Lira: urna eletrônica é confiável, mas parte da população tem dúvidas

Política
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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que a urna eletrônica é confiável, mas afirmou que uma parte da população tem dúvidas sobre o sistema e que o Congresso é o fórum adequado para discutir o assunto. Em entrevista a uma rádio de Natal (RN) nesta quarta-feira, 4, o presidente Jair Bolsonaro disse ter o apoio de Lira para aprovar o voto impresso na Câmara.

"Estou no oitavo mandato, seis mandatos eleito pela urna eletrônica, o sistema brasileiro é confiável e não há o que dizer a respeito dele", afirmou, em entrevista à CNN. "Mas uma grande parcela da população coloca dúvidas sobre o resultado do pleito e não é conveniente para qualquer um que seja eleito, nem deputado federal, senador, governador ou presidente da República, o cargo mais relevante do nosso País, ter uma eleição contestada."

Lira disse que o Parlamento é o fórum adequado para uma decisão sobre o caso. "Se nós pudermos achar uma maneira adequada de fazer com que essas versões sejam esclarecidas, acho que o Parlamento é o fórum específico. Aqui todas as matérias tramitam democraticamente e são aprovadas ou rejeitadas", afirmou. "Se nós pudermos chegar a um ponto de autocontenção dos poderes e achar uma saída que sirva para todos seria o ideal."

A comissão especial que analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que retoma o voto impresso deve se reunir amanhã, 5, às 14h. O novo parecer do relator, deputado Filipe Barros (PSL-SP), foi protocolado hoje, 4. O texto tem um dispositivo para reduzir o poder do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas investigações sobre processos de votação e outro para permitir que eleitores possam acompanhar a contagem manual dos votos na seção eleitoral.

Caso seja aprovado, vai ao plenário da Casa onde, para seguir para o Senado, precisa do apoio em dois turnos de três quintos dos parlamentares (mínimo de 308 votos favoráveis). Uma outra PEC com o mesmo teor foi aprovada há anos pela Câmara, mas nunca foi votada pelos senadores.

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Ministros do governo de Israel aprovaram planos para intensificar as operações militares na Faixa de Gaza, disse uma autoridade israelense nesta segunda-feira, 5, sob condição de anonimato.

De acordo com a fonte, os planos envolvem a reivindicação de mais áreas no enclave palestino, onde metade do território já está sob controle israelense.

A aprovação ocorreu um dia depois de o país anunciar a convocação de dezenas de milhares de soldados da reserva para as operações em Gaza, que teriam como objetivo aumentar a pressão sobre o Hamas pela negociação de um cessar-fogo. Fonte: Associated Press.

O presidente Donald Trump disse que está instruindo o seu governo a reabrir e expandir Alcatraz, a notória antiga prisão em uma ilha da Califórnia. A prisão foi fechada em 1963. A Ilha de Alcatraz atualmente é operada como um ponto turístico.

"Estou instruindo o Departamento de Prisões, juntamente com o Departamento de Justiça, o FBI e a Segurança Interna, a reabrir uma Alcatraz substancialmente ampliada e reconstruída, para abrigar os criminosos mais cruéis e violentos dos Estados Unidos", escreveu Trump em mensagem no site Truth Social na noite deste domingo.

Ainda segundo ele, a reabertura de Alcatraz servirá como um "símbolo de Lei, Ordem e Justiça". A ordem foi emitida em um momento em que Trump vem entrando em conflito com os tribunais ao tentar enviar membros de gangues acusados para uma prisão notória em El Salvador, sem o devido processo legal. Trump também falou sobre o desejo de enviar cidadãos americanos para lá e para outras prisões estrangeiras.

O nacionalista de extrema direita George Simion garantiu uma vitória decisiva neste domingo, 4, no primeiro turno das eleições presidenciais da Romênia, segundo dados eleitorais quase completos. A eleição ocorreu meses após uma votação anulada ter mergulhado o país-membro da União Europeia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em sua pior crise política em décadas.

Simion, o líder de 38 anos da Aliança para a Unidade dos Romenos (AUR), superou de longe todos os outros candidatos nas pesquisas, com 40% dos votos, mostram dados eleitorais oficiais, após a apuração de 97% dos votos na votação.

Bem atrás, em segundo lugar, ficou o prefeito de Bucareste, Nicusor Dan, com 20,67%, e em terceiro, o candidato da coalizão governista, Crin Antonescu, com 20,62% - uma diferença que deve aumentar à medida que os últimos votos das cidades maiores forem apurados.

Onze candidatos disputaram a presidência e um segundo turno será realizado em 18 de maio entre os dois candidatos mais votados. Até o fechamento das urnas, cerca de 9,57 milhões de pessoas - ou 53,2% dos eleitores elegíveis - haviam votado, de acordo com o Escritório Central Eleitoral, com 973.000 votos depositados em seções eleitorais instaladas em outros países.

Eleição foi anulada em 2024

A eleição na Romênia teve de ser repetida hoje depois que o cenário político do país foi abalado no ano passado, quando um tribunal superior anulou a eleição anterior, na qual o candidato de extrema direita Calin Georgescu liderou o primeiro turno, após alegações de violações eleitorais e interferência russa, que Moscou negou.

Georgescu, que compareceu ao lado de Simion em uma seção eleitoral em Bucareste, chamou a nova votação de "uma fraude orquestrada por aqueles que fizeram da mentira a única política de Estado", mas disse que estava lá para "reconhecer o poder da democracia, o poder do voto que assusta o sistema, que aterroriza o sistema".