Aneel contabiliza 11 ataques ao sistema de transmissão, com 4 torres derrubadas

Política
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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) atualizou a contagem de ocorrências relacionadas a torres de transmissão ao longo do mês de janeiro. Já são 11 ocorrências (3 em Rondônia, 4 no Paraná, 3 em São Paulo e 1 no Mato Grosso) nas quais 4 torres foram derrubadas (3 em Rondônia e 1 no Paraná) e 16 danificadas (6 no Paraná, 3 em São Paulo, 6 em Rondônia, 1 em Mato Grosso).

As avarias começaram a ser registradas na noite de 8 de janeiro - data em que grupos extremistas atacaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília -, mas não há, até o momento, comprovação de que os eventos estejam relacionados. Na semana passada, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que as investigações sobre os episódios estão sendo conduzidas pela Polícia Federal (PF).

Os atos estão sendo acompanhados por um comitê que reúne Aneel, Ministério de Minas e Energia (MME) e Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Em relatórios enviados à agência reguladora, algumas empresas apontaram a identificação de indícios de "sabotagem" e "vandalismo".

A agência informou que não foi registrada interrupção de transmissão da energia e que tem interagido e mantido agendas de trabalho com a PF, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Agência Brasileira de Inteligência para compartilhamento e troca de informações, além do repasse dessas informações ao MME.

Ao Broadcast Energia (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, explicou que a regulamentação do setor de transmissão prevê que, quando há indisponibilidade do serviço, o concessionário recebe uma receita menor pela prestação do serviço, salvo em situações de caso fortuito ou força maior. Ele afirmou que a agência analisará os relatórios encaminhados pelas empresas ao ONS e à própria agência.

"Se a Aneel avaliar que essas ocorrências de queda de torres e de interrupção do serviço de transmissão, não do serviço suprimento de energia elétrica, decorreu de casos fortuitos e de força maior, a empresa é isenta do desconto na receita", disse ele. "Vandalismo não é susceptível a isenção do desconto na receita, apenas casos extremos, considerados de força maior e fortuito, como é o caso sabotagem."

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O nacionalista de extrema direita George Simion garantiu uma vitória decisiva neste domingo, 4, no primeiro turno das eleições presidenciais da Romênia, segundo dados eleitorais quase completos. A eleição ocorreu meses após uma votação anulada ter mergulhado o país-membro da União Europeia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em sua pior crise política em décadas.

Simion, o líder de 38 anos da Aliança para a Unidade dos Romenos (AUR), superou de longe todos os outros candidatos nas pesquisas, com 40% dos votos, mostram dados eleitorais oficiais, após a apuração de 97% dos votos na votação.

Bem atrás, em segundo lugar, ficou o prefeito de Bucareste, Nicusor Dan, com 20,67%, e em terceiro, o candidato da coalizão governista, Crin Antonescu, com 20,62% - uma diferença que deve aumentar à medida que os últimos votos das cidades maiores forem apurados.

Onze candidatos disputaram a presidência e um segundo turno será realizado em 18 de maio entre os dois candidatos mais votados. Até o fechamento das urnas, cerca de 9,57 milhões de pessoas - ou 53,2% dos eleitores elegíveis - haviam votado, de acordo com o Escritório Central Eleitoral, com 973.000 votos depositados em seções eleitorais instaladas em outros países.

Eleição foi anulada em 2024

A eleição na Romênia teve de ser repetida hoje depois que o cenário político do país foi abalado no ano passado, quando um tribunal superior anulou a eleição anterior, na qual o candidato de extrema direita Calin Georgescu liderou o primeiro turno, após alegações de violações eleitorais e interferência russa, que Moscou negou.

Georgescu, que compareceu ao lado de Simion em uma seção eleitoral em Bucareste, chamou a nova votação de "uma fraude orquestrada por aqueles que fizeram da mentira a única política de Estado", mas disse que estava lá para "reconhecer o poder da democracia, o poder do voto que assusta o sistema, que aterroriza o sistema".

O perfil oficial da Casa Branca nas redes sociais publicou neste domingo, 4, uma foto aparentemente gerada por inteligência artificial (IA) com o rosto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em um corpo musculoso, com um sabre de luz vermelho e vestimentas que ficaram conhecidas na franquia de filmes Star Wars.

O dia 4 de maio é considerado o Dia do Star Wars pelos fãs da franquia. A data foi escolhida por conta das semelhanças entre uma frase icônica dos filmes: "May the force be with you" ("Que a força esteja com você") e a frase "May the fourth" ("4 de maio").

"Feliz 4 de Maio a todos, incluindo os Lunáticos da Esquerda Radical que lutam arduamente para trazer Lordes Sith, Assassinos, Traficantes, Prisioneiros Perigosos e membros famosos da gangue MS-13 de volta à nossa Galáxia. Vocês não são a Rebelião - vocês são o Império. Que o 4 de Maio esteja com vocês.", apontou a mensagem do perfil oficial da Casa Branca na rede social X.

Trump vestido de papa

Essa não é a primeira foto gerada por inteligência artificial que foi publicada pelo governo Trump neste final de semana.

Na sexta-feira, 2, o perfil da Casa Branca e do próprio Trump publicaram uma foto do presidente americano vestido como papa, sentado em uma cadeira de estrutura dourada.

Na última terça-feira, Trump afirmou, em tom de brincadeira, que gostaria de ser o próximo papa. "Eu seria minha escolha número 1", disse Trump a repórteres.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) anunciou neste domingo, 4, a retirada da Nicarágua da agência especializada das Nações Unidas (ONU) por causa da concessão de um prêmio da organização que celebra a liberdade de imprensa a um jornal nicaraguense, o La Prensa.

A diretora geral da Unesco, Audrey Azoulay, anunciou que havia recebido uma carta na manhã de domingo do governo nicaraguense anunciando sua retirada devido à atribuição do Prêmio Mundial de Liberdade de Imprensa Unesco/Guillermo Cano.

"Lamento essa decisão, que privará o povo da Nicarágua dos benefícios da cooperação, especialmente nos campos da educação e da cultura. A Unesco está totalmente dentro de suas atribuições quando defende a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa em todo o mundo", disse Azoulay em comunicado.

A Nicarágua era um dos 194 estados membros da organização. Os membros da Unesco criaram o prêmio de liberdade de imprensa em 1997, e o prêmio de 2025 foi atribuído no sábado ao La Prensa por recomendação de um júri internacional de profissionais da mídia.