Em discurso em Chapecó, Bolsonaro ataca STF e apoiadores pedem fechamento

Política
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O presidente Jair Bolsonaro voltou a reforçar nesta sexta-feira, 25, ataques a instituições democráticas, em especial, ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à imprensa. Durante discurso a empresários de Chapecó (SC), Bolsonaro citou a decisão do STF de garantir que governadores não sejam inquiridos pela CPI da Covid no Senado e disse ser "inacreditável" o que acontece na Corte. As falas do presidente foram repercutidas pela plateia com as palavras de ordem: "Fecha! Fecha!".

Sem citar o nome de Luiz Inácio Lula da Silva, Bolsonaro afirmou que "tiraram da cadeia" o petista para que ele seja presidente do Brasil. No lugar de se referir pelo nome, Bolsonaro gesticulou com a palma da mão aberta, com exceção do dedo mindinho dobrado. "Tiraram ele da cadeia, tornaram ele elegível, com toda certeza, para ser presidente na fraude. Com esse critério eletrônico que está aí, ele pode chegar", afirmou Bolsonaro que voltou a defender o voto impresso.

"Tapetão por tapetão, sou mais o meu", completou, dizendo que só Deus tiraria ele do cargo. Segundo pesquisa Idec, divulgada nesta sexta-feira, se as eleições presidenciais fossem realizadas hoje, Lula ganharia em primeiro turno, com 56% dos votos válidos contra 26% de Bolsonaro.

O atual presidente também reforçou o compromisso de campanha de encaminhar, nesta segunda indicação para a Suprema Corte, o nome de alguém evangélico. "Lógico, além de evangélico, esse sim, dono de um notório saber jurídico", disse. "Alguns apareceram como candidatos. Boas pessoas. Eu vou indicar para o Supremo quem toma cerveja comigo. É o critério da confiança, da lealdade mútua. Não basta ter bom currículo. É importante, mas tem que falar a minha linguagem. Quero que defendam no Supremo as questões econômicas e as questões familiares", completou o presidente.

Imprensa

Mais cedo, Bolsonaro visitou Sorocaba (SP) onde foi multado pela segunda vez pela Vigilância Sanitária do Estado por desrespeitar medidas para conter a disseminação da covid-19. Bolsonaro disse que a imprensa é "irresponsável" e "só tem críticas". "Eu caguei para o que me perguntaram. Respondi só o que queria (sic)", emendou.

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A Suprema Corte da Coreia do Sul anunciará na sexta-feira, 4, sua decisão sobre a destituição ou reintegração do presidente afastado Yoon Suk Yeol, em um veredicto que, seja qual for o resultado, deve aprofundar as divisões no país. O tribunal analisa o caso desde dezembro, quando Yoon foi impeachment pelo Parlamento, controlado pela oposição liberal, após impor brevemente a lei marcial, desencadeando uma grave crise política.

Milhares de pessoas saíram às ruas em todo o país para apoiar ou condenar Yoon.

A polícia informou que mobilizará todo o efetivo disponível para manter a ordem e conter eventuais episódios de vandalismo, incêndios criminosos e agressões antes e depois do julgamento.

Para que Yoon seja removido do cargo, pelo menos seis dos oito juízes do tribunal devem votar a favor da destituição.

Caso o impeachment seja confirmado, a Coreia do Sul terá de realizar eleições em até dois meses para escolher um novo presidente. Se o tribunal reverter a decisão, Yoon retornará imediatamente ao poder. Fonte: Associated Press.

Uma coalizão de procuradores-gerais dos EUA processou o governo de Donald Trump nesta terça-feira por sua decisão de cortar US$ 11 bilhões em fundos federais destinados a iniciativas contra a Covid-19 e vários projetos de saúde pública em todo o país. Procuradores-gerais de 23 Estados entraram com a ação em um tribunal federal em Rhode Island. Fonte: Associated Press.

O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro dos EUA sancionou nesta terça-feira, 1º, seis entidades e duas pessoas físicas sediadas no Irã, nos Emirados Árabes Unidos e na China, responsáveis pela aquisição de componentes de veículos aéreos não tripulados em nome da Qods Aviation Industries, sediada em Teerã.

Segundo o departamento, a rede também facilitou a aquisição para outras entidades do complexo militar-industrial do país, incluindo a Iran Aircraft Manufacturing Industrial Company e o Shahid Bakeri Industrial Group.

"O Tesouro continuará a desestabilizar o complexo militar-industrial do Irã e sua proliferação de veículos aéreos não tripulados, mísseis e armas convencionais que muitas vezes acabam nas mãos de agentes desestabilizadores, incluindo representantes terroristas", afirmou o secretário do Tesouro, Scott Bessent.

A ação de hoje marca a segunda rodada de sanções direcionadas aos proliferadores de armas desde que Donald Trump emitiu um memorando ordenando uma campanha de "pressão máxima sobre o Irã".