Bolsonaro insulta jornalista após ser questionado sobre Covaxin

Política
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O presidente Jair Bolsonaro voltou a demonstrar irritação e insultou uma jornalista durante a inauguração de um centro de tecnologia nesta sexta-feira, 25, em Sorocaba, após ser questionado sobre a compra da vacina Covaxin.

"Para de fazer perguntas idiotas, pelo amor de Deus", disse a uma repórter da CNN. "Foi comprada uma ampola sequer da vacina? Responda você, responda! Foi comprada? Não consumou o ato. Se é para você me julgar pelo que outros pensam, imagina o que posso pensar de você?", disse à repórter.

O contrato de compra de 20 milhões de doses da Covaxin, no valor de R$ 1,6 bilhão, é alvo de investigação do Ministério Público Federal. O preço unitário da dose foi fechado em US$ 15, quando, seis meses antes, havia sido estimado em US$ 1,34. O negócio também é alvo CPI da Covid.

Segundo o presidente, o contrato passaria pela Anvisa e ainda seria revisado. "Vocês querem imputar em mim um crime de corrupção em que não foi gasto um centavo? Dá para vocês me elogiarem por dois anos e meio sem corrupção?", disse, citando supostos atos de corrupção em governos do PT.

Quando a mesma jornalista questionou mais uma vez sobre a vacina, Bolsonaro disse que ela tinha de voltar para a faculdade. "Faculdade não, volta para o ensino primário", disse. Mais adiante, ele voltou a se exaltar com a jornalista, que o questionou sobre a negociação para a compra da vacina. "Você de novo? Volte para o jardim de infância, você. Foi empenhado o valor em fevereiro. Onde é que tem vacina para ser comprada aqui? Deixa de fazer pergunta idiota pelo amor de Deus", afirmou.

Em 21 minutos de entrevista, sem dar respostas objetivas às perguntas dos jornalistas, o presidente voltou a defender o tratamento precoce contra a covid-19, criticou a CPI, governadores e prefeitos que adotaram medidas de isolamento social na pandemia, e desdenhou das pesquisas que apontam queda em sua popularidade.

Na segunda-feira, 21, em Guaratinguetá, o presidente já havia destratado uma jornalista durante entrevista, após ter participado de uma solenidade de formatura de sargentos da Escola de Especialistas da Aeronáutica. Ao ser questionado por que não usava máscara, Bolsonaro tirou a proteção facial e começou a gritar. "Estou sem máscara em Guaratinguetá. Está feliz agora? Você está feliz Agora?" Mostrando descontrole, ele disse ser alvo de "canalhas" e pediu "pergunta decente".

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"As palavras de Vladimir Putin estão completamente em desacordo com a realidade", afirmou nesta quarta-feira, 19, o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski. O líder ucraniano alertou que, na madrugada desta quarta, mesmo após a conversa telefônica entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e Putin, na qual o líder russo "alegou ter dado a ordem para interromper os ataques à infraestrutura energética da Ucrânia", ocorreram ataques com 150 drones.

De acordo com Zelenski, os drones russos atingiram "objetos de energia, transporte, e, infelizmente, dois hospitais, além de várias infraestruturas urbanas". O presidente da Ucrânia reiterou o pedido por apoio internacional à defesa de seu território, tanto terrestre quanto aérea. "Precisamos de pressão sobre a Rússia", acrescentou.

"Hoje (quarta), terei contato com o presidente Trump. Acho que discutiremos os detalhes dos próximos passos. Acredito que tudo estava indo corretamente, se não fosse pela Rússia, que sempre fica insatisfeita quando algo vai bem. Espero ouvir dele detalhes sobre sua conversa com Putin", completou Zelenski.

O CEO da Tesla, Elon Musk, afirmou ter ficado surpreso com os protestos contra sua montadora de veículos elétricos nos Estados Unidos e atribuiu as manifestações violentas a democratas e à esquerda norte-americana.

"Foi um choque para mim perceber que estamos nesse nível de ódio real e de violência da esquerda", disse Musk em entrevista à Fox News. "Achava que a esquerda, os democratas, eram o partido da empatia, o partido que se importa com os outros. Mas eles estão incendiando carros, lançando coquetéis molotov e atirando em concessionárias", acrescentou. "Estão simplesmente destruindo Teslas."

Nas últimas semanas, concessionárias, estações de recarga e veículos da Tesla têm sido alvos de uma onda de ataques.

Musk classificou os atos como "insanos" e sugeriu que as manifestações estão relacionadas às suas medidas à frente do Departamento de Eficiência Governamental (Doge).

"Quando você tira o dinheiro que eles estão recebendo de forma fraudulenta, ficam muito irritados. Querem me matar porque estou impedindo essa fraude. E querem prejudicar a Tesla porque estamos combatendo o terrível desperdício e a corrupção no governo", afirmou o executivo.

O presidente da França, Emmanuel Macron, pediu nesta quarta-feira, 19, a retomada das negociações para um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, ressaltando que "nenhuma abordagem militar trará a segurança de que israelenses e palestinos tanto necessitam". Em uma publicação no X, Macron defendeu o "fim das hostilidades, a libertação dos reféns e a retomada das negociações" em Gaza. "A retomada dos ataques israelenses representa um retrocesso dramático para as populações de Gaza, os reféns, suas famílias e toda a região", acrescentou.