Renan: acho muito importante a aprovação da convocação de Braga Netto

Política
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O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), defendeu nesta terça-feira (03) a aprovação do requerimento de convocação do ministro da Defesa, Braga Netto. O pedido está pautado para a sessão de hoje. "É pelo papel que Braga Netto exerceu como chefe da Casa Civil no momento mais grave da pandemia", disse Renan sobre o pedido que dividiu senadores da CPI, até mesmo entre o grupo majoritário.

Renan também comentou sobre a produção do relatório final da comissão. Segundo ele, a ideia é que o documento seja finalizado antes mesmo do prazo de 90 dias de prorrogação das atividades da CPI. "Relatório final a partir de agora vai começar a ser alinhavado, nas suas diferentes vertentes. Mas não será fechado preliminarmente, porque a cada momento acontece um fato novo", disse o senador.

"Expectativa que temos é de não usar os 90 dias, vamos trabalhar no sentido de antecipar apresentação do relatório final. Mas nunca sabemos. CPI você sabe como começa e não sabe como termina", afirmou Renan.

O relator ainda comentou que o pedido de quebra de sigilo contra a Jovem Pan, apresentado por seu gabinete, foi um equívoco realizado durante o recesso parlamentar. O requerimento já foi retirado por Renan. "De minha parte, nada que possa respingar na liberdade de expressão vai ter minha aceitação", disse. No domingo, 1, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) divulgou uma nota de repúdio à tentativa de quebrar o sigilo bancário da rádio. Além da Abert, a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel) também se manifestou contra a iniciativa.

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O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou cortar o financiamento federal a "qualquer faculdade, escola ou universidade que permita protestos ilegais". Em sua conta na Truth Social, Trump afirmou que "agitadores serão presos ou enviados permanentemente de volta ao país de onde vieram. Estudantes americanos serão expulsos permanentemente ou, dependendo do crime, presos."

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, propôs nesta terça-feira, 4, um plano de 800 bilhões de euros, nomeado "REARM Europe", para fortalecer as defesas das nações da União Europeia (UE), visando diminuir o impacto de um possível "desengajamento" dos Estados Unidos e fornecer à Ucrânia força militar para negociar com a Rússia, após a pausa da ajuda americana aos ucranianos.

O pacote ainda será apresentado aos 27 líderes da união. Na quinta-feira, 6, os representantes europeus realizarão uma reunião de emergência em Bruxelas para tratar sobre o assunto. "Não preciso descrever a grave natureza das ameaças que enfrentamos", disse von der Leyen. Fonte: Associated Press.

O Ministério das Relações Exteriores, em nota divulgada nesta segunda-feira (3), lamentou a suspensão da entrada da ajuda humanitária na Faixa de Gaza por Israel. "O governo brasileiro deplora a decisão israelense de suspender a entrada de ajuda humanitária em Gaza, que exacerba a precária situação humanitária e fragiliza o cessar-fogo em vigor", diz o texto do Itamaraty.

Israel interrompeu a entrada de todos os bens e suprimentos na Faixa de Gaza no domingo (2) e advertiu sobre "consequências adicionais" caso o Hamas não aceite uma nova proposta para estender o cessar-fogo.

O Itamaraty diz que o Brasil pede a "imediata reversão da medida", recordando que "Israel tem obrigação - conforme reconhecido pela Corte Internacional de Justiça em suas medidas provisórias de 2024 - de garantir a prestação de serviços básicos essenciais e assistência humanitária à população de Gaza, sem impedimentos". A nota afirma ainda que a obstrução deliberada e o uso político da ajuda humanitária constituem grave violação do direito internacional humanitário.

O governo brasileiro defende que as partes promovam o estrito cumprimento dos termos do acordo de cessar-fogo e o engajamento nas negociações "a fim de garantir cessação permanente das hostilidades, retirada das forças israelenses de Gaza, libertação de todos os reféns e estabelecimento de mecanismos robustos para ingresso de assistência humanitária desimpedida, previsível e na necessária escala."