Conselho de Ética aprova suspensão de Daniel Silveira

Política
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O Conselho de Ética da Câmara aprovou na quarta-feira, 7, a suspensão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) por seis meses, no caso em que ele é acusado de fazer ataques aos ministros do Supremo, mesmo motivo pelo qual o parlamentar foi preso em flagrante em fevereiro. Foram 12 votos a favor da suspensão e 8 contra. A defesa do parlamentar afirmou que não irá recorrer. O parecer precisa ser votado agora pelo plenário da Casa para ser validado.

Silveira é alvo de outras duas representações no Conselho de Ética. A primeira foi votada na semana passada para suspendê-lo por dois meses e é referente a uma gravação feita sem autorização de uma reunião do PSL. Silveira responde ainda a uma terceira acusação, na qual o relator sugeriu a suspensão por três meses, mas o parecer ainda não foi votado.

No mês passado, o relator, deputado Fernando Rodolfo (PL-PE), apresentou parecer com a sugestão de punição de suspensão de seis meses de Silveira do seu mandato. Deputados de outros cinco partidos apresentaram voto em separado pedindo a perda de mandato, mas prevaleceu a sugestão do relator.

Ao todo, as sentenças dos relatores para Daniel Silveira, reunindo as aprovadas e as pendentes de votação, somam onze meses de suspensão. O regimento da Câmara tem previsão de um afastamento máximo de seis meses, por isso, o presidente do Conselho de Ética, Paulo Azi (DEM-BA), irá fazer uma consulta à Mesa Diretora da Casa para saber se será possível somar os meses, ou não.

Supremo

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de 48 horas para que Silveira explique a notícia de pediu asilo a quatro países diferentes. A informação sobre os pedidos de asilo foi publicada pelo site Metrópoles e confirmada pela defesa do deputado, que não teve nenhum pedido aceito.

A decisão de Moraes foi proferida na segunda-feira. "Diante da ampla divulgação de notícias no sentido de que o deputado federal Daniel Silveira, réu nestes autos, teria solicitado asilo diplomático a 4 (quatro) países, intime-se a Defesa do parlamentar para que esclareça, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, acerca da veracidade dos fatos noticiados", escreveu Moraes.

Após cumprir regime domiciliar por cerca de três meses, Daniel Silveira foi reconduzido à prisão no dia 24 de junho por não pagar uma multa de R$ 100 mil estabelecida pelas sucessivas violações à tornozeleira eletrônica. A Secretaria de Administração Penitenciária do Rio registrou 36 violações à tornozeleira em menos de dois meses - incluindo descargas, rompimento da cinta e ausência na área delimitada. Em uma das ocasiões, o equipamento ficou desligado por quase dois dias.

Quando foi reconduzido à prisão, Silveira se recusou a entregar seu celular às autoridades. Em despacho, Moraes registra que a Polícia Federal recebeu o aparelho e dá um prazo de conclusão de dez dias para a perícia. Em abril, Silveira virou réu por grave ameaça por incitar a animosidade entre o tribunal e as Forças Armadas, delito previsto na Lei de Segurança Nacional, após os ministros do STF aceitarem a denúncia oferecida pela PGR na esteira do vídeo gravado pelo parlamentar.

A defesa de Silveira afirmou que alegou que ele "agiu sem pensar" e "ultrapassou a barreira do lógico" ao procurar asilo em diferentes embaixadas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O presidente dos Estados Unidos e o perfil oficial da Casa Branca no X (antigo Twitter) publicaram na sexta-feira, 2, nas redes sociais, uma imagem em que Donald Trump aparece vestido como papa, sentado em uma cadeira de estrutura dourada.

A imagem foi divulgada na plataforma TruthSocial, de propriedade do presidente, e mostra Trump em trajes papais, incluindo uma mitra e um cordão dourado com uma cruz, sentado em uma cadeira de estrutura dourada e com o dedo indicador direito apontando para o céu.

O perfil oficial da Casa Branca também publicou a imagem, sem texto.

Na última terça-feira, Trump afirmou, em tom de brincadeira, que gostaria de ser o próximo papa. "Eu seria minha escolha número 1", disse Trump a repórteres.

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O presidente dos Estados Unidos e a primeira-dama, Melania, participaram, em Roma, do funeral do papa Francisco.

A postagem ocorre poucos dias após a morte do Papa Francisco e às vésperas do início do Conclave no Vaticano, onde 133 cardeais se reunirão na Capela Sistina a partir de quarta-feira, 7, para eleger o novo pontífice.

Projeções apontam que o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, foi reeleito nas eleições realizadas neste sábado, sendo o mais novo líder de inclinação à esquerda a alcançar uma vitória, enquanto o presidente americano, Donald Trump, agita os mercados globais e desestabiliza os assuntos internacionais.

O Partido Trabalhista de Albanese estava projetado para ganhar o maior número de assentos na Câmara dos Representantes do país, onde os governos são formados, derrotando o bloco conservador que inclui os partidos Liberal e Nacional, segundo a Australian Broadcasting Corp.

Muitas disputas ainda estavam acirradas e sem definição, sinalizando que o partido de Albanese pode não alcançar a maioria absoluta na câmara de 150 assentos. Isso significa que os trabalhistas precisarão se unir a partidos menores e legisladores independentes para governar.

A eleição é o último retrato de como os eleitores estão reagindo a uma ordem mundial em mudança à medida que Trump mira países com tarifas, se aproxima da Rússia e usa retórica dura sobre os aliados tradicionais de Washington. Pesquisas mostram que eleitores na Austrália, Canadá e no Reino Unido veem os Estados Unidos mais desfavoravelmente desde que Trump assumiu o cargo.

(Com Dow Jones Newswires)

Um ataque de drone russo em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, feriu 47 pessoas, disseram autoridades ucranianas. Segundo o prefeito de Kharkiv, Ihor Terekhov, os drones atingiram 12 locais da cidade na sexta-feira, 2, à noite. Edifícios residenciais, infraestrutura civil e veículos foram danificados no ataque, de acordo com o governador regional de Kharkiv, Oleh Syniehubov.

O ataque provocou um novo apelo do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, por apoio mais decisivo dos aliados do país. "Enquanto o mundo hesita com decisões, quase todas as noites na Ucrânia se transformam em um pesadelo, custando vidas. A Ucrânia precisa de uma defesa aérea reforçada. Decisões fortes e reais são necessárias de nossos parceiros - os Estados Unidos, a Europa, todos os nossos parceiros que buscam a paz", escreveu Zelensky, em publicação no X neste sábado.

O Ministério Público de Kharkiv disse que as forças russas usaram drones com ogivas termobáricas. Em uma declaração no mensageiro Telegram, o MP afirmou que armas termobáricas criam uma poderosa onda de explosão e uma nuvem quente de fumaça, causando destruição em larga escala. O promotor apontou que seu uso pode indicar uma violação deliberada do direito humanitário internacional.

A Rússia disparou um total de 183 drones explosivos e iscas durante a noite, disse a força aérea da Ucrânia. Desses, 77 foram interceptados e outros 73 perdidos, possivelmente tendo sido bloqueados de forma eletrônica. Moscou também lançou dois mísseis balísticos.

Enquanto isso, o Ministério da Defesa da Rússia disse que suas defesas aéreas derrubaram 170 drones ucranianos durante a noite. O ministério disse que oito mísseis de cruzeiro e três mísseis guiados também foram interceptados.

No sul da Rússia, cinco pessoas, incluindo duas crianças, ficaram feridas em um ataque de drone na cidade portuária de Novorossisk, que dá acesso ao Mar Negro, durante a noite, de acordo com o prefeito Andrey Kravchenko.