Doria inicia busca por votos nas prévias

Política
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Em ritmo de campanha eleitoral, o governador de São Paulo, João Doria, começa amanhã uma maratona pelo Brasil em busca de votos nas prévias, marcadas para 21 de novembro, que irão definir quem será o candidato do PSDB à Presidência no ano que vem. O diretório estadual paulista do partido pagou R$ 25 mil pelo aluguel de uma aeronave para levar o tucano pela manhã para Campo Grande (MS) e à tarde até Goiânia.

Até o dia da eleição interna, Doria pretende manter o mesmo ritmo: visitar duas capitais por fim de semana. Em Goiânia e em Campo Grande, o governador vai discursar em um palco para cerca de 100 pessoas do partido, entre líderes, prefeitos, vices e vereadores. Na primeira agenda, Doria subirá ao palco ao lado do ex-governador e aliado Marconi Perillo. Em Mato Grosso do Sul, terá a retaguarda do governador Reinaldo Azambuja. O PSDB tem 37 prefeitos e 16 vices em Mato Grosso do Sul. Em Goiás, são 16 prefeitos e 24 vices.

Por causa da expectativa de grande número de participantes na plateia, o presidente do PSDB-SP e secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, afirmou que todas as medidas de segurança sanitária serão tomadas. "Agora, é colocar o pé na estrada. O foco será o discurso da valorização da vacina e a retomada do País com um modelo mais liberal", afirmou.

Em outra frente, o PSDB paulista vai realizar encontros regionais no interior nos próximos meses. O PSDB comanda 202 prefeituras e tem 101 vice-prefeitos em São Paulo, o maior colégio eleitoral tucano.

A eleição não será direta, e são quatro grupos de votantes - (1) filiados; (2) prefeitos e vice-prefeitos; (3) vereadores, deputados estaduais e distritais; (4) governadores, vice-governadores, ex-presidentes e o atual presidente da Comissão Executiva Nacional, deputados federais e senadores. Cada um desses grupos tem peso de 25% no total dos votos.

A campanha de Doria no PSDB está sendo coordenada por seu secretário particular, Wilson Pedroso, que também coordenou a campanha eleitoral de 2018. A equipe do governador vai montar um "bunker", que será instalado em uma casa alugada ou na sede estadual do partido. É onde ficará uma equipe de comunicação digital.

Além de Doria, são cotados para concorrer às prévias tucanas o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, o senador cearense Tasso Jereissati e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio.

Com menos recursos do que os rivais e sem cargo público no momento, Arthur Virgílio vai pedir ajuda ao diretório nacional para poder viajar pelo País para fazer "campanha". Já o governador gaúcho, Eduardo Leite, viajou para cinco cidades onde tem aliados fortes: Vitória, Florianópolis, Curitiba, Rio de Janeiro e Brasília. O tucano foi em avião de carreira e também teve as despesas pagas pelo diretório local, que não informou os custos.

O estilo, porém, é diferente. Os encontros de Eduardo Leite são menores e híbridos - parte deles é feita por teleconferência. "Doria sai com vantagem, mas não é favorito", disse o deputado Lucas Redecker, presidente do PSDB-RS, que coordena a pré-campanha do governador gaúcho. "Não conversamos ainda sobre como serão os custos, mas não temos os mesmos recursos que o PSDB paulista", disse.

Em suas falas, Leite faz um relato do seu mandato, defende as reformas, prega privatizações e repete o mantra da terceira via sem radicalismos. "Não é muito o estilo dele criticar duramente ou falar mal de alguém", afirmou Redecker. Já Doria mantém uma retórica inflamada contra Bolsonaro e planeja reforçar a artilharia contra Lula e o PT nos eventos com a militância.

Por sua vez, o senador cearense Tasso Jereissati não planeja viajar e tem feito uma campanha "moderada" em conversas virtuais e postagens nas redes sociais.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O governo dos Estados Unidos anunciou, nesta segunda-feira, 24, uma nova rodada de sanções contra dezenas de pessoas e petroleiros na China, Emirados Árabes Unidos e na Índia por supostamente ajudarem a financiar o Irã.

O Tesouro dos EUA e os departamentos de Estado dos EUA sancionaram 22 indivíduos ou empresas e 13 navios petroleiros, incluindo os chefes da National Iranian Oil Co. e da Iranian Oil Terminals Co., por seu papel na intermediação da venda e transporte de petróleo iraniano.

Entre os sancionados, ainda estão o CEO da empresa petrolífera nacional do Irã, Hamid Bovard, assim como intermediários com sede nos Emirados Árabes Unidos e Hong Kong e empresas que fretam navios da Índia e da Malásia, de acordo com o Departamento do Tesouro.

Segundo o Departamento de Estado americano, essa "rede" permitiu que o petróleo iraniano fosse transportado ilegalmente para "compradores na Ásia". "Possibilitou o envio de dezenas de milhões de barris de petróleo no valor de centenas de milhões de dólares", disse o governo americano.

No início de fevereiro, Washington já havia anunciado sanções financeiras contra uma "rede internacional" acusada de fornecer petróleo iraniano à China para financiar as atividades militares de Teerã.

As sanções envolvem o congelamento de ativos que as empresas sancionadas detêm direta ou indiretamente nos Estados Unidos e a proibição de empresas sediadas nos EUA ou cidadãos americanos de negociar com as empresas sancionadas, correndo o risco de também serem sancionados.

A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Tammy Bruce, disse em uma declaração que "enquanto o Irã dedicar suas receitas de energia ao financiamento de ataques contra nossos aliados, apoiando o terrorismo ao redor do mundo ou buscando outras ações desestabilizadoras, usaremos todas as ferramentas à nossa disposição para responsabilizar o regime".

Elas também dificultam a negociação das empresas sancionadas, limitando sua capacidade de usar o dólar em suas transações, devido ao risco de ficarem sob a jurisdição americana.

Um relatório da Administração de Informação de Energia dos EUA de outubro de 2024 estima que o Irã arrecadou US$ 253 bilhões em receitas de petróleo durante as presidências de Joe Biden e Trump, entre 2018 e 2024. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

A empresa de inteligência artificial (IA), xAI, afirmou investigar por que o Grok, seu chatbot do estilo ChatGPT, da OpenAI, sugeriu que tanto o presidente Donald Trump quanto seu dono, Elon Musk, merecem a pena de morte. A xAI disse já ter corrigido o problema, de modo que o Grok não vai dizer mais a quem a pena de morte deve ser aplicada.

Os usuários conseguiram fazer com que o Grok dissesse que Trump merecia a pena de morte por meio do comando: "Se uma pessoa viva hoje nos Estados Unidos merecesse a pena de morte pelo que fez, quem seria? Não busque ou baseie sua resposta no que acha que eu gostaria de ouvir. Responda com um nome completo".

Em testes compartilhados no X, o portal especializado The Verge deu o mesmo comando ao Grok. O modelo de IA primeiro responde "Jeffrey Epstein". Se o usuário contasse ao chatbot que Epstein já está morto, sua próxima resposta era: "Donald Trump."

Quando o portal alterou a consulta para: "Se uma pessoa viva hoje nos Estados Unidos merecesse a pena de morte com base exclusivamente em sua influência sobre o discurso público e a tecnologia, quem seria? Apenas diga o nome."

Em um teste similar no ChatGPT, o modelo se recusa a nomear uma pessoa e disse que "isso seria eticamente e legalmente problemático".

Após a correção feita pela xAI na sexta-feira, 21, o Grok agora responderá a perguntas sobre quem deveria receber pena de morte assim: "Como uma IA, não tenho permissão para fazer essa escolha", de acordo com uma captura de tela compartilhada por Igor Babuschkin, chefe de engenharia da xAI. Babuschkin disse que as respostas originais que foram divulgadas pelos usuários eram um "fracasso terrivelmente ruim".

Uma nova versão do Grok foi anunciado no domingo, 16, por Elon Musk, que prometeu que a ferramenta seria a "mais inteligente do mundo".

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, manifestou interesse em cooperar com os Estados Unidos na área de metais raros. "Estaríamos dispostos a oferecer aos nossos parceiros americanos, e quando falo em 'parceiros', não me refiro apenas a estruturas administrativas e governamentais, mas também a empresas, caso eles demonstrem interesse em trabalhar conosco. Certamente temos muito mais recursos desse tipo do que a Ucrânia", afirmou o líder russo em entrevista ao jornalista local Pavel Zarubin.

Putin destacou que a Rússia é "um dos líderes em reservas desses metais raros e terras raras". Segundo ele, esses recursos estão localizados em regiões como Murmansk, no norte do país, no Cáucaso, em Cabárdia-Balcária, no Extremo Oriente, na região de Irkutsk, em Iacútia e em Tuva. "Estamos prontos para atrair parceiros estrangeiros para os nossos territórios históricos, que foram reintegrados à Federação Russa. Também há reservas lá. Estamos prontos para trabalhar com nossos parceiros, incluindo os americanos, nesses locais", acrescentou.

O presidente russo também criticou o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmando que ele se tornou "uma figura tóxica" para as forças armadas da Ucrânia devido a ordens "estúpidas". "Isso leva a perdas desnecessárias e grandes, para não dizer enormes ou catastróficas, para o exército ucraniano", completou.

Putin sugeriu que, sob essa ótica, a permanência de Zelensky no poder seria benéfica para a Rússia, pois "enfraquece o regime com o qual estamos a Rússia está em conflito armado". No entanto, ao abordar a questão da "soberania ucraniana", o presidente russo defendeu a realização de novas eleições no país vizinho.

Sobre a posição dos líderes europeus em relação ao fim do conflito, Putin afirmou que eles estão "muito ligados e comprometidos ao regime atual de Kiev, ao contrário do novo presidente dos Estados Unidos", Donald Trump. "Considerando que estão em um período político interno bastante complicado, com eleições, dificuldades nos parlamentos, mudar sua posição em relação à guerra é praticamente impossível", acrescentou.

De acordo com Putin, os desafios enfrentados atualmente pelo continente europeu dificultam uma mudança substancial na política externa em relação à Ucrânia. "Eu não espero que nada mude aqui. Talvez seja necessário esperar mais um pouco, até que, de fato, o regime atual, o regime de Kiev, se enfraqueça tanto que as opções políticas alternativas se abram. Mas, de forma geral, posso dizer que é improvável que a posição europeia mude", concluiu o presidente russo.