CPI da Covid abre sessão para ouvir ex-diretor da Saúde Roberto Dias

Política
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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid iniciou pouco antes das 10h desta quarta-feira, 7, a sessão para ouvir o ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias. Ligado ao "Centrão", ele foi exonerado do cargo no dia 29 de junho, depois de uma denúncia de que teria pedido propina de US$ 1 para autorizar a compra da vacina AstraZeneca pelo governo federal. Ele nega a acusação.

A compra de vacinas se tornou o principal alvo de investigação na CPI. Os senadores suspeitam de um esquema de corrupção no governo do presidente Jair Bolsonaro. Uma das controvérsias é o preço do imunizante Covaxin, que passou de US$ 10 para US$ 15 por dose após o Ministério da Saúde dar início às negociações. Roberto Dias é acusado de pressionar servidores da pasta para acelerar a importação das doses, mesmo com indícios de irregularidades no contrato.

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Estados Unidos e Rússia estão acertando os detalhes para a realização de uma reunião presencial entre Donald Trump e Vladimir Putin, segundo disse o vice-ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, neste sábado, 22. As tratativas para o encontro marcam uma clara diferente da abordagem de Trump em relação ao seu antecessor, o ex-presidente Joe Biden, que optou por isolar Moscou após a invasão da Ucrânia.

"A questão é começar a avançar no sentido da normalização das relações entre os nossos países, encontrando formas de resolver as situações mais agudas e potencialmente muito, muito perigosas, das quais existem muitas, entre elas a Ucrânia", disse ele. De acordo com Ryabkov, os esforços para a organização da reunião estão em uma fase inicial e que sua realização exigirá "trabalho preparatório mais intensivo".

Representantes dos dois países se encontraram na terça-feira, 18, em Riad (Arábia Saudita), e concordaram em iniciar uma negociação para acabar com a guerra na Ucrânia e melhorar os laços diplomáticos e econômicos entre EUA e Rússia. Funcionários da administração Trump destacam que Kiev teria que desistir de seus planos de entrar na Otan e aceitar que não vai conseguir tomar 20% do seu território que foi ocupado pela Rússia.

Após a reunião na Arábia Saudita, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou à Associated Press (AP) que os dois lados concordaram amplamente em concluir três objetivos: aumentar o número de funcionários nas suas respectivas embaixadas; criar uma equipe de alto nível para apoiar as negociações de paz na Ucrânia; e explorar relações mais estreitas e cooperação econômica.

Ele sublinhou, no entanto, que as negociações, que contaram com a presença do seu homólogo russo, Sergei Lavrov, e de outros altos funcionários russos e americanos, marcaram o início de uma conversa e que é necessário fazer mais. Lavrov, por sua vez, saudou a reunião como "muito útil".

Nenhuma autoridade ucraniana esteve presente na reunião, que ocorreu em momento em que Kiev está perdendo terreno para as tropas russas. O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, disse que seu país não aceitaria qualquer resultado das negociações, uma vez que Kiev não participou.

Ucrânia

Na quarta-feira, 19, Trump culpou falsamente a Ucrânia por iniciar a guerra que custou dezenas de milhares de vidas ucranianas, causando indignação e alarme em um país que passou quase três anos lutando contra um Exército russo muito maior. O presidente americano também chamou Zelenski de "um ditador sem eleições" e afirmou que ele não tinha apoio entre os eleitores ucranianos.

Zelenski reagiu e afirmou que Trump estava reproduzindo uma campanha de desinformação russa. Na sexta-feira, 21, Trump pareceu retroceder em seus comentários anteriores que culpavam falsamente Kiev por iniciar a guerra, mas insistiu que Zelenski e o ex-presidente dos EUA Joe Biden deveriam ter feito mais para chegar a um acordo com Putin. "A Rússia atacou, mas não eles não deveriam ter deixado", disse ele durante uma entrevista a emissora americana Fox News. Mais tarde, no Salão Oval, Trump afirmou aos repórteres que a guerra "não afeta muito os Estados Unidos. Está do outro lado do oceano. Afeta a Europa". (COM INFORMAÇÕES DA AP)

Ladrões na França usaram um cartão roubado para comprar um bilhete de loteria francês premiado no valor de mais de 500 mil euros (cerca de R$ 3 milhões). Mas eles desapareceram antes de ganhar o prêmio - e agora estão entre os fugitivos mais famosos da França.

O homem cujo cartão foi roubado, identificado em documentos policiais como Jean-David E., está se oferecendo para dividir o dinheiro com os sortudos ganhadores. Ele também quer sua carteira de volta.

Os ladrões, por sua vez, correm o risco de serem presos. Até sábado, a operadora da loteria estadual La Française des Jeux, ou FDJ, disse que ninguém havia enviado o bilhete para sacar.

"É uma história incrível, mas é tudo verdade", disse o advogado de Jean-David, Pierre Debuisson, à agência Associated Press no sábado, 22.

Jean-David descobriu no início deste mês que sua mochila havia sido roubada de seu carro na cidade de Toulouse, no sul da França, incluindo cartões bancários e outros documentos, disse o advogado. Depois de pedir ao seu banco que bloqueasse o cartão, descobriu que ele já havia sido usado em uma loja local.

Na loja, um vendedor lhe disse que dois homens aparentemente sem-teto haviam usado um de seus cartões para comprar o bilhete de loteria premiado.

"Eles ficaram tão felizes que esqueceram seus cigarros e pertences e saíram como loucos", disse Debuisson.

Os eleitores alemães foram às urnas neste domingo, 23, para escolher os novos membros do Bundestag, a câmara baixa do Parlamento. São eles que definirão o próximo chanceler do país.

Na pesquisas de boca de urna da ARD, o CDU/CSU, com o líder Friedrich Merz do União Democrata Cristã (CDU), vence com 29% dos votos. Em segundo lugar está o partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD), liderado por Alice Weidel, com 19,5%. É o melhor resultado para a extrema direita alemã desde a Segunda Guerra Mundial.

O Partido Social-Democrata (SPD), do atual chefe de governo Olaf Scholz, vem em terceiro lugar, com 16%, seguido pelo Partido Verde, com 13,5%. O Partido de Esquerda ficou em quinto lugar, com 8,5%.

FDP e BSW ficaram com níveis inferiores ao mínimo de 5% dos votos necessários para garantir a representação no Bundestag. No entanto, partidos que apresentarem candidatos vencedores em pelo menos três distritos eleitorais têm esse mínimo suspenso.

Ainda é cedo para afirmar os vencedores das eleições alemãs, uma vez que os resultados finais só serão conhecidos após a contagem oficial dos votos, que deve ser concluída durante a noite deste domingo.

Tradicionalmente, o candidato do partido que obtém o maior número de votos se torna o novo chanceler, mas essa definição só ocorrerá após as negociações para a formação de uma coalizão, que devem acontecer nas próximas semanas.

Após os resultados das eleições, os principais partidos tentarão formar uma aliança estável para governar, já que é difícil que um partido consiga 50% dos votos, o que garantiria o controle do Bundestag.