Nunes muda cargos-chave na Prefeitura de SP

Política
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Pouco antes de completar dois meses à frente da Prefeitura de São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) fez nesta semana as primeiras mudanças em cargos-chave da administração municipal, em um movimento para melhor posicionar indicados de seus partidos aliados, mas sem indicar rupturas com o modelo de gestão montado por Bruno Covas (PSDB), morto em 16 de maio.

Caio Luz, subprefeito da Lapa, na zona oeste, foi sacado do posto e abrigado no cargo de secretário adjunto da Secretaria de Subprefeituras. A Lapa era uma regional dentro da cota dos tucanos, e a saída do subprefeito - que já foi titular do Ipiranga, na zona sul, e trabalhou no governo estadual durante a gestão de Geraldo Alckmin (PSDB) - se deu para melhor acomodar o PV, partido que participou da coligação que elegeu Covas e Nunes, mas vinha se queixando de "falta de participação" na gestão municipal. A indicada para a regional é Fernanda Galdino, que já foi subprefeita na Penha e em Aricanduva, ambos bairros da zona leste da capital.

A Subprefeitura da Lapa é encarregada da zeladoria urbana de bairros como Perdizes, Vila Romana, Vila Leopoldina, Alto da Lapa e Barra Funda, e tem para este ano um orçamento de R$ 36,5 milhões.

Nunes, que adotou como slogan de sua administração a marca "Gestão Bruno Covas", afirma que há cargos em chefias de gabinete nas regionais que ainda estão vagos e devem ser usados para novas acomodações de aliados. Mas ele disse que a troca feita na Lapa não deve se repetir no curto prazo. "No caso dos subprefeitos, nós temos o ranking das Subprefeituras que estão indo pior e melhor", afirmou. "O que temos dito é que tem que ir bem. A gente não está fazendo ranking para não fazer nada. Tenho falado para ficarem de olho no ranking, porque não vamos perdoar quem não desenvolver um trabalho bacana. Mas, politicamente, não tem troca", disse Nunes.

Mudança

A saída de Luz foi divulgada de forma a evitar o surgimento de mal-estar com os aliados tucanos: Nunes chegou a gravar um vídeo, compartilhado em grupos de WhatsApp de aliados, em que diz que a saída se deu porque o prefeito convidou o auxiliar para um "cargo maior" na secretaria, por causa de sua competência e dedicação, como se tivesse "caído para cima", como diz o jargão.

Por sua vez, Fernanda, que também tem trânsito entre os tucanos, havia saído da Penha em 2018, por ordem de Covas, após a divulgação de que, em 2012, ela fora investigada por participar de um esquema para furar a fila da moradia popular na cidade - a investigação da qual ela era alvo foi arquivada sem nenhuma denúncia oferecida à Justiça.

Fernanda trabalhou, neste ano, no gabinete do vereador Roberto Tripoli (PV), presidente do diretório municipal da sigla.

"Estamos apoiando a Fernanda e esperamos participar mais do governo", disse o parlamentar. Ele argumenta que as trocas são naturais, pois os subprefeitos ocupam cargos de confiança. "Isso é o cotidiano da democracia, do parlamento. Eu, como presidente do Partido Verde, busco mais espaço no governo porque nós participamos, somos corresponsáveis pela eleição do Bruno e do Ricardo (Nunes), e nós ficamos até agora sem nada, não tínhamos nenhuma indicação."

A nomeação ocorre um mês após o vereador reclamar publicamente, durante uma reunião de líderes na Câmara Municipal, que a escolha do novo superintendente da Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab), Sidnei Nassif Abdalla, foi feita "sem consulta" prévia dos vereadores.

Sobre a indicação da ex-assessora de Tripoli, a Secretaria de Comunicação da Prefeitura informou que o processo do qual ela foi alvo "já foi finalizado, com a responsabilização de ex-servidores, entre os quais não está Fernanda Maria de Lima Galdino", e que não havia nenhum fator impeditivo para sua nomeação.

A secretaria afirma ainda que "mudanças de cargos de confiança são normais dentro de uma administração e prerrogativa dos gestores". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O governo Donald Trump informou que a Universidade de Harvard não poderá receber novos subsídios federais para a pesquisa até cumprir com as exigências, que colocaram a universidade mais rica e prestigiada o país em rota de colisão com a Casa Branca.

O bloqueio foi comunicado em carta enviada pelo Departamento de Educação ao reitor da universidade e confirmado em entrevista coletiva nesta segunda-feira, 5. O representante do departamento disse à imprensa que Harvard não receberá novos subsídios federais até que "demonstre uma gestão responsável da universidade" e atenda às exigências do governo.

A Casa Branca já havia congelado US$ 2,2 bilhões em subsídios federais destinados à universidade. Em outra frente, Trump pressiona para que Harvard perca o seu status de isenção fiscal enquanto tenta forçar a instituição de ensino a atender suas demandas.

A carta foi a primeira resposta significativa do governo desde que Harvard entrou com ação judicial na tentativa de impedir o corte bilionário de verbas. "Esta carta é para informá-lo de que Harvard não deve mais buscar subsídios do governo federal, pois nenhum será fornecido", escreveu a secretária da Educação Linda McMahon ao reitor Alan Garber.

O documento estipula que Harvard deve abordar preocupações relacionadas ao antissemitismo no campus; revisar políticas raciais; e responder a queixas de que teria abandonado a busca pela "excelência acadêmica" ao empregar relativamente poucos professores conservadores, segundo a visão do governo.

Representantes de Harvard não responderam imediatamente ao pedido de comentário.

A ameaça sugere que o governo pode estar alterando ou reforçando suas táticas contra as universidades. Inicialmente, a Casa Branca havia retirado subsídios existentes - medida drástica, mas que deixa margem para contestações na Justiça, como no caso de Harvard.

Representantes do setor em todo país tem expressado de forma reservada preocupações com uma campanha mais ordenada de pressão sobre as universidades, que seria mais difícil de reverter nos tribunais.

O embate com Harvard começou quando o governo Donald Trump enviou, no mês passado, um série de exigências à universidade. A lista incluía a obrigatoriedade de relatar ao governo federal quaisquer estudantes internacionais acusados de má conduta e a nomeação de um supervisor externo para garantir que os departamentos acadêmicos fossem "diversos em termos de pontos de vista".

A universidade se negou a cumprir as demandas da Casa Branca e denunciou uma tentativa de interferir na liberdade acadêmica. Na ação judicial, Harvard acusou o governo Donald Trump de tentar exercer um "controle inédito e indevido".

No ano fiscal de 2024, os recursos federais para pesquisa representaram cerca de 11% do orçamento de Harvard - aproximadamente US$ 687 milhões. Embora o fundo patrimonial da universidade ultrapasse os US$ 53 bilhões, grande parte desse valor é restrito, o que limita como a instituição pode utilizá-lo.

O congelamento duradouro dos novos subsídios poderia causar um caos financeiro para Harvard, que já está elaborando planos de contingência e buscando captar recursos no mercado de títulos. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

A primeira-ministra da província canadense de Alberta, Danielle Smith, disse que realizará um referendo no próximo ano que poderá incluir uma votação sobre a separação do Canadá.

Smith afirmou que não apoia a separação no site do governo da província e em sua página no Facebook, mas acrescentou que, caso os cidadãos de Alberta reúnam as assinaturas necessárias, uma pergunta sobre a separação poderá fazer parte da votação de 2026. "Nosso governo respeitará o processo democrático", enfatizou ela.

Seus comentários são a mais recente investida da província produtora de petróleo e gás depois que os liberais federais conquistaram um quarto mandato na eleição de 28 de abril. Smith, os líderes empresariais e os cidadãos de Alberta estão profundamente frustrados com a política ambiental da última década, que, segundo eles, prejudicou as perspectivas econômicas da província. As medidas incluem a proibição de navios-tanque que transportam petróleo bruto para o noroeste da Colúmbia Britânica, um limite para as emissões de carbono do setor de energia e um processo de avaliação ambiental mais rigoroso.

Ela disse que teve uma conversa telefônica construtiva nos últimos dias com o primeiro-ministro canadense, Mark Carney, mas "até que eu veja provas tangíveis de mudanças reais, Alberta tomará medidas para se proteger melhor de Ottawa".

Uma porta-voz de Carney não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo, 4, que instruiu seu governo a reabrir e expandir a notória prisão de Alcatraz, que foi fechada em 1963 e se tornou um ponto turístico na Califórnia.

"Por muito tempo, os Estados Unidos foram atormentados por criminosos cruéis, violentos e reincidentes, a escória da sociedade, que nunca contribuirão com nada além de miséria e sofrimento. Quando éramos uma nação mais séria, no passado, não hesitávamos em prender os criminosos mais perigosos e mantê-los longe de qualquer pessoa que pudessem prejudicar. É assim que deve ser", disse Trump, em uma publicação na plataforma Truth Social.

"É por isso que, hoje, estou instruindo o Departamento de Prisões, juntamente com o Departamento de Justiça, o FBI e a Segurança Interna, a reabrir uma prisão de Alcatraz substancialmente ampliada e reconstruída, para abrigar os criminosos mais cruéis e violentos dos Estados Unidos", escreveu o presidente americano, acrescentando: "A reabertura de Alcatraz servirá como um símbolo de Lei, Ordem e justiça."

A ordem foi emitida em um momento em que Trump vem enfrentando conflitos com os tribunais ao tentar enviar membros de gangues acusados ??para uma prisão notória em El Salvador, sem o devido processo legal. Trump também já sinalizou que poderia enviar cidadãos americanos para El Salvador.

Trump também ordenou a abertura de um centro de detenção na Baía de Guantánamo, em Cuba, para abrigar até 30 mil detentos que ele rotulou como os "piores criminosos estrangeiros".

Prisão

Alcatraz, hoje uma atração turística, fechou em 1963 devido aos altos custos operacionais após apenas 29 anos de operação, de acordo com o Departamento de Prisões dos EUA, porque tudo, de combustível à comida, tinha que ser trazido de barco.

Localizada a dois quilômetros da costa de São Francisco e com apenas 336 prisioneiros, a prisão abrigou vários criminosos notórios, incluindo o chefe da máfia da época da Lei Seca, Al Capone, e foi palco de muitas tentativas de fuga incríveis dos presos.

36 homens tentaram 14 fugas diferentes da prisão, segundo o FBI. Quase todos foram capturados ou não sobreviveram à tentativa.

O local ficou conhecido pelo filme "Alcatraz: Fuga Impossível", longa de 1979 que é protagonizado por Clint Eastwood. O filme conta a história de três prisioneiros que conseguiram fugir de Alcatraz.

Um porta-voz do Departamento de Prisões dos EUA disse em um comunicado que a agência "cumprirá todas as ordens presidenciais".

Atualmente, o Departamento de Prisões tem 16 penitenciárias que desempenham as mesmas funções de alta segurança de Alcatraz, incluindo sua unidade de segurança máxima em Florence, no Colorado, e a penitenciária dos EUA em Terre Haute, em Indiana. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)