Bolsonaro, sobre autonomia do BC: se Deus quiser, STF vai garantir o já votado

Política
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O presidente Jair Bolsonaro defendeu a manutenção da lei que concedeu autonomia ao Banco Central. O texto, sancionado por Bolsonaro em fevereiro deste ano, está sendo questionado no Supremo Tribunal Federal (STF), que deverá retomar o julgamento do processo na sexta-feira, 25.

"A autonomia do Banco Central se deve a você, Roberto Campos Neto, presidente da autoridade monetária. Todos confiam em você, nós confiamos a você o destino da nossa economia. Se Deus quiser, o Supremo vai garantir o que foi votado pelo parlamento", disse Bolsonaro.

Em cerimônia de lançamento do Plano Safra, Bolsonaro elogiou também o ministro da Economia, Paulo Guedes, que disse estar fazendo um "trabalho excepcional" para o Brasil, mas atribuiu a recuperação econômica do País, conjuntamente, a Guedes e Campos Neto.

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O peruano Máximo Napa, 61, que ficou 95 dias à deriva em alto-mar, recebeu alta médica no último sábado, 15, segundo informações da Marinha do Peru. Para sobreviver, ele contou que comeu baratas, pássaros e até uma tartaruga.

Napa havia zarpado no dia 7 de dezembro do ano passado do porto de San Juan de Marcona, em Ica. As condições climáticas fizeram com que a embarcação e que ele estava perdesse o rumo e ingressasse em alto-mar. Ele ficou à deriva desde então, e só foi resgatado no dia 11 deste mês pelo navio equatoriano Don F e pela patrulha marítima B.A.P. Rio Piura em frente ao Porto de Chimbote, no norte do Peru.

"O senhor Napa chegou em boas condições físicas. Ele conseguia andar e tomar banho sozinho. Obviamente que estava em choque pelas circunstâncias, mas em bom estado físico", afirmou Jorge González, capitão do porto da Marinha peruana.

'Pensava na minha neta todos os dias'

Napa foi atendido no hospital Nossa Senhora das Mercedes de Paita, e, após receber alta, transportado para Lima. "É um milagre que o meu pai tenha sido encontrado. Nós, como família, nunca perdemoss esperança de encontrá-lo", disse Inés Napa, filha dele, à emissora RPP.

Em meio às lágrimas, o pescador relatou a jornalistas que, para sobreviver, comeu baratas, pássaros e até uma tartaruga. "Não queria morrer por minha mãe. Tenho uma neta de dois meses. Todos os dias eu pensava nela", afirmou.

Segundo a Marinha peruana, o fato de a embarcação não ter uma radiobaliza - dispositivo que emite sinais de rádio informando sua localização - dificultou os trabalhos de busca pelo pescador.

Nascimento de neta

Napa se reencontrou com sua família ainda no sábado, 15. Ele disse ter agradecido a Deus ter lhe dado mais uma oportunidade para viver e esperava reencontrar a sua mãe e conhecer a sua neta de dois meses, nascida enquanto estava à deriva. O reencontro emocionante com sua filha, Inés, foi no aeroporto Jorge Chávez, em Lima.

Vestido com um calção curto, camiseta e boné, o pescador apareceu por um corredor do terminal e abraçou a sua filha. "Graças a Deus. A única coisa que eu quero é abraçar a minha mãe", disse ele em meio às lágrimas.

Apesar do que ocorreu, ele afirmou que deseja retornar ao mar. O relato de que ele comeu baratas, pássaros e uma tartaruga para sobreviver foi dado inicialmente ao seu irmão, com quem também se reencontrou. "Não queria morrer", disse. (Com agências internacionais).

Líderes de diversos países condenaram os ataques israelenses à Faixa de Gaza na madrugada desta terça-feira, 18, realizados enquanto um acordo de cessar-fogo estava em vigor entre Israel, comandado por Benjamin Netanyahu, e o Hamas.

O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, afirmou que é dever da ONU garantir o cessar-fogo na região, assim como a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

O emir do Catar, Tamim al-Thani, declarou que o "bombardeio brutal sobre Gaza representa mais um crime hediondo cometido por Israel sem qualquer senso de responsabilidade". Al-Thani reiterou a "posição firme" do Catar em apoio aos palestinos e pediu ação internacional imediata para obrigar Israel a cumprir o acordo e retomar as negociações.

O presidente do Egito, Abdel Fattah El-Sisi, alertou sobre os ataques contínuos de Israel em Gaza e suas repercussões humanitárias, "além de minar as chances de paz e estabilidade na região", conforme comunicado. Ele enfatizou a "necessidade de a comunidade internacional assumir suas responsabilidades para pressionar por um cessar-fogo imediato, implementar a solução de dois estados e estabelecer um estado palestino, sendo a única garantia para alcançar a paz duradoura no Oriente Médio". O Egito tem liderado as negociações de paz entre as partes.

A Rússia também condenou os ataques israelenses, com o Kremlin expressando preocupação com o "grande número de vítimas civis" após os "devastadores" bombardeios em Gaza.

A porta-voz Mao Ning, do Ministério das Relações Exteriores da China, afirmou que o país segue acompanhando de perto a situação atual do conflito. "Esperamos que as partes trabalhem para permitir a implementação contínua e eficaz do acordo de cessar-fogo, se abstenham de qualquer ação escalatória e evitem aprofundar ainda mais o desastre humanitário", acrescentou.

Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da França também pediu a interrupção imediata da violência entre as duas partes, segundo o The Guardian. Maxime Prevot, vice-primeiro-ministro da Bélgica, afirmou em seu perfil no X que o ataque torna menos provável a liberação de reféns israelenses. Também na rede, o Ministério das Relações Exteriores da Suíça pediu "o retorno imediato ao cessar-fogo, a liberação de todos os reféns e a entrega irrestrita de ajuda humanitária".

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a Europa deve adotar uma postura de defesa forte até 2030. "Até 2030, a Europa terá se rearmado e terá capacidade de se defender", declarou, destacando que a União Europeia (UE) precisa agir agora para alcançar esse objetivo. A líder europeia enfatizou que a construção da defesa exigirá "investimentos massivos".

Von der Leyen também afirmou que a segurança europeia, baseada em esquemas anteriores, não pode ser considerada garantida. Ela ressaltou que, diante do crescente poderio militar da Rússia, a Europa precisa fortalecer sua própria defesa. "Rússia está em caminho irreversível para criar economia puramente de guerra", alertou. A Rússia, segundo ela, gasta 9% de seu Produto Interno Bruto (PIB) com defesa, e seus gastos com a guerra "alimentam os massacres contra a Ucrânia".

A presidente da Comissão Europeia se comprometeu a aumentar o apoio à Ucrânia, dizendo que a UE vai "criar uma força-tarefa para coordenar apoio militar" e que é necessário "investir mais na força da Ucrânia". Ela ressaltou ainda o trabalho conjunto do bloco com o Reino Unido e com outros aliados para aumentar a defesa europeia, destacando que está "totalmente comprometida em trabalhar com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e com os EUA".

Von der Leyen destacou que mais detalhes sobre o plano de aumento de investimentos em defesa no continente europeu até 2030 devem ser anunciados nos próximos dias.