PDT entra com representação no Supremo para pedir 'interdição' de Bolsonaro

Política
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O PDT acionou o Supremo Tribunal Federal nesta terça-feira, 10, com uma representação que pede a interdição do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com a legenda, o presidente 'age na contramão dos atos que uma pessoa em plena saúde mental agiria', com a 'finalidade deliberada de causar danos à população'. O partido diz ainda que Bolsonaro conduz o País 'ao abismo com as suas condutas negacionistas e obscurantistas em detrimento da ciência, do regime democrático e da separação dos poderes'.

"O povo brasileiro que sofre as agruras das incapacidade mental do Presidente da República, no que, bem por isso, deve receber a salvaguarda dos influxos deletérios provenientes da mente do Senhor Jair Messias Bolsonaro", registra a petição.

No documento, o PDT, o presidente da legenda Carlos Lupi e o ex-deputado Ciro Gomes listam diversas ações do presidente, as quais classificam como 'condutas que jamais seriam praticadas por pessoas em plenitude comportamental'.

A mais recente delas diz respeito ao 'desfile' de tanques de guerra na Esplanada dos Poderes nesta manhã, no mesmo dia em que a Câmara dos Deputados deve decidir sobre o voto impresso, bandeira do chefe do Executivo. "Obviamente que o desfile é uma tentativa de intimidação para o Poder Legislativo, o que é uma loucura, uma conduta que não guarda sintonia com o cargo de Presidente da República", registra a representação apresentada ao STF.

O documento cita ainda os ataques de Bolsonaro a ministros do Supremo Tribunal Federal e a cruzada do presidente contra as urnas eletrônicas. A ofensiva de Bolsonaro gerou uma reação em cadeia do Judiciário na última semana, com duas notícias-crimes apresentadas pelo Tribunal Superior Eleitoral contra o presidente, além de duros recados dados por ex-presidentes da corte eleitoral e pelo chefe do STF, ministro Luiz Fux. Uma das peças encaminhadas pelo TSE ao Supremo culminou na abertura de mais uma investigação contra Bolsonaro, vinculado do inquérito das fake news.

O PDT fala ainda na 'atuação desastrosa' de Bolsonaro na pandemia apontando que o presidente tem uma 'estratégia na disseminação da covid'. De acordo com o partido, o presidente 'não tem o discernimento necessário, nem tampouco capacidades mentais plenas para seguir' no cargo 'pois não se afigura aceitável que um Presidente da República atue com a finalidade de conduzir a população à morte'.

"A população brasileira assistiu, incrédula, a condução genocida e ignóbil do Presidente da República, que insiste em entronizar o negacionismo e o obscurantismo em detrimento da ciência e da vida humana. Menoscabou-se a vacina, as medidas restritivas e os estudos científicos. Tudo isso com o cerne único e inabalável de satisfazer caprichos escusos e desejos de índole duvidosa", diz a peça.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 30, que o chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), Elon Musk, "pode ficar o quanto quiser no governo" e que ele "tem ajudado o país de maneira tremenda, mas quer voltar para casa, para seus carros" na Tesla.

As declarações foram feitas durante uma reunião de gabinete com a equipe do governo republicano.

Trump também afirmou que Musk tem feito "sacrifícios" pelo país e voltou a agradecer ao CEO da Tesla. "Esse cara tem sido tratado de maneira muito maldosa ultimamente. Mas saiba que os americanos estão do seu lado", declarou.

Musk, por sua vez, agradeceu a Trump, mas não comentou se continuará à frente do Doge.

O Paquistão afirmou nesta quarta-feira, 30, que possui "informações confiáveis" de que a Índia planeja realizar um ataque militar no país nas próximas 24 a 36 horas "sob o pretexto de alegações infundadas e inventadas de envolvimento" e prometeu responder "com muita veemência".

Não houve comentários imediatos de autoridades indianas, mas representantes do governo da Índia disseram que o primeiro-ministro do país, Narendra Modi, "deu total liberdade operacional às forças armadas para decidir sobre o modo, os alvos e o momento da resposta da Índia ao massacre de Pahalgam".

A tensões entre Índia e Paquistão têm aumentado, após um ataque mortal a turistas na Caxemira - região que é dividida entre Índia e Paquistão e reivindicada por ambos em sua totalidade - na semana passada. O lado indiano busca punir o Paquistão e acusa-o de apoiar o ataque em Pahalgam, o que o lado paquistanês nega.

Um incêndio atingiu um hotel em Calcutá, na Índia, matando pelo menos 15 pessoas, informou a polícia local nesta quarta-feira, 30. "Várias pessoas foram resgatadas dos quartos e do telhado do hotel", disse o chefe de polícia de Calcutá, Manoj Verma.

O policial disse a repórteres que o fogo começou na noite de terça-feira no hotel Rituraj, no centro de Calcutá, e foi controlado após uma operação que envolveu seis caminhões dos bombeiros. Ainda não se sabe a causa do incêndio.

A agência Press Trust of India, que gravou imagens das chamas, relatou que "várias pessoas foram vistas tentando escapar pelas janelas do prédio". O jornal The Telegraph, de Calcutá, noticiou que pelo menos uma pessoa morreu ao pular do terraço tentando escapar.

O primeiro-ministro Narendra Modi publicou na rede X que estava "consternado" com a perda de vidas no incêndio.

Incêndios são comuns no país

Incêndios são comuns na Índia devido à falta de equipamentos de combate às chamas e desrespeito às normas de segurança. Ativistas dizem que empreiteiros muitas vezes ignoram medidas de segurança para economizar e acusam as autoridades municipais de negligência.

Em 2022, pelo menos 27 pessoas morreram quando um grande incêndio atingiu um prédio comercial de quatro andares em Nova Délhi. (Com agências internacionais).