Bolsonaro, sobre autonomia do BC: se Deus quiser, STF vai garantir o já votado

Política
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O presidente Jair Bolsonaro defendeu a manutenção da lei que concedeu autonomia ao Banco Central. O texto, sancionado por Bolsonaro em fevereiro deste ano, está sendo questionado no Supremo Tribunal Federal (STF), que deverá retomar o julgamento do processo na sexta-feira, 25.

"A autonomia do Banco Central se deve a você, Roberto Campos Neto, presidente da autoridade monetária. Todos confiam em você, nós confiamos a você o destino da nossa economia. Se Deus quiser, o Supremo vai garantir o que foi votado pelo parlamento", disse Bolsonaro.

Em cerimônia de lançamento do Plano Safra, Bolsonaro elogiou também o ministro da Economia, Paulo Guedes, que disse estar fazendo um "trabalho excepcional" para o Brasil, mas atribuiu a recuperação econômica do País, conjuntamente, a Guedes e Campos Neto.

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A presidente do Peru, Dina Boluarte, declarou na segunda-feira, 17, estado de emergência e ordenou o envio de soldados para ajudar a polícia a enfrentar uma onda de violência em Lima, em meio a protestos generalizados um dia após o assassinato de um cantor popular.

O governo publicou um decreto dizendo que o estado de emergência durará 30 dias e que as autoridades restringirão alguns direitos, incluindo a liberdade de reunião e de movimento. Isso significa que a polícia e o exército poderão deter pessoas sem uma ordem judicial.

O Peru registrou um aumento no número de assassinatos, extorsões violentas e ataques a locais públicos nos últimos meses. A polícia registrou 459 assassinatos de 1º de janeiro a 16 de março e 1.909 denúncias de extorsão somente em janeiro. A indignação aumentou após o assassinato, no domingo, de Paul Flores, o vocalista de 39 anos da banda de cumbia Armonia 10.

O Ministério da Defesa de Taiwan, em seu plano de segurança para os próximos quatro anos, enfatizou a relevância da cooperação dos EUA em áreas como inteligência, reconhecimento e ataques de precisão de longo alcance, além da dependência de Taiwan na compra de equipamentos militares americanos. Isso ocorre no momento em que surgem dúvidas sobre a disposição de Washington, especialmente sob o governo de Donald Trump, em defender Taiwan contra um ataque chinês.

O ministério afirmou que "os EUA são um parceiro estratégico crucial", cooperando estreitamente para fortalecer as capacidades de autodefesa de Taiwan. Embora a estratégia de dissuasão contra a China continue, o avanço das capacidades militares chinesas, incluindo guerra cibernética e de drones, representa um desafio crescente.

A incerteza sobre a resposta dos EUA em caso de conflito aumentou, alimentada por declarações de Trump e figuras próximas a ele, como Elon Musk, que sugeriram a ceder a soberania de Taiwan à China. Além disso, a suspensão do apoio dos EUA à Ucrânia gerou preocupações semelhantes em Taiwan. No entanto, a ilha obteve um alívio com a decisão da Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. de investir US$ 100 bilhões em fábricas de chips nos EUA.

Apesar da ausência de um vínculo formal, os EUA são o principal aliado militar de Taiwan, amparados pela Lei das Relações com Taiwan, que garante a venda de armas à ilha, mas sem compromisso explícito de intervenção em caso de ataque.

Em resposta à crescente ameaça, o presidente de Taiwan, Lai Ching-te, prometeu aumentar os gastos militares, mas isso ainda está aquém das sugestões de Washington. O ministro da Defesa, Wellington Koo, reiterou que manter a estabilidade no Estreito de Taiwan continua sendo de interesse dos EUA, que não podem abrir mão do indo-pacífico. A China condenou as declarações de Ching-te, vendo-as como um apoio à independência de Taiwan, e ameaçou responder com firmeza.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que retomou a batalha em Gaza após o Hamas não cumprir obrigações, como a de entrega de reféns.

"A partir de agora, vamos lutar contra o Hamas com mais força", disse Netanyahu em comentários televisionados nesta terça-feira, 18. O premiê israelense afirmou que a obrigação de seu governo é agir para trazer reféns de volta.

Para o premiê, a ação militar é crucial para trazer os reféns de volta e não é contraditória.

"Vamos vencer essa batalha, mas essa guerra ainda não acabou", disse. Netanyahu declarou ainda que as negociações com o Hamas ocorrerão, mas debaixo de fogo.

"Israel usará pressão crescente contra o Hamas e isto é apenas o começo", afirmou.

Israel lançou uma onda de bombardeios aéreos em toda a Faixa de Gaza na madrugada desta terça-feira, 18, afirmando que estava atacando alvos do Hamas em sua investida mais pesada no território desde que um cessar-fogo entrou em vigor, em janeiro. Pelo menos 400 pessoas morreram no ataque em Gaza. (COM INFORMAÇÕES DA ASSOCIATED PRESS).