Bolsonaro, sobre autonomia do BC: se Deus quiser, STF vai garantir o já votado

Política
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O presidente Jair Bolsonaro defendeu a manutenção da lei que concedeu autonomia ao Banco Central. O texto, sancionado por Bolsonaro em fevereiro deste ano, está sendo questionado no Supremo Tribunal Federal (STF), que deverá retomar o julgamento do processo na sexta-feira, 25.

"A autonomia do Banco Central se deve a você, Roberto Campos Neto, presidente da autoridade monetária. Todos confiam em você, nós confiamos a você o destino da nossa economia. Se Deus quiser, o Supremo vai garantir o que foi votado pelo parlamento", disse Bolsonaro.

Em cerimônia de lançamento do Plano Safra, Bolsonaro elogiou também o ministro da Economia, Paulo Guedes, que disse estar fazendo um "trabalho excepcional" para o Brasil, mas atribuiu a recuperação econômica do País, conjuntamente, a Guedes e Campos Neto.

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Líderes de diversos países condenaram os ataques israelenses à Faixa de Gaza na madrugada desta terça-feira, 18, realizados enquanto um acordo de cessar-fogo estava em vigor entre Israel, comandado por Benjamin Netanyahu, e o Hamas.

O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, afirmou que é dever da ONU garantir o cessar-fogo na região, assim como a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

O emir do Catar, Tamim al-Thani, declarou que o "bombardeio brutal sobre Gaza representa mais um crime hediondo cometido por Israel sem qualquer senso de responsabilidade". Al-Thani reiterou a "posição firme" do Catar em apoio aos palestinos e pediu ação internacional imediata para obrigar Israel a cumprir o acordo e retomar as negociações.

O presidente do Egito, Abdel Fattah El-Sisi, alertou sobre os ataques contínuos de Israel em Gaza e suas repercussões humanitárias, "além de minar as chances de paz e estabilidade na região", conforme comunicado. Ele enfatizou a "necessidade de a comunidade internacional assumir suas responsabilidades para pressionar por um cessar-fogo imediato, implementar a solução de dois estados e estabelecer um estado palestino, sendo a única garantia para alcançar a paz duradoura no Oriente Médio". O Egito tem liderado as negociações de paz entre as partes.

A Rússia também condenou os ataques israelenses, com o Kremlin expressando preocupação com o "grande número de vítimas civis" após os "devastadores" bombardeios em Gaza.

A porta-voz Mao Ning, do Ministério das Relações Exteriores da China, afirmou que o país segue acompanhando de perto a situação atual do conflito. "Esperamos que as partes trabalhem para permitir a implementação contínua e eficaz do acordo de cessar-fogo, se abstenham de qualquer ação escalatória e evitem aprofundar ainda mais o desastre humanitário", acrescentou.

Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da França também pediu a interrupção imediata da violência entre as duas partes, segundo o The Guardian. Maxime Prevot, vice-primeiro-ministro da Bélgica, afirmou em seu perfil no X que o ataque torna menos provável a liberação de reféns israelenses. Também na rede, o Ministério das Relações Exteriores da Suíça pediu "o retorno imediato ao cessar-fogo, a liberação de todos os reféns e a entrega irrestrita de ajuda humanitária".

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a Europa deve adotar uma postura de defesa forte até 2030. "Até 2030, a Europa terá se rearmado e terá capacidade de se defender", declarou, destacando que a União Europeia (UE) precisa agir agora para alcançar esse objetivo. A líder europeia enfatizou que a construção da defesa exigirá "investimentos massivos".

Von der Leyen também afirmou que a segurança europeia, baseada em esquemas anteriores, não pode ser considerada garantida. Ela ressaltou que, diante do crescente poderio militar da Rússia, a Europa precisa fortalecer sua própria defesa. "Rússia está em caminho irreversível para criar economia puramente de guerra", alertou. A Rússia, segundo ela, gasta 9% de seu Produto Interno Bruto (PIB) com defesa, e seus gastos com a guerra "alimentam os massacres contra a Ucrânia".

A presidente da Comissão Europeia se comprometeu a aumentar o apoio à Ucrânia, dizendo que a UE vai "criar uma força-tarefa para coordenar apoio militar" e que é necessário "investir mais na força da Ucrânia". Ela ressaltou ainda o trabalho conjunto do bloco com o Reino Unido e com outros aliados para aumentar a defesa europeia, destacando que está "totalmente comprometida em trabalhar com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e com os EUA".

Von der Leyen destacou que mais detalhes sobre o plano de aumento de investimentos em defesa no continente europeu até 2030 devem ser anunciados nos próximos dias.

O Hamas afirmou, em comunicado, que os Estados Unidos têm "plena responsabilidade" pelos ataques israelenses na Faixa de Gaza realizados na madrugada desta terça-feira, 18. Segundo o grupo, "a admissão do governo americano de que foi previamente informado sobre a agressão de Israel confirma sua parceria direta no genocídio contra nosso povo".

A nota do Hamas acrescenta: "Este reconhecimento revela, mais uma vez, a cumplicidade e o escancarado viés dos EUA em favor da ocupação de Israel, desmascarando a falsidade de suas alegações sobre o compromisso com a trégua." O grupo destaca que, com o apoio político e militar "irrestrito" ao governo do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, "Washington assume plena responsabilidade pelos massacres e pela morte de mulheres e crianças em Gaza". O Hamas pede ação internacional "urgente".

Nesta segunda-feira, 17, o grupo alertou que a nova ofensiva de Israel contra Gaza viola o acordo de cessar-fogo e coloca em risco os reféns e prisioneiros de ambos os lados do conflito.