Bolsonaro encaminha ao Senado indicações para agências de transportes e aviação

Política
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O presidente da República encaminhou, para a apreciação do Senado, a indicação de três nomes para a diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Em edição extra do Diário Oficial da União que circula nesta sexta, 2, o governo está indicando o nome de Rafael Vitale Rodrigues para exercer o cargo de diretor-geral da ANTT, na vaga decorrente do término do mandato de Mario Rodrigues Junior. Também estão sendo indicados Fábio Rogério Carvalho e Guilherme Sampaio para a diretoria da agência. Carvalho, para a vaga decorrente da renúncia de Weber Ciloni, e Sampaio para a vaga aberta com o término do mandato de Marcelo Vinaud Prado.

Como mostrou o Estadão/Broadcast, o governo retirou nesta semana indicações que havia feito há meses à diretoria da ANTT, em razão de uma resistência capitaneada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Por trás do imbróglio da ANTT, está uma disputa no mercado de transporte interestadual de ônibus, que opõe empresas tradicionais às que tentam entrar no setor.

As indicações dos nomes nesta sexta foram construídas diretamente com Pacheco, segundo a reportagem informou. Rafael Vitale é da Casa Civil; Fábio Rogério Carvalho, do Ministério da Infraestrutura; e Guilherme Sampaio, da Confederação Nacional do Transporte (CNT). Em nota, o governo garante estar mantido o perfil de indicações técnicas.

Anac e Antaq

A edição extra do Diário Oficial da União de hoje traz ainda a indicação do nome de Luiz Ricardo de Souza Nascimento para exercer o cargo de diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), na vaga decorrente do término de mandato de Juliano Alcântara Noman, que renunciou.

Para o cargo de ouvidora da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o presidente Bolsonaro indicou o nome de Joelma Maria Costa Barbosa no lugar de Carlos Afonso Rodrigues Gomes, que renunciou ao cargo.

Todas as indicações precisam ter o aval do Senado para que, então, os diretores sejam nomeados no cargo. Na próxima semana, as comissões do Senado já programaram um esforço concentrado para aprovação de indicações de autoridades para diversos órgãos, como Banco Central, Cade, CVM, Ancine, Anvisa e Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

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O Ministério das Relações Exteriores alemão rebateu as críticas de autoridades americanas à decisão do país de classificar a Alternativa para a Alemanha (AfD) como extremista de direita. "Aprendemos com nossa história que o extremismo de direita precisa ser combatido", afirmou, em comunicado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse neste sábado, 3, que o presidente dos EUA, Donald Trump, propôs enviar tropas americanas ao México para ajudar seu governo a combater o tráfico de drogas, mas que ela rejeitou o plano.

As declarações de Sheinbaum foram feitas a apoiadores no leste do México, em resposta a uma reportagem do Wall Street Journal publicada na sexta, 2, descrevendo uma tensa ligação telefônica no mês passado na qual Trump teria pressionado ela a aceitar um papel maior para o exército dos EUA no combate aos cartéis de drogas no México.

"Ele disse, 'Como podemos ajudá-la a combater o tráfico de drogas? Eu proponho que o exército dos Estados Unidos venha e ajude você'. E você sabe o que eu disse a ele? 'Não, presidente Trump'", relatou a presidente do México. Ela acrescentou: "A soberania não está à venda. A soberania é amada e defendida".

"Podemos trabalhar juntos, mas vocês no território de vocês e nós no nosso", disse Sheinbaum. Com uma explosão de aplausos, ela acrescentou: "Nunca aceitaremos a presença do exército dos Estados Unidos em nosso território".

A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre as declarações de Sheinbaum. A postura firme de Sheinbaum neste sábado sinaliza que a pressão dos EUA por intervenção militar unilateral colocaria ela e Trump em atritos, após meses de cooperação em imigração e comércio. Fonte: Associated Press.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, disse estar pronto para um cessar-fogo com a Rússia a partir deste sábado, 3, caso o país rival aceite uma trégua de, pelo menos, 30 dias. "Esse é um prazo razoável para preparar os próximos passos. A Rússia precisa parar a guerra - cessar seus ataques e bombardeios", escreveu Zelenski em seu perfil da rede social X.

Na mesma publicação, o mandatário ucraniano disse estar se preparando para importantes reuniões e negociações de política externa. "A questão fundamental é se nossos parceiros conseguirão influenciar a Rússia a aderir a um cessar-fogo total - um silêncio duradouro que nos permitiria buscar uma saída para esta guerra. No momento, ninguém vê tal prontidão por parte da Rússia. Pelo contrário, sua retórica interna é cada vez mais mobilizadora", completou, pedindo sanções à energia e aos bancos russos para pressionar o país a parar os ataques.

Mais cedo neste sábado, 3, Zelenski negou a proposta de uma trégua de 72 horas proposta pela Rússia em virtude das comemorações do Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial, em 9 de maio. Os ucranianos também se negaram a garantir a segurança das autoridades que forem a território russo para as celebrações.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve desembarcar em Moscou no próximo dia 8 para participar do evento. A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, já está em solo russo.