Irlanda multou o TikTok em cerca de US$ 600 milhões por não garantir que os dados de usuários enviados à China estejam protegidos de vigilância estatal, um golpe nos esforços da empresa para convencer os países ocidentais de que seu uso é seguro.

A Comissão Irlandesa de Proteção de Dados (CPI) divulgou nesta sexta-feira, 2, que o TikTok não conseguiu demonstrar que quaisquer dados de usuários enviados à China estão protegidos do acesso governamental sob as leis chinesas que abrangem questões como espionagem e segurança cibernética.

O órgão regulador irlandês, que lidera a aplicação da lei de privacidade da União Europeia (UE) para o TikTok, ordenou que o aplicativo de vídeos pare de transferir dados de usuários para a China dentro de seis meses se não puder garantir o mesmo nível de proteção que na UE.

O órgão regulador afirmou também que o TikTok admitiu no mês passado ter armazenado dados limitados de usuários europeus na China, apesar de ter negado anteriormente. O TikTok informou à agência que, desde então, excluiu esses dados. A CPI informou nesta sexta-feira que está discutindo com seus pares da UE se deve tomar novas medidas contra a empresa sobre o assunto.

O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, afirmou que teve uma conversa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na terça-feira passada e que combinaram um encontro na Casa Branca na próxima terça-feira, 6 de maio. Segundo o líder canadense, o foco das negociações serão tanto as pressões comerciais imediatas quanto o relacionamento econômico e de segurança futuro.

"Trump não mencionou o 51º Estado na ligação", disse Carney, em referência às falas do republicano de tornar o país-vizinho como mais um estado americano. "Não espero um acordo imediato na reunião em Washington. Espero conversas difíceis, mas construtivas, com Trump", acrescentou, ao classificar Trump como "um bom negociador".