Deputado diz que vai protocolar impeachment de Lula após fala sobre Dilma

Política
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Apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS) disse que irá protocolar um pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após o petista classificar a cassação da ex-presidente Dilma Rousseff como um "golpe de Estado" durante viagem à Argentina.

Em uma publicação no Instagram nesta quinta-feira, 26, Sanderson postou uma foto com um texto afirmando que Lula já teve seu "primeiro pedido de impeachment" protocolado. A imagem foi compartilhada no Twitter pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). "Não vamos dar descanso", disse o filho do ex-presidente. Ao Estadão, a assessoria da Câmara dos Deputados informou que o pedido ainda não foi localizado.

"É uma afronta aos poderes constituídos do Brasil. Quando o presidente vai ao exterior, falando em nome do país e fala em golpe de Estado, está cometendo um crime de responsabilidade grave e precisa responder. Na minha observação, Lula, mesmo estando no início do mandato, cometeu uma falha grave e merece ser objeto de um processo de impeachment", afirma o parlamentar nesta quarta-feira, 25.

Sanderson disse ainda que a fala de Lula "atentou gravemente contra a honra e a dignidade dos membros do Congresso como um todo" e pede "uma resposta à altura para que a verdade seja reposta".

Em viagem à Argentina nesta semana, Lula disse que Dilma sofreu um "golpe de Estado". "Vocês sabem que depois de um movimento auspicioso, quando governamos de 2003 a 2016, houve um golpe de Estado e derrubou a companheira Dilma Rousseff, a primeira mulher eleita presidente da República do Brasil", afirmou o presidente.

Dilma sofreu impeachment em 2016 por promover "pedaladas fiscais", prática revelada pelo Estadão que consiste em manobras contábeis feitas pelo Executivo para cumprir metas fiscais. Previsto na Constituição, o processo foi referendado pelo Congresso Nacional.

Cabe ao Congresso Nacional julgar se um presidente cometeu crime de responsabilidade ou não e ao presidente da Câmara dar seguimento ou arquivar as representações com pedidos de afastamento do presidente. O ex-presidente Jair Bolsonaro foi alvo de 158 pedidos de impeachment durante seus quatro anos de mandato. Nenhum deles foi adiante.

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Dez pessoas morreram e outras 70 ficaram feridas após dois barcos com turistas naufragarem na China, informou a imprensa estatal nesta segunda-feira, 5. O acidente aconteceu na tarde de domingo, 4, depois que uma tempestade súbita de chuva e granizo atingiu as partes altas do rio Wu, um afluente do Yangtzé, o maior curso d'água da China, e afetou as condições de navegação cobrindo a superfície do rio com uma névoa densa.

Ao todo, 84 pessoas caíram na água; quatro ficaram ilesas e os feridos foram hospitalizados. Os barcos tinham capacidade máxima de cerca de 40 pessoas cada e não estavam superlotados, segundo o relato de testemunhas.

O incidente foi na cidade de Qianxi, no sudoeste da província de Guizhou. As montanhas e os rios dessa região são grandes atrações turísticas, e foram o destino de muitos chineses durante o feriado nacional de cinco dias, que termina nesta segunda.

Além dos dois barcos turísticos, outras duas embarcações foram afetadas; eles não transportavam passageiros, e os sete tripulantes conseguiram se salvar.

O presidente chinês, Xi Jinping, pediu "esforços totais" nas operações de busca e resgate dos feridos, segundo a agência estatal Xinhua.

Xi também destacou a importância de "reforçar as medidas de segurança em locais turísticos" e outros lugares com grandes aglomerações de pessoas. (Com agências internacionais).

Ministros do governo de Israel aprovaram planos para intensificar as operações militares na Faixa de Gaza, disse uma autoridade israelense nesta segunda-feira, 5, sob condição de anonimato.

De acordo com a fonte, os planos envolvem a reivindicação de mais áreas no enclave palestino, onde metade do território já está sob controle israelense.

A aprovação ocorreu um dia depois de o país anunciar a convocação de dezenas de milhares de soldados da reserva para as operações em Gaza, que teriam como objetivo aumentar a pressão sobre o Hamas pela negociação de um cessar-fogo. Fonte: Associated Press.

O presidente Donald Trump disse que está instruindo o seu governo a reabrir e expandir Alcatraz, a notória antiga prisão em uma ilha da Califórnia. A prisão foi fechada em 1963. A Ilha de Alcatraz atualmente é operada como um ponto turístico.

"Estou instruindo o Departamento de Prisões, juntamente com o Departamento de Justiça, o FBI e a Segurança Interna, a reabrir uma Alcatraz substancialmente ampliada e reconstruída, para abrigar os criminosos mais cruéis e violentos dos Estados Unidos", escreveu Trump em mensagem no site Truth Social na noite deste domingo.

Ainda segundo ele, a reabertura de Alcatraz servirá como um "símbolo de Lei, Ordem e Justiça". A ordem foi emitida em um momento em que Trump vem entrando em conflito com os tribunais ao tentar enviar membros de gangues acusados para uma prisão notória em El Salvador, sem o devido processo legal. Trump também falou sobre o desejo de enviar cidadãos americanos para lá e para outras prisões estrangeiras.